Alerta da PGR: se lhe ligarem a dizer que há um mandado de detenção em seu nome - é burla, é para roubar dinheiro

Agência Lusa , MM
21 ago 2023, 18:07
Chamada telefónica

Número de casos reportados sofreu "grande incremento durante o mês de agosto"

A Procuradoria-Geral da República (PGR) alertou para o recente aumento de burlas relacionadas com falsos telefonemas policiais com vista a extrair informações e dinheiro das vítimas, em ações praticadas por grupos de criminalidade organizada internacional.

“Está em curso mais uma campanha de burlas por via das redes de comunicações, que passa pela realização maciça de chamadas telefónicas para destinatários indiscriminados em Portugal. (…) Foram identificadas chamadas desta natureza a partir dos últimos dias de julho de 2023, tendo a sua frequência sofrido um grande incremento durante o mês de agosto”, referiu o Gabinete Cibercrime da PGR, numa nota publicada no site do Ministério Público (MP).

Segundo a informação divulgada, as vítimas recebem um telefonema no qual se escuta uma mensagem gravada em inglês de uma alegada “International Judicial Police” a avisar que o respetivo documento de identificação foi ligado a crimes internacionais e que teria dado origem a um mandado de detenção, tendo a vítima de carregar numa tecla para ouvir mais informações sobre o caso.

A chamada passa então para um suposto agente, que fala também em inglês – “normalmente com um sotaque comum na região do subcontinente indiano” -, sendo então pedidos dados pessoais da vítima.

“O objetivo único deste diálogo é convencer a vítima a transferir o dinheiro que tenha nas suas contas para contas seguras, que o criminoso lhe indica”, sublinha a PGR, acrescentando que “tais chamadas telefónicas são fraudulentas”. “Não têm origem em qualquer entidade, serviço ou departamento policial ou judiciário. São efetuadas por agentes criminosos que integram grupos de criminalidade organizada internacional.”

A PGR recomenda cautela às pessoas que recebam chamadas telefónicas de números desconhecidos e que não se responda às solicitações efetuadas, desligando e reportando essa comunicação aos órgãos de polícia criminal ou ao MP.

Crime e Justiça

Mais Crime e Justiça

Patrocinados