Liga Europa: FK Borac-Rio Ave, 0-2 (crónica)

17 set 2020, 20:58

Tarantini puxou dos galões e fez justiça

Teve de ser Tarantini a subir à área contrária e abrir caminho para a importante vitória do Rio Ave sobre o FK Borac (2-0), em Banjaluka, confirmada logo a seguir com novo golo de Jambor. Foi preciso sofrer muito, mas a justiça acabou por chegar nos últimos instantes de um jogo praticamente controlado pela equipa de Mário Silva do princípio ao fim. Ultrapassados os bósnios, a equipa de Vila do Conde vai agora, já para a semana, a Istambul medir forças com o Besiktas, mas, antes disso, ainda haverá a estreia na Liga, em Tondela.

Jogava-se já o minuto noventa quando o Rio Ave, em mais uma investida, chegou pela primeira vez ao golo. Passe em profundidade a lançar Gelson Dala que trabalhou bem, mas permitiu a defesa de Pavlovic, mas desta vez estava lá Tarantini a garantir que a bola chegava ao ambicionado destino. Foi o culminar de um jogo em que o Rio Ave podia ter resolvido bem mais cedo, depois impor o seu futebol diante de um adversário que se limitou a fechar sobre a sua baliza à espera de erros dos portugueses.

Estreia de Mário Silva com dois reforços no onze, com Ivo Pinto a entrar para a defesa do flanco direito e Francisco Geraldes a regressar para o meio-campo, jogando entre Piazón e Carlos Mané no apoio direto a Bruno Moreira. A equipa de Vila do Conde procurou, desde logo, assumir as rédeas do jogo, com uma elevada posse de bola e linhas bem subidas, procurando pressionar o adversário logo no momento de construção. O Borac, por seu lado, entrou com mentalidade bem mais conservadora, recuando em toda a linha quando perdia a bola e montando duas linhas defensivas à frente da baliza de Pavlovic.

O Rio Ave procurou profundidade pelas alas, com Ivo Pinto a descer muitas vezes pelo flanco direito e Carlos Mané a procurar espaços no lado contrário. Um jogo que começou com um ritmo muito baixo, com o Borac a criar perigo em lances de bola parada, com destaque para uma série de quatro cantos consecutivos, mas era o Rio Ave que tinha mais bola, embora também sentisse dificuldades em entrar na bem protegida área de Pavlovic.

Aderllan esteve duas vezes perto de abrir o marcador, nesta primeira parte, primeiro na sequência de um canto, em que atirou à figura do guarda-redes bósnio, depois na marcação de um livre, em que atirou fortíssimo para mais uma defesa de Pavlovic.

A verdade é que o nulo manteve-se até ao intervalo. O Borac procurou regressar para a segunda parte com as linhas mais subidas, mas teve de emendar a mão, com o Rio Ave a obrigar os bósnios a recuar em toda a linha. O domínio da equipa de Mário Silva foi-se acentuando à medida que a equipa bósnia perdia frescura física e tornou-se praticamente insustentável quando o treinador abdicou de Francisco Geraldes para abrir o jogo com Gelson Dala.

Os últimos 25 minutos jogaram-se nos últimos trinta metros, praticamente dentro da área do Borac, com oportunidades atrás de oportunidades, com destaque uma grande defesa de Pavlovic a remate de Piazón, além de um desvio de cabeça de Tarantini que levou a bola ao ferro depois de mais uma defesa do guarda-redes bósnio.

Sucediam-se as oportunidades e os remates da equipa de Vila do Conde, mas o resultado teimava em não mudar, com cronómetro a correr célere para o minuto noventa. Foi nessa altura que apareceu Tarantini, na área, a garantir que, desta vez, a bola ia mesmo entrar. Entrou e voltou a entrar  logo a seguir, com o croata Jambor que tinha saltado do banco, a fazer o segundo a passe de Carlos Mané.

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