Gil Vicente-Beira Mar, 3-0 (destaques)

14 abr 2001, 19:19

Vítor Vieira comandou equipa hiperofensiva Vários galos no poleiro do êxito. Vítor Vieira o maior deles: jogou e fez jogar. Miguel Simão e Paulo César atacaram muito e quase sempre bem. Do lado aveirense, Palatsi fez o que pôde e evitou a goleada.

Miguel Simão e Paulo César

Baralharam por completo a defesa contrária, que não arranjou antídoto para parar as suas investidas. Com acelerações rápidas, confundiram os aveirenses e libertaram-se das marcações, conseguindo um golo cada um. Miguel Simão abriu o activo e Paulo César «matou» o jogo, surpreendendo Palatsi numa antecipação perfeita. Com uma vontade e determinação estonteantes, estes dois galos de aspecto tenrinho, galvanizaram a equipa para uma vitória importante e segura, assente na velocidade e perspicácia de quem sabe jogar futebol ao primeiro toque.  

Vítor Vieira

Foi o principal impulsionador da sua equipa. Os melhores lances do Gil «obrigatoriamente», passaram pelos seus pés, sobretudo na etapa inicial. Colado ao lado direito, assumiu a iniciativa de jogo e libertou-se constantemente de Cristiano, seu marcador directo, mas não deixou de procurar outros terrenos assim que lhe era exigido. Provocou desequilíbrios e municiou por diversas vezes os seus companheiros mais adiantados, mas não encontrou a devida correspondência. Combinou bem com Casquilha e Paulo César, mas as suas deambulações não surtiram o efeito desejado: não renderam golos. Depois de a sua equipa se colocar em vantagem, recuou no terreno, num claro reforço do meio-campo, mas não evitou a substituição na parte final do encontro, tendo sido bastante aplaudido pelos adeptos do Gil.  

Palatsi

Com uma galhardia fora do comum, foi o senhor do costume. No relvado do Adelino Ribeiro Novo, o francês do Beira Mar foi sempre o principal obstáculo dos comandados de Luís Campos. Mostrou mais uma vez possuir quilos de reflexos e destreza na forma como está entre os postes e como os abandona. Como também sabe jogar bem com os pés, funciona muitas vezes como um autêntico libero.

O guarda-redes dos aveirenses foi o principal garante de a sua equipa não ter sido copiosamente batida, mas como se costuma dizer, no melhor pano cai a nódoa. No segundo golo permitiu o «chapéu» a Paulo César, quando podia ter feito melhor.

Fernando Aguiar

Foi o «patrão» do meio-campo e o jogador com melhor rendimento da sua equipa. Um verdadeiro «tampão» no centro do terreno, opondo-se com grande categoria na sua zona de intervenção. Um verdadeiro «stopper» quando foi preciso deter as incursões ofensivas do adversário. Manchou a sua exibição na segunda parte, com o vermelho directo que lhe foi exibido por Jacinto Paixão, após um desaguisado com o defesa Lemos. A partir do momento em que o Beira Mar se viu privado do seu jogador mais influente, a equipa caiu a pique e os golos surgiram naturalmente.  

Beira Mar

Bons passes, algumas ideias, mas rematar à baliza adversária é que não. O Beira Mar não obrigou o guarda-redes Paulo Jorge a fazer qualquer defesa no primeiro tempo. Muito pouco para uma das equipas-sensação deste campeonato. Sem ter nada a perder e com a permanência já assegurada, os aveirenses desiludiram pela forma como (não) atacaram. Como Fary foi presa fácil para os centais Lemos e Carlos, acabou por ser substituído ao intervalo, depois de se andar a deitar na relva 45 minutos. O tempo não era de descanso. Na segunda parte, o Beira Mar voltou a mostrar falta de clarividência no último terço do campo, apesar de ter subido ligeiramente a sua produção atacante, conseguindo «ligar» de forma mais aceitável o seu futebol, mas não evitou uma derrota sem a mínima contestação.

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