Fonseca lança Sevilha-Roma e fala de Jesus, de Ronaldo e de Guardiola

10 mar 2020, 18:03
Paulo Fonseca

Treinador português abordou ainda o surto do coronavírus. «Há uma coisa que é mais importante do que o futebol: a saúde das pessoas.»

Em vésperas do duelo para a Liga Europa entre a Roma e o Sevilha, Paulo Fonseca concedeu uma entrevista à agência espanhola EFE, tendo abordado, entre outros temas, o confronto com a equipa de Julen Lopetegui.

«Serão duas equipas com ideias de jogo muito ofensivas. Conheço muito bem Lopetegui, foi meu sucessor no FC Porto e é uma pessoa e um treinador que admiro muito. São duas equipas que querem ter a bola, dominar o jogo e criar situações ofensivas. O Sevilha tem bons resultados e a Roma está num bom momento e motivada. Não temos medo, vamos sem medo, embora tenhamos muito respeito pelo Sevilha, que é uma equipa fortíssima», disse.

O treinador português abordou ainda a época da Roma, que ocupa nesta altura o quinto lugar na Serie A, a três postos da Atalanta e do acesso à Liga dos Campeões. «Não é fácil. A Atalanta é uma equipa muito forte. Mas confio que é possível, falta muito campeonato», destacou.

Paulo Fonseca falou também de Cristiano Ronaldo, de Jorge Jesus, com quem trabalhou no Estrela da Amadora, e do surto do coronavírus, que está descontrolado em Itália.

Sobre o avançado da Juventus, destacou as qualidades futebolísticas e humanas. «É um enorme jogador, um grande profissional. Ao contrário do que algumas pessoas pensa, é alguém muito simpático, afável e aberto. Um excelente profissional, mesmo que nunca tenha trabalhado com ele. E aqui em Itália não é fácil marcar golos.  Jorge Jesus? Naqueles anos [2001-2002] ele já era um treinador muito diferente, com grande rigor tático. Continuo a ter uma boa relação com ele.»

Fonseca mostrou-se apreensivo acerca do Covid-19 e lembrou que a saúde das pessoas tem de ser acautelada. «Há uma coisa que é mais importante do que o futebol: a saúde das pessoas. Penso que nestes dias serão tomadas decisões muito importantes e não devem ser tomadas apenas pelas respetivas ligas, mas em conjunto com a UEFA. Não podemos ter a Liga italiana parada e depois realizar-se um Valência-Atalanta, por exemplo.»

O treinador da Roma partilhou ainda os sonhos como treinador e arriscou eleger um favorito para esta edição da Liga dos Campeões. «Sempre sonhei treinar em Itália, Espanha ou Inglaterra, que são, para mim, as três melhores ligas do mundo. A equipa de que gosto, porque sou um grande seguidor de Guardiola, é o Manchester City.»

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