FMI corta crescimento da zona euro para 0,7% este ano e 1,2% em 2024

Agência Lusa , PF
10 out 2023, 09:35
Euro

De acordo com os dados do FMI, contudo, existem divergências no crescimento entre as principais economias da zona euro em 2023

O FMI está mais pessimista sobre o crescimento da zona euro e prevê agora uma expansão do PIB de 0,7% em 2023 e de 1,2% em 2024.

Na atualização das projeções económicas mundiais, divulgadas no âmbito das reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que decorrem este ano em Marrocos, a instituição corta a previsão de crescimento para este ano em 0,2 pontos percentuais (pp.) e para 2024 em 0,3 pp..

O FMI passa a prever, assim, que o crescimento dos países da moeda única desacelere de 3,3% em 2022 para 0,7% em 2023, antes de subir para 1,2% em 2024.

De acordo com os dados do FMI, contudo, existem divergências no crescimento entre as principais economias da zona euro em 2023.

Por um lado, revê em baixa a previsão em 0,2 pp., para -0,5%, para a Alemanha, para a qual prevê uma ligeira contração económica no segundo semestre de 2023, num contexto de fraqueza nos setores sensíveis às taxas de juro e de uma procura mais lenta por parte dos parceiros comerciais.

Por outro lado, destaca para a economia francesa uma recuperação da produção industrial e uma procura externa acima do esperado no primeiro semestre de 2023, fazendo uma revisão em alta de 0,2 pp. para um crescimento de 1%.

Já para 2024, prevê um crescimento da economia alemã de 0,9% (menos 0,4 pp. do que no relatório de julho) e da economia francesa de 1,3% (mantém previsão inalterada).

O FMI está também ligeiramente mais pessimista sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) italiano, prevendo uma expansão de 0,7% em 2023 e 2024 (-0,4 em 2023 e -0,2 pp. em 2024, face a julho).

Já para a economia espanhola prevê um crescimento de 2% este ano (mantém a previsão) e de 1,7% em 2024 (uma revisão em baixa de 0,3 pp.).

No que toca à inflação da zona euro, o FMI prevê uma redução da taxa homóloga de 8,4% atingida em 2022 para 5,6% em 2023, antes de cair para 3,3% em 2024. Para 2028, aponta para uma inflação de 1,9%.

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