Caso no Ministério das Infraestruturas coloca a nu aquilo a que o comentador chama de "esquerda Syriza"
O caso que envolveu agressões, Polícia Judiciária e até o Serviço de Informações de Segurança (SIS) no Ministério das Infraestruturas justifica uma remodelação no Governo. Quem o diz é Paulo Portas, que pediu uma intervenção imediata, seja do Presidente da República, seja do primeiro-ministro.
Na rubrica Global, do Jornal Nacional da TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal), o comentador afirmou que, quando teve a maioria absoluta, António Costa “fez o seu pior governo”. “Ou o Presidente da República a exige [à remodelação], ou o primeiro-ministro vai ter de a fazer”, sublinhou.
“Ao fim de nove meses tinha havido 11 demissoes, e não sei quantas mais haverá”, acrescentou, falando, com ironia, naquele que é o “momento cocó, ranheta e facada do governo de António Costa”.
Isto num momento de foco naquilo que Paulo Portas apelida de “esquerda Syriza”, lembrando o partido esquerdista que governou a Grécia e fez frente à Troika. Um PS com figuras “colonizadas pelo Bloco de Esquerda”, e das quais o comentador destaca precisamente João Galamba, mas também o seu antecessor, Pedro Nuno Santos.
“O ex-ministro Pedro Nuno Santos, o ministro João Galamba, o ex-secretário de Estado que escrevia Whatsapp’s à CEO da TAP [Hugo Mendes] e este assessor que vinha de Pedro Nuno Santos e passou para João Galamba [Frederico Pinheiro], é tudo o mesmo grupo do ponto de vista de identidade política”, frisou.
Lembrando que grande parte das polémicas surgiram da TAP, nomeadamente desde a notícia da indemnização dada a Alexandra Reis, Paulo Portas não tem dúvidas: "António Costa nunca o dirá, mas já deve estar muito arrependido de ter feito a nacionalização".