Romário

10 nov 2000, 21:24

Brasil

Avançado

Nasceu a 29/1/1966.

Começou a carreira em 1985 

TRÊS RAZÕES PARA VOTAR 

1. O Mundial de 1994, onde chegou no auge da forma e onde mostrou ser o melhor com uma facilidade que fez lembrar Maradona. A passagem pelo Barcelona, integrado no dream team idealizado por Cruijff. À chegada prometeu 30 golos no primeiro ano. E cumpriu, com requintes de genialidade. Dele disse o holandês, no fim de dois anos inesquecíveis de façanhas em campo e atritos no balneário: «Era o melhor de todos». E Cruijff não tem propriamente o elogio fácil... 

2. Uma atracção pelo risco que o faz desprezar golos fáceis e banais. Mesmo nas coisas mais simples, tem uma marca de estilo que não se confunde com mais ninguém. A forma como corre, como pisa a relva, como parece parar o tempo, levaram o seu antigo técnico Jorge Valdano a escrever que estava perante «o único jogador moderno com técnica no corpo todo». E tudo isto com uma eficácia impressionante: mesmo com todas as férias sabáticas com que se autocontemplou já marcou mais de 700 golos... 

3. Um espírito rebelde e dado a gozar as coisas boas da vida, saudavelmente contrastante com um tempo em que os jogadores se assemelham cada vez mais a soldados especializados, educados com palavras como sacrifício, trabalho e autodisciplina. Uma vez disse: «Se saio à noite, jogo bem e marco. Se não saio, não consigo render. Prefiro sair». Pois que saia! 

E TRÊS RAZÕES PARA NÃO VOTAR 

1. A lesão que o afastou do Mundial-98, a poucos dias do pontapé de saída. Assim se perdeu a possibilidade de ver em acção no palco mais alto a dupla Ro(mário)-Ro(naldo), potencialmente uma das mais espectaculares de todos os tempos. E o Brasil perdeu o penta

2. Desperdiçou os melhores anos da sua carreira num clube de segunda dimensão como o PSV Eindhoven. E quando encontrou uma equipa à altura do seu talento logo arranjou todas as confusões necessárias para ir embora demasiado cedo. Além disso, ao gerir a carreira ao sabor das mudanças de temperamento, tem um percurso demasiado irregular para a dimensão do seu talento. 

3. Um ego do tamanho do Mundo, uma arrogância demasiadas vezes deselegante e antipática.

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