Dia estava reservado para as alegações do Ministério Público
A sessão de julgamento do caso dos incêndios de Pedrógão Grande foi esta quarta-feira adiada após um membro do coletivo de juízes ter testado positivo à covid-19.
O juiz testou esta terça-feira positivo ao vírus através de um teste rápido, tendo o resultado vindo a confirmar já esta quarta-feira.
As alegações finais do julgamento para apurar eventuais responsabilidades criminais nos incêndios de Pedrógão Grande, em junho de 2017, começavam hoje no Tribunal Judicial de Leiria. O dia estava reservado para as alegações do Ministério Público (MP).
Em causa, neste julgamento que começou em 24 de maio de 2021, estão crimes de homicídio por negligência e ofensa à integridade física por negligência, alguns dos quais graves.O MP contabilizou 63 mortos e 44 feridos quiseram procedimento criminal.
Os arguidos são o comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, Augusto Arnaut, responsável pelas operações de socorro, e dois funcionários da antiga EDP Distribuição (atual E-REDES), José Geria e Casimiro Pedro. A linha de média tensão Lousã-Pedrógão, onde ocorreram descargas elétricas que desencadearam os incêndios, era da responsabilidade da empresa.
Também três funcionários da Ascendi - José Revés, Ugo Berardinelli e Rogério Mota - estão a ser julgados. A subconcessão rodoviária do Pinhal Interior, que integrava a Estrada Nacional 236-1, onde ocorreu a maioria das mortes, estava adjudicada à Ascendi Pinhal Interior.
Os ex-presidentes das Câmaras de Castanheira de Pera e Pedrógão Grande, Fernando Lopes e Valdemar Alves, respetivamente, um antigo vice-presidente da Câmara de Pedrógão Grande José Graça e a então responsável pelo Gabinete Florestal deste município, Margarida Gonçalves, estão igualmente entre os arguidos, assim como o presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu.