COI elaborou um código que proíbe comportamentos e inclui as respetivas sanções
A manipulação de resultados é um problema que o Desporto quer enfrentar de frente, de forma olímpica. Nos Jogos Olímpicos Rio 2016, quem for responsável pela adulteração dos resultados através da sua manipulação arriscar-se-á a ser banido da competição desportiva para sempre.Estas vão ser as primeiras Olimpíadas em que estarão em vigor regulamentos claros e, especialmente, rígidos contra a manipulação de resultados sob a forma do «Código do Movimento Olímpico para a Prevenção da Manipulação das Competições»
O documento é abrangente e lista de forma descendente as entidades que a ele estão obrigadas, começando pelo COI, passando pelas Federações Internacionais, pelos Comités Olímpicos Internacionais, pelos representantes e membros a nível continental, regional ou local.
O preâmbulo do Código destaca o seu «compromisso para preservar a integridade do desporto» e «incluindo a proteção dos atletas limpos e das competições como definido na Agenda Olímpica 2020».
O COI reconhece a manipulação de resultados como «uma ameaça», assim como «as organizações desportivas reconhecem que não podem lidar com ela sozinhas» advertindo, portanto, que «é crucial a cooperação com as autoridades públicas», as policiais em particular, e «com os operadores de apostas».
O objetivo deste documento é proporcionar regulamentos hegemónicos que protejam todas as competições do perigo da manipulação, mas isso não inibe que haja regulamentos mais rígidos adotados por cada entidade para a sua área ou região particular.
Nos sete artigos do Código têm destaque as Violações
Na interdição da manipulação de resultados também não é esquecida a condenação da conduta corrupta facultando ou recebendo benefícios, a proibição da utilização de informação interna, assim como serão objeto de culpa quer a ausência de denúncia quer a ausência de cooperação.
Dos procedimentos disciplinares às medidas provisórias chega-se às Sanções
Entre as medidas anunciadas pelo COI de forma regulamentar a terem estreia garantida para os Jogos Rio 2016 estão também decisões paralelas na implementação do combate aos resultados manipulados e à corrupção.
As medidas vão desde a criação de um fundo de 10 milhões de dólares (cerca de 9,2 milhões de euros) à colaboração com a Interpol passando por programas a nível mundial de educação e de sensibilização quer no combate à manipulação do desporto quer na promoção da ética, da transparência e da boa governança.