O secretário de Estado da Defesa do país, Lloyd Austin, afirmou que este bombardeamento não foi feito em coordenação com Israel, e que se destinam a mandar uma "mensagem clara" ao governo de Teerão
Os Estados Unidos atacaram esta noite vários depósitos de armas e munições utilizadas pela Guarda Revolucionária Iraniana na Síria.
Os bombardeamentos aéreos, realizados com recurso a dois caças F-16, ocorreram por volta das 4:30 da manhã locais, 1:30 em Portugal Continental, perto da localidade síria de Abu Kamal, a poucos quilómetros da fronteira com o Iraque.
"Os ataques apoiados pelo Irão contra as forças americanas são inaceitáveis e devem cessar. Estamos preparados para tomar outras medidas para proteger o nosso povo, se necessário", disse um oficial americano, citado pela Reuters.
Pouco depois, o secretário de Estado da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, afirmou que este bombardeamento não foi feito em coordenação com Israel, e que se destinam a mandar uma "mensagem clara" ao Irão.
"O que nós queremos é que o Irão tome medidas muito específicas, que ordene às suas milícias e aos seus representantes que se retirem", disse Austin, citado pela BBC.
Austin referiu, em comunicado, que este ataque é uma resposta a uma "série de ataques, a maioria sem sucesso", por parte de milícias apoiadas pelo Irão, e referiu que Joe Biden deu a ordem para os bombardeamentos para "deixar claro que os Estados Unidos não tolerarão tais ataques e defender-se-ão a si próprios, ao seu pessoal e aos seus interesses".
Os ataques ocorreram poucas horas depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão ter avisado que se a retaliação israelita contra os combatentes do Hamas na Faixa de Gaza não terminar, então os Estados Unidos “não vão ser poupados desta guerra”.
Hossein Amir-Abdollahian indicou que o Irão está preparado para se envolver nas negociações para a libertação de reféns.
“Eu digo honestamente aos homens de Estado norte-americanos, que estão a gerir o genocídio na Palestina, que não vemos como boa uma expansão da guerra na região. Mas se o genocídio em Gaza continua, não vão ser poupados da guerra”, disse.