Queiroz: «Argentina? Metia todas as minhas fichas no Irão»

20 jun 2014, 21:45
Conferência de Carlos Queiroz (EPA)

Técnico confessa-se adepto de riscos na hora de apostar: «Ganhar pouco não interessa»

*Enviado-especial

A Argentina não assusta Carlos Queiroz, que se confessa adepto de apostas arriscadas. O selecionado do Irão sabe da desigualdade entre as forças que se apresentarão em campo este sábado, pelas 17 horas de Portugal, para o jogo da 2ª jornada do Grupo F. Mas não atira a toalha ao chão.

«Se tivesse dez fichas, apostava todas no Irão. Ou ganho muito ou não ganho nada. Ganhar pouco não interessa. Nunca vou apostar no que todos apostam. Para quê? Arrisco o meu dinheiro e não ganho nada?», questiona.

Sobre o jogo em si, Queiroz espera um adversário mais difícil do que aquele que defrontou a Bósnia. «A Argentina só pode melhorar», diz.

«Não caímos na ilusão de que o primeiro tempo da Argentina na estreia se vá repetir muitas vezes. Estamos mais fortes e mais bem preparados, também. A Argentina tem uma equipa de génios, mas também têm que ter trabalhadores. E esse é o perfil do Irão. Só temos uma estrela: espirito da equipa. A Argentina tem muitas estrelas que podem fazer milagres, magia», refere.

Falando especificamente de Messi, Queiroz diz que o argentino «é a prova de que o futebol é simples».

«Dão-lhe a bola, ele pega nela e mete na baliza. Outros tentam correr com a bola e não conseguem. Não podemos jogar contra ele, temos de jogar com ele. Como? Com concentração, disciplina e respondendo como uma equipa. Se vamos jogar somente contra o Messi, não temos jogadores para o Di Maria, Higuain, Aguero», afirma.

Assim, Queiroz acha que a dúvida não é saber controlar Messi, mas sim a Argentina. «Tanto a Argentina como o Barcelona não ganham sempre. Temos de acreditar», insiste.

Por fim, o técnico voltar a lamentar a difícil preparação do Irão para este Mundial, que «não teve oportunidade de enfrentar equipas como Alemanha, Portugal ou Espanha», mas não usa isso como desculpa.

«Calhou-nos a Argentina e acham que o Irão trocava isso por alguma coisa? Não trocamos este jogo por nada deste mundo. Vamo-nos divertir e jogar 90 minutos com uma ideia: tentar dar algumas dores de cabeça à Argentina, ao Messi, ao meu amigo Mascherano e aos outros», completou.

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