Francisco Assis integra lista da Comissão Nacional do PS

4 jan, 17:00
Francisco Assis e Pedro Nuno Santos (José Sena Goulão/ Lusa)

Lista resulta de um acordo entre as duas principais candidaturas à liderança do PS, com José Luís Carneiro a garantir 35% dos lugares

Francisco Assis é o primeiro nome conhecido da lista da Comissão Nacional que vai ser aprovada este fim de semana no Congresso do PS.

O presidente do Conselho Económico e Social e antigo líder da bancada parlamentar surge, assim, como o primeiro nome nas lista que vai marcar a transição de António Costa para Pedro Nuno Santos.

Francisco Assis foi um dos primeiros nomes a demonstrar publicamente apoio à candidatura de Pedro Nuno Santos à liderança do PS. No dia seguinte ao pedido de demissão de António Costa, a 8 de novembro passado, almoçaram juntos em Lisboa. A 9 de novembro, Pedro Nuno Santos confirmou que era candidato ao cargo de secretário-geral do PS.

O apoio foi encarado como determinante já que Assis representa uma ala mais moderada do partido, evidenciando a capacidade do ex-ministro das Infraestruturas de realizar pontes internas, uma vez que é conotado com uma ala mais à esquerda ou radical.

Francisco Assis é o primeiro nome confirmado para a Comissão Nacional, o órgão máximo dos socialistas entre congressos. A lista única para este órgão, que deverá ser aprovada, resulta de um acordo entre as duas principais candidaturas à liderança do PS, após Pedro Nuno Santos ter acordado com José Luís Carneiro que o ex-adversário interno poderia indicar 35% dos lugares para a Comissão Nacional. O pacto está a ser encarado como uma prova de união no seio do PS.

Francisco Assis foi uma das vozes mais críticas da solução da geringonça encontrada por António Costa – e onde Pedro Nuno Santos teve um papel determinante enquanto mediador com o Bloco de Esquerda e o PCP.

Em 2011, Francisco Assis protagonizou uma corrida à liderança do PS contra António José Seguro.

Em novembro de 2015, depois de os socialistas terem perdido as eleições legislativas para a coligação PSD/CDS, Francisco Assis opôs-se a formação de um Governo minoritário socialista, liderado por António Costa, suportado no parlamento pelo PCP, Bloco de Esquerda e PEV.

Assis teve também, como chefe de gabinete, José Luís Carneiro, rival de Pedro Nuno Santos nas últimas diretas do PS.

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