Ministro britânico pediu demissão porque o salário não lhe permitia pagar as prestações da casa

CNN Portugal , MJC
29 jan, 17:21
Ex-ministro britânico George Freeman (GettyImages)

As elevadas taxas de juro dificultaram a vida a George Freeman. O ministro demitiu-se do cargo para poder assumir outros empregos mais lucrativos

O ex-ministro britânico da Ciência, George Freeman, explicou agora que deixou o cargo porque não tinha condições de pagar a hipoteca com um salário de quase 120 mil libras por ano (o equivalente a 140.400 euros).

George Freeman, que deixou o governo na remodelação de Rishi Sunak em novembro, disse que "simplesmente não tinha condições de pagar" as suas prestações mensais depois de estas terem subido de 800 para 2 mil libras. 

Os deputados britânicos recebem 86.584 libras por ano (cerca de 101.300 euros) com um adicional de 31.680 libras (cerca de 37 mil euros) para aqueles que são também como ministros de estado. Mas, apesar de ser um dos políticos mais bem pagos do Reino Unido, o deputado conservador escreveu no seu blog que o aumento acentuado das hipotecas foi a principal razão pela qual renunciou.

“Eu estava tão exausto, arrasado e deprimido que comecei a perder o espírito irreprimível de otimismo, esforço, trabalho em equipa e progresso que são os fundamentos da realização humana”, disse Freeman. E depois acrescentou: “E porque minha hipoteca aumentou este mês de 800 para 2.000 libras, o que eu simplesmente não poderia pagar com um salário ministerial”.

Freeman atacou o que chamou de “economia política 2.0”, dizendo que a Grã-Bretanha "corre o risco de tornar a política algo que apenas os finaciadors do Fundo Hedge, os jovens assessores de imprensa e os sindicalistas falidos se podem dar ao luxo de fazer".

Abandonar o seu papel governamental permitiu ao deputado, que passou mais de uma década nos setores das ciências da vida e da tecnologia antes de entrar para o parlamento, assumir empregos lucrativos fora do parlamento, desde que aprovados pelo Comité Consultivo sobre Nomeações Empresariais (Acoba). 

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