Marcelo ouviu Costa, mas os grandes elogios são para o PSD

5 set 2022, 23:26
Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa (AP Photo/Kamil Zihnioglu, File)

Chefe de Estado diz também que a medida anunciada pelo Governo para os pensionistas "não é uma ilusão", mas sim uma “fórmula de pagar os 8% que seriam pagos ao longo do ano que vem”

O presidente da República reagiu às medidas de apoio às famílias e de combate à inflação anunciadas esta segunda-feira pelo Governo, considerando-as “equilibradas” e destacando o “duplo papel importante” do PSD neste processo.

“O PSD teve um duplo papel importante: o primeiro foi ter mostrado muito cedo um caminho que facilitou a tarefa do Governo, abriu caminho a uma coisa nova que é a entrega direta de rendimento às pessoas. Em segundo, abriu o caminho de uma maleabilidade no aumento da despesa pública. É importante porque o PSD tinha uma autoridade especial no equilíbrio das contas públicas, como demonstrou durante anos com o Governo de Passos Coelho.”

Marcelo Rebelo de Sousa refere que o Governo tentou o “equilíbrio” entre quem entendia que “o pacote deveria ser pesado” e quem sublinhava o “risco de endividar o Estado português e criar problemas ao Orçamento do Estado num ano que é um ponto de interrogação como é o ano que vem”.

“Há medidas que são tomadas uma só vez, em outubro. A preocupação é a de não repetir isto meses consecutivos e não entrar no ano que vem, porque isso significaria não só um esforço financeiro muito grande, mas, sobretudo, no ano que vem, em que não há a folga que se sabe haver este ano, haver um compromisso incomportável”, analisou o chefe de Estado.

Reconhecendo que as medidas “ficam aquém de algumas expectativas”, Marcelo sublinha que, “em contrapartida, há uma baixa de impostos, que vai até ao final do ano que vem”. “O Governo arriscou”, sublinha.

Sobre as pensões, o presidente afirma que a medida do Governo “não é uma ilusão”, mas sim uma “fórmula de pagar os 8% que seriam pagos ao longo do ano que vem”. “É aquilo que se pagaria, uma parte é paga este ano. Sendo antecipado este ano como suplemento não entra no défice do ano que vem e não conta para o deste ano também. É, contabilisticamente, uma forma de dar o mesmo resultado que daria se fosse paga a partir de janeiro, mas não criar os problemas dos défices”.

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