Em janeiro foi registado um aumento de 45% na criminalidade no metro da cidade em comparação com janeiro de 2023. Desde o início do ano houve três homicídios e uma série de ataques brutais, incluindo o esfaqueamento de uma maquinista
A governadora de Nova Iorque anunciou esta quarta-feira a mobilização da Guarda Nacional e da polícia estatal para o metro da cidade, para patrulharem a rede metropolitana e ajudarem a polícia local a examinar sacos e outra bagagem de pessoas suspeitas.
Kathy Hochul disse que a demonstração de força no sistema de transporte subterrâneo de Nova Iorque vai ajudar residentes e turistas a sentirem-se "mais seguros" face a uma onda recente de criminalidade violenta.
"Estes ataques hediondos e descarados no nosso sistema metropolitano não serão tolerados", disse em conferência de imprensa, referindo-se a uma série de assaltos recentes que ganharam muita atenção mediática.
Em fevereiro, o autarca da cidade, Eric Adams, já tinha mobilizado 1.000 agentes da polícia de Nova Iorque após um aumento da criminalidade em 45% em janeiro, em comparação com o período homólogo.
Nesse mês, houve três homicídios no metro de Nova Iorque e uma série de brutais ataques a passageiros que continuaram no mês seguinte, com destaque para o esfaqueamento de uma maquinista numa estação de Brooklyn, a 29 de fevereiro.
Hochul disse que os 1.000 elementos extra da empresa de segurança do metro (MTA), da polícia estatal e da Guarda Nacional destacados para a operação vão "conduzir análises à bagagem nas estações mais movimentadas da cidade".
Ao todo, adiantou, serão mobilizados 750 membros da Guarda Nacional de Nova Iorque e 250 agentes da polícia estatal e da MTA, que estarão a trabalhar em parceria com o departamento da polícia de Nova Iorque para garantir que nenhum tipo de arma é transportado em viagens de metro.
"Ninguém que vai para o trabalho ou visitar a família ou a uma consulta no médico deveria ter de se preocupar se a pessoa que vai sentada ao seu lado traz consigo uma arma", sublinhou a governadora.
