FC Porto-Boavista, 1-0 (crónica)

Vítor Maia , Estádio do Dragão, Porto
30 abr 2023, 20:06

Que dérbi, carago!

Que dérbi, carago!

O FC Porto suou para vencer o dérbi contra o Boavista (1-0). Um golo de Taremi deixa a Invicta a dormir vestida de azul e branco esta noite.

A vitória permite aos campeões nacionais recuperar o segundo lugar da classificação e continuar a quatro pontos do líder Benfica. Parafraseando a expressão tipicamente portuguesa, o dragão disse andor (b)violeta ao Sp. Braga, vice-líder desde o último sábado.

Houve empurrões, quezílias, emoção, enfim, tudo o que um dérbi exige. Na primeira parte jogou-se pouco, mas lutou-se muito. Ainda assim, houve três excelentes ocasiões assinalar: duas para o FC Porto, uma para o Boavista.

Foi preciso esperar 14 minutos para a primeira grande oportunidade. Bracali não segurou um cruzamento de Pepê e Otávio, só na área, cabeceou ao lado. Pouco depois, Cannon disse andor (b) violeta a um cabeceamento de Uribe que seguia na direção da baliza da pantera.

Depois uma resposta tímida num cabeceamento de Makouta, o Boavista assustou verdadeiramente o covil. Seba Pérez rematou, Diogo Costa não agarrou a bola e esta por centímetros não entrou.

Não deu para laurear a pevide, a partida não estava para isso. Ao intervalo o FC Porto tinha uma certeza: tinha de (b)vergar a mola para derrotar o rival da cidade. Ciente disso mesmo, Sérgio Conceição não esperou mais e fez três trocas: entraram Martínez, Franco e Galeno para os lugares de Manafá, Eustáquio e Evanilson.

Nem por isso o campeão nacional subiu o nível exibicional na segunda parte. Porém, foi capaz de fazer o que não tinha feito até então: marcar. Ricardo Mangas atingiu André Franco na área e de penálti, Mehdi Taremi abriu o marcador.

É importante, ainda assim, referir o bom jogo que o Boavista estava a fazer até ao golo sofrido e continuou a fazer depois. A pantera não se escondeu, tentou jogar no campo todo e mostrou-se muito bem organizada. Só não foi feliz por azar ou demérito próprio, como preferir.

O FC Porto nem teve tento de se alapar no conforto do marcador, visto que um erro técnico de Marcano permitiu a Mangas ficar isolado. Sem outra hipótese, o espanhol agarrou o boavisteiro quando este já dava de frosques e recebeu ordem de expulsão.

Conceição reagiu a partir do banco e sacrificou Toni Martínez para colocar Fábio Cardoso. Por seu turno, Petit fez o que lhe competia e arriscou, lançando Gorré e Bozeník, dando o mote para o assalto axadrezado. Infelizmente para as panteras não adiantou um grosso, como se diz na Invicta.

Por três vezes o Boavista esteve perto do empate. Se em duas ocasiões Yusupha e Bozeník erraram o alvo, na outra Diogo Costa ‘salvou’ os portistas com uma defesa fantástica a desvio do avançado eslovaco.

O FC Porto respirou de alívio quando Rui Costa apitou para o fim do jogo. Esse é, porventura, o maior elogio que se pode fazer à prestação do Boavista no Dragão.

 

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