APAF vai reunir para debater medidas contra agressões a árbitros

12 dez 2022, 18:45
Árbitros (Getty Images)

Luciano Gonçalves garante que o organismo vai exigir «que os agressores sejam punidos», após os sete episódios de violência contra juízes registados no último fim de semana

A Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) vai reunir «nos próximos dias» para analisar medidas a tomar para combater os sucessivos episódios de agressões aos profissionais de arbitragem em jogos de futebol.

No último fim de semana, note-se, foram registados sete episódios de violência contra os juízes

«Iremos reunir com os núcleos de árbitros, alguns árbitros e seus representantes e iremos analisar o que fazer. E vamos enviar as queixas para o Ministério Público e exigir, no âmbito desportivo e jurídico, que os agressores sejam punidos», garantiu o presidente da APAF, Luciano Gonçalves, à agência Lusa.

O dirigente admitiu ainda que encontrar uma solução não é tarefa fácil.

«Não temos nenhuma solução que nos garante que estas situações não aconteçam. Tivemos agressões em partidas com e sem policiamento, em jogos de miúdos de 14 anos e de seniores... Uma tipologia variada. Não é algo que possamos dizer que se optarmos por ‘esta situação’ isso vai acabar, termos a garantia de que vai terminar. Não temos», explicou.

Luciano Gonçalves sublinhou que já existe uma legislação punitiva, que até prevê a «detenção dos agressores», mas lamenta que a mesma não seja «aplicada, cumprida».

O dirigente informou que um dos atacantes foi presente a tribunal esta segunda-feira e revelou que em diversas outras ocasiões os prevaricadores não foram identificados, pela falta de policiamento nos recintos e porque os infratores não estavam ligados às equipas em campo.

Dos sete agredidos, nenhum está hospitalizado, contudo há um, «com uma contusão», a ser «acompanhado» com maior proximidade pela APAF, que está a «garantir apoio jurídico a todos».

«A APAF só tem um interesse, o de que estas situações terminem. Sem vontade de tomar medidas ‘só porque sim’ sem termos a certeza de que não se viram contra nós e resolvem efetivamente alguma coisa. Está tudo em cima da mesa, tudo pode acontecer», rematou.

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