Brasil: a história do guarda-redes ciumento

23 mar 2002, 12:08

A propósito de um grande golo

O jogo foi na quarta-feira à noite, quase madrugada em Portugal, mas os grandes golos, sabe-se, escapam ao tempo. Por isso Alex recebeu uma placa dos adeptos do Palmeiras como forma de agradecimento pelo feito conseguido frente ao São Paulo.

Nessa partida, que o Palmeiras venceu por 4-2, Alex fez aquele que é apreciado por todos como o melhor da carreira do médio que um dia chegou a estar na agenda do Benfica. Num resumo imperfeito, pode escrever-se que entrou na área, passou a bola por cima da cabeça de um defesa, depois do guarda-redes e sorriu.

Os adeptos, sempre com espaço na memória afectiva para estas histórias, ainda andam eufóricos. Por isso, os do Palmeiras foram levar uma placa de agradecimento a Alex, autor de um golo digno de ser imortalizado.

Do outro lado da história, os jogadores do São Paulo também aplaudem. Rogério Ceni, guarda-redes prestigiado, concede que a inspiração de Alex resultou no golo mais bonito que já sofreu, se é que a expressão está bem utilizado num caso destes. Enfim, a placa parece-lhe boa ideia. Mas não para ser colocada no Morumbi. «No nosso estádio não, eles devem colocar a placa no campo deles», sintetiza.

No Brasil existe a tradição de colocar placas nos estádios, uma forma de assinalar os grandes momentos aí vividos. Não por acaso, Ceni é o único a ter uma placa no Morumbi. Apesar de ser guarda-redes, foi ele quem marcou o golo número mil do São Paulo na história do campeonato brasileiro. Aconteceu a 17 de Outubro de 2000, frente ao Internacional de Porto Alegre.

Alex, ainda um menino, espera que Scolari não estivesse a dormir em frente ao televisor. O médio ofensivo do Palmeiras é um dos que ainda não conseguiram convencer o seleccionador brasileiro.

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