De Bruyne e Bernardo Silva passeiam no Parken
O Manchester City venceu por 3-1 em casa do Copenhaga e praticamente decidiu o destino na Liga dos Campeões: os quartos de final estão muito perto.
Os campeões europeus foram claramente superiores aos dinamarqueses, que tentaram estar organizados para evitar um marcador dilatado. Kevin De Bruyne jogou pela primeira vez na temporada na Champions e causou estragos: esteve presente nos três golos e só Bernardo Silva conseguiu acompanhar a classe do belga, no lance do 2-1.
A dupla dos «citizens» passeou no Parken do Copenhaga e o único ponto negativo é mesmo a saída do português na parte final da partida, depois de sofrer uma entrada agressiva. Jack Grealish também teve de sair por lesão, ainda na primeira parte.
Pep Guardiola tinha alertado para a importância de vencer a primeira mão, até pela dificuldade que os oitavos encerram e não foi de meias medidas. O técnico catalão apresentou o melhor onze que tinha à disposição para tentar resolver a eliminatória e não esperar pelo jogo no Etihad, que vai ocorrer entre o dérbi de Manchester e o duelo com o Liverpool.
A diferença entre as duas equipas ficou bem patente logo desde os primeiros minutos, com os ingleses a assumirem as despesas do jogo, com muita bola e a jogarem no meio-campo adversário. As ambições de contra-ataques dos dinamarqueses eram abafadas ainda antes da linha de meio-campo e o City voltava, aí, a reorganizar-se para atacar a baliza contrária.
Contudo, não precisou de ser asfixiante para chegar ao golo. Bastou puxar da categoria dos seus artistas.
Ainda dentro dos primeiros 10 minutos, Rúben Dias variou o flanco com precisão, Phil Foden recebeu de primeira e tocou para De Bruyne, que finalizou com um remate cruzado. Parecia um passe para a baliza.
O Manchester City tinha o jogo controlado e não permitiu qualquer remate ao Copenhaga durante mais de meia-hora. Por isso mesmo, qualquer tentativa dos dinamarqueses só poderia surgir por erro do campeão europeu. E assim foi.
Ederson tentou jogar de primeira perante a pressão dos avançados contrários, errou o passe e, na recarga a um remate de Elyounoussi, Mattsson rematou colocado e levou as bancadas do Parken ao rubro. No primeiro lance de perigo junto à baliza dos «citizens», os dinamarqueses não perdoaram.
A reação do City ao golo sofrido não foi vertiginosa, mas os pupilos de Guardiola não podiam ter pedido melhor sorte. Mesmo em cima do intervalo, De Bruyne lutou pela bola na área, o ressalto sobrou para Bernardo Silva e o português mostrou toda a classe: com um toque sublime, colocou justiça no resultado.
Na segunda parte, apesar de ter continuado a dominar a seu bel-prazer, o Manchester City nunca colocou, verdadeiramente, o pé no acelerador. De resto, ainda que tenha somado algumas oportunidades de golo, a equipa inglesa não teve situações de finalização claras e permitiu que o Copenhaga estivesse quase sempre dentro do jogo. Isso também justifica o jogo apagado de Erling Haaland.
Porém, é justo dizer que os dinamarqueses se limitaram à organização defensiva no seu meio-campo e, à semelhança do primeiro tempo, sentiram dificuldades para ameaçar a baliza dos «citizens».
Quando se previa que o Manchester City iria deixar o Parken com a eliminatória em aberto, Phil Foden, nos descontos, marcou o golo que praticamente carimbou a passagem dos «citizens» aos quartos de final. Isto porque é difícil imaginar que o Copenhaga possa reverter a diferença de dois golos.
O campeão europeu segue lançado na intenção de revalidar o título, mas há pontos a melhorar, como os golos sofridos: consentiu o oitavo nesta edição da Champions, enquanto na época passada só sofreu cinco.