V. Guimarães-Sp. Braga, 1-1 (crónica)

26 out 2018, 23:20
Liga: as fotos do V. Guimarães-Sp. Braga

Muita rivalidade, pouco proveito

Rivalidade milenar esplanada em noventa minutos à flor da relva. Duelo intenso com o D. Afonso Henriques com 26170 espectadores e um ponto para cada lado. A rivalidade foi o prato forte do encontro, o jogo foi aguerrido, mas nenhum dos rivais conseguiu capitalizar a carga emocional do jogo.

O Sp. Braga sai de Guimarães líder isolado do campeonato, mas à condição, deixando o primeiro lugar à mercê do Benfica. O dérbi minhoto não deixa nenhum dos rivais completamente satisfeitos, acabando a igualdade por se ajustar ao futebol produzido por cada um dos emblemas. Muita rivalidade, pouco proveito.

Os predicados que à partida já era conhecidos tiveram reflexo no jogo e assistiram-se a disputas de bola musculadas e muita força física, por vezes esforços quase sobre-humanos. De um rasgo de Davidosn na esquerda o V. Guimarães adiantou-se no marcador aos quinze minutos.

Cinco minutos de diferença

O extremo brasileiro trabalhou sobre o compatriota Goiano e cruzou para o coração da área, onde apareceu Guedes a desviar para o fundo das redes. Tiago Sá ainda tocou no esférico, mas foi impotente para evitar o golo. Entrou em ebulição o D. Afonso Henriques, mas a festa durou pouco tempo. Apenas cinco minutos de diferença.

Tremia a defesa da equipa de Luís Castro quando a bola era despejada na área, o Sp. Braga revelou-se muito perigoso nesse tipo de lances e precisamente num pontapé de canto os arsenalistas assinaram o empate. Cruzamento de João Novais, Osorio faz o corte mas deixa a bola à mercê de Claudemir. Wakaso escorrega e permite que o brasileiro empate ao segundo poste.

Estreia a marcar de Claudemir com a camisola do Sp. Braga a levar o embate empatado para o intervalo. O equilíbrio foi o tónico dominante, com momentos de supremacia repartida, mas com o Sp. Braga a causar mais calafrios ao expor as fragilidades defensivas dos vimaranenses quando a bola foi cruzada para a área de Douglas.

Pólvora seca

Mais luta na segunda metade. Clima de guerrilha, no bom sentido, e lances de perigo de parte a parte. Equilibrou os pratos da balança o V. Guimarães ao assumir mais momentos de protagonismo, mas ainda assim longe de o fazer de forma vincada.

Foi a equipa de Luís Castro a primeira a criar perigo. Em boa posição Davidosn desviou a bola de Tiago Sá, mas havia Bruno Viana em cima da linha de golo para tirar. A resposta bracarense não se fez esperar e Dyego Sousa, numa forma física impressionante, cabeceia a centímetros do ferro. Tiros de pólvora seca.

Nos bancos os dois técnicos arriscaram algo mais e introduziram unidades nas suas equipas. Estupiñán foi aposta de Luís Castro, no lado bracarense Abel Ferreira fez entrar Paulinho para o lado de Dyego Sousa. Ninguém conseguiu desfazer a igualdade.

Dérbi que muito prometeu, mas que se ficou pela intensidade. Depois de três triunfos consecutivos na Cidade Berço o Sp. Braga cede um empate e deixa o primeiro lugar em causa. Os sinais de melhoria do V. Guimarães não tiveram os efeitos desejados.

Patrocinados