Líder supremo prometeu vingança e uma "resposta dura" para os autores do ataque, que ainda não foi reivindicado
O ministro do Interior do Irão reviu em baixa o número de mortos causados pelas duas explosões ocorridas na cidade de Kerman, onde estavam a decorrer homenagens ao major-general Qassem Soleimani, morto a 3 de janeiro de 2020 por um drone dos Estados Unidos.
De acordo com a agência de notícias IRNA, são, afinal, 84 os mortos, em vez dos 103 inicialmente avançados. Em sentido contrário, o número de feridos foi revisto alta. Há agora 284 vítimas a receber tratamento hospitalar, algumas delas em estado considerado grave.
Várias pessoas estavam na rua durante as duas explosões, ambas ocorridas a menos de um quilómetro do túmulo de Qassem Soleimani.
As autoridades iranianas ainda estão a realizar investigações ao caso, mas já confirmaram que ambas as explosões foram resultado de “ataques terroristas”.
O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, condenou um ataque "hediondo e desumano", sendo que o aiatolá Khamenei, supremo líder do Irão, prometeu vingar-se dos autores do ataque.
"Criminosos cruéis devem saber que a partir de agora vão ser tratados com firmeza... sem dúvida que haverá uma resposta dura", disse o responsável iraniano.
Apesar de o ataque não ter sido reivindicado, a administração Biden referiu, segundo a agência Reuters, que estes atos fazem lembrar o modus operandi do Estado Islâmico.