Braga-Guimarães, 2-1 (destaques)

18 dez 2001, 23:06

Barata tonta de golos Barata marcou dois golos e resolveu um jogo sem história. Mas teve a preciosa ajuda de Castanheira e de Riva, um verdadeiro diabo à solta no 1º Maio. Assim, foi muito mais fácil.

Diabo Riva

Um autêntico diabo à solta. Um artista, um malabarista, um jogador capaz de fazer a diferença, apesar de já não ter a velocidade de outros tempos. Lançou o pânico nos dois flancos, porque só saber fazer aquilo que os defesas mais detestam: driblar e assistir os colegas da frente. Cumpriu a missão na íntegra, escrevendo na folha de serviço um punhado de raids mortíferos. Pegava na bola e muito boa gente punha as mãos na cabeça. Tal e qual. 

Chama de Armando

Lateral direito é uma expressão pequena de mais para caracterizar o futebol de Armando. Soube combinar com Riva no flanco direito, quando o brasileiro era o seu vizinho de sector e subiu sempre no terreno como forma de apagar a chama de Rabarivony. As melhores jogadas do Braga partiram precisamente do seu lado e os cruzamentos maliciosos tiveram o selo da sua autoria. E se Riva estava no apoio era o cabo dos trabalhos para o Guimarães. 

Arte e o engenho de Castanheira

Arte e engenho é um epíteto que encaixa na perfeição no léxico futebolístico deste jogador. Está mais maduro e experiente, por isso consegue ser aterrorizador quando tem a bola nos pés e a baliza de frente. Não perde o ensejo de rematar, teve três magníficas oportunidades e o golo só não apareceu por mera infelicidade. Os dois golos do Braga foram fruto do seu talento. Excelentes assistências. 

Barata tonta de golos

Já muito se escreveu sobre este goleador brasileiro, que já causou sensação no campeonato espanhol ao serviço do Tenerife. É um autêntico perigo, porque tem um faro invulgar pela arte de marcar golos. Esta noite bisou e revelou estar sempre no sítio certo e na hora exacta. Apesar de ser um ponta-de-lança solitário recuou algumas vezes para arrastar consigo os defesas como um autêntico reboque. Em grande plano. 

Guga solitário

Numa equipa cozida por retalhos vagos de futebol, acabou por ser a linha mais forte, a mais colorida, a única capaz de prender os colegas ao próprio jogo. Ainda na primeira parte, entrou para o lugar de Hugo Cunha e revolucionou o Guimarães. Mas foi uma pena que todas as suas acções não tivessem a ajuda dos colegas. Era a noite ingrata dos vimaranenses e Guga nada podia fazer. Se calhar, devia ter sido titular...

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