Torres considerou ainda que, nos últimos anos, a direita democrática em Portugal quebrou “uma espécie de compromisso não escrito, um quase consenso que existiu durante as primeiras décadas” da democracia portuguesa, “sobre o caráter e a natureza essencialmente pública do estado social”.
O secretário-geral adjunto do PS acusou este sábado a direita de ter uma “obsessão privatizadora” do estado social, cuja proteção definiu como “um desígnio permanente” dos socialistas, e considerou que “o neoliberalismo tomou conta” do PSD.
“Todos nós sabemos que esse aventurismo da direita com a obsessão privatizadora do estado social terminaria com a ausência desse estado social. E sem estado social, não há, para nós, democracia”, defendeu João Torres, na Academia Socialista, que decorre até domingo, no distrito de Évora.
Numa apresentação intitulada ‘Porque não há democracia sem estado social?’, Torres apontou à direita, considerando que “o neoliberalismo tomou conta do maior partido da oposição” e classificou a Iniciativa Liberal (IL) como “neoliberal radical”.
O secretário-geral adjunto dos socialistas defendeu o estado social como um “desígnio permanente” da história do partido e considerou que o PS, “que tem como ideia força o estado social, protege a democracia”.
“E sempre que nos últimos anos nós reforçamos o estado social, encontramos sempre o voto contra da direita do nosso país que nunca quis fazer parte da solução para os problemas que identificamos, antes quis sempre posicionar-se como parte do problema, manifestando-se sempre e contra as medidas que o PS apresentou”, acusou.
Torres considerou ainda que, nos últimos anos, a direita democrática em Portugal quebrou “uma espécie de compromisso não escrito, um quase consenso que existiu durante as primeiras décadas” da democracia portuguesa, “sobre o caráter e a natureza essencialmente pública do estado social”.
O dirigente socialista rejeitou qualquer complexo do PS em relação à iniciativa privada ou ao setor privado, contrapondo que os socialistas formulam “um juízo crítico sobre a distribuição da riqueza”.
“E quando promovemos essa redistribuição também estamos a reforçar o estado social e a proteger a nossa democracia”, sustentou.