Juiz com covid-19 faz adiar julgamento do caso dos incêndios de Pedrógão Grande

Beatriz Madaleno de Assunção , Com João Bizarro/ Lusa
4 mai 2022, 10:56

Dia estava reservado para as alegações do Ministério Público

A sessão de julgamento do caso dos incêndios de Pedrógão Grande foi esta quarta-feira adiada após um membro do coletivo de juízes ter testado positivo à covid-19. 

O juiz testou esta terça-feira positivo ao vírus através de um teste rápido, tendo o resultado vindo a confirmar já esta quarta-feira.

As alegações finais do julgamento para apurar eventuais responsabilidades criminais nos incêndios de Pedrógão Grande, em junho de 2017, começavam hoje no Tribunal Judicial de Leiria. O dia estava reservado para as alegações do Ministério Público (MP). 

Em causa, neste julgamento que começou em 24 de maio de 2021, estão crimes de homicídio por negligência e ofensa à integridade física por negligência, alguns dos quais graves.O MP contabilizou 63 mortos e 44 feridos quiseram procedimento criminal.

Os arguidos são o comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, Augusto Arnaut, responsável pelas operações de socorro, e dois funcionários da antiga EDP Distribuição (atual E-REDES), José Geria e Casimiro Pedro. A linha de média tensão Lousã-Pedrógão, onde ocorreram descargas elétricas que desencadearam os incêndios, era da responsabilidade da empresa.

Também três funcionários da Ascendi - José Revés, Ugo Berardinelli e Rogério Mota - estão a ser julgados. A subconcessão rodoviária do Pinhal Interior, que integrava a Estrada Nacional 236-1, onde ocorreu a maioria das mortes, estava adjudicada à Ascendi Pinhal Interior.

Os ex-presidentes das Câmaras de Castanheira de Pera e Pedrógão Grande, Fernando Lopes e Valdemar Alves, respetivamente, um antigo vice-presidente da Câmara de Pedrógão Grande José Graça e a então responsável pelo Gabinete Florestal deste município, Margarida Gonçalves, estão igualmente entre os arguidos, assim como o presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu.

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