Jogador brasileiro deixou o Chelsea e reforçou Shanghai SIPG de Villas-Boas
Oscar foi um dos nomes mais sonantes a rumar à China no mercado de janeiro. A transferência do brasileiro do Chelsea para o Shanghai SIPG de Villas-Boas surpreendeu muita gente e agora, o jogador resolveu explicar os motivos.
«O aspeto financeiro foi importante, mas não se tratou só de dinheiro», disse Oscar em entrevista à «FourFourTwo». «A cidade onde vivemos é importante. Não vou sozinho, levo a minha mulher e os meus filhos, por isso tem que ser um sítio bom e Xangai tem tudo o que precisamos», afirmou o jogador.
E as questões desportivas também pesaram. «Eu não estava a jogar tanto quanto queria, mas é isso é normal no futebol. Só que eu sou um jogador que precisa de jogar. Eu não gosto de ficar no banco e esse foi o meu lugar nos últimos sete, oito jogos», explicou.
«Quando estas situações acontecem e há interesse de outros clubes é preciso tomar uma decisão. Tive ofertas de clubes europeus também, mas não deu certo para todas as partes», disse ainda.
«Tive uma oferta do futebol chinês ano passado também, mas não quis ir naquela época. Agora ouvi e o projeto pareceu-me perfeito. Acabou por ser bom para mim, para o Chelsea e para o Shanghai», frisou.
Oscar considera que a ida para a China não significa o fim da carreira na Seleção. «Para ser chamado eu preciso estar a jogar. Hoje em dia, as pessoas tem acesso a qualquer liga do mundo. Há outros jogadores a ser convocados que atuam em clubes chineses, então não me sinto escondido aqui. Eu não estava a jogar em Inglaterra, por isso, se jogar aqui posso estar mais perto de ser convocado agora do que quando estava no Chelsea».
Ainda assim, o jogador reconhece que «foi muito difícil deixar o Chelsea». «Joguei lá cinco anos, cheguei ainda menino e vivi muitos momentos bons com o clube. Além disso, sabia que as pessoas ficariam surpresas de ver um jogador de 25 anos a trocar o campeonato inglês pelo chinês, mas eu não posso decidir minha vida baseado no que as outras pessoas pensam».
Oscar mostrou-se «muito feliz por trabalhar» com Villas-Boas e Hulk «duas boas pessoas e bem sucedidas» e lembrou que tem ainda Elkeson «que é muito bom jogador» e Ricardo Carvalho «um defesa tão experiente, um vencedor». «E o melhor de tudo é que falam todos português».
