Técnico confessa-se adepto de riscos na hora de apostar: «Ganhar pouco não interessa»
*Enviado-especial
«Se tivesse dez fichas, apostava todas no Irão. Ou ganho muito ou não ganho nada. Ganhar pouco não interessa. Nunca vou apostar no que todos apostam. Para quê? Arrisco o meu dinheiro e não ganho nada?», questiona.
Sobre o jogo em si, Queiroz espera um adversário mais difícil do que aquele que defrontou a Bósnia. «A Argentina só pode melhorar», diz.
«Não caímos na ilusão de que o primeiro tempo da Argentina na estreia se vá repetir muitas vezes. Estamos mais fortes e mais bem preparados, também. A Argentina tem uma equipa de génios, mas também têm que ter trabalhadores. E esse é o perfil do Irão. Só temos uma estrela: espirito da equipa. A Argentina tem muitas estrelas que podem fazer milagres, magia», refere.
Falando especificamente de Messi, Queiroz diz que o argentino «é a prova de que o futebol é simples».
«Dão-lhe a bola, ele pega nela e mete na baliza. Outros tentam correr com a bola e não conseguem. Não podemos jogar contra ele, temos de jogar com ele. Como? Com concentração, disciplina e respondendo como uma equipa. Se vamos jogar somente contra o Messi, não temos jogadores para o Di Maria, Higuain, Aguero», afirma.
Assim, Queiroz acha que a dúvida não é saber controlar Messi, mas sim a Argentina. «Tanto a Argentina como o Barcelona não ganham sempre. Temos de acreditar», insiste.
Por fim, o técnico voltar a lamentar a difícil preparação do Irão para este Mundial, que «não teve oportunidade de enfrentar equipas como Alemanha, Portugal ou Espanha», mas não usa isso como desculpa.
«Calhou-nos a Argentina e acham que o Irão trocava isso por alguma coisa? Não trocamos este jogo por nada deste mundo. Vamo-nos divertir e jogar 90 minutos com uma ideia: tentar dar algumas dores de cabeça à Argentina, ao Messi, ao meu amigo Mascherano e aos outros», completou.