AO MINUTO | Biden vs Trump - o debate
Os principais momentos do debate
No final do debate, os comentários focaram-se praticamente todos na má prestação de Joe Biden, que aliás fez soar os alarmes no Partido Democrata. Mas além disso, o debate teve vários momentos intensos. Eis alguns deles:
A idade
Biden salientou que o seu adversário é apenas alguns anos mais novo do que ele, mas disse que ele é "muito menos competente". E exortou os eleitores a olharem para o seu historial.
Na sua resposta, Trump desafiou Biden para um teste cognitivo. Os dois discutiram depois sobre as suas capacidades no golfe.
Segurança social
Biden disse que vai "fazer com que os muito ricos comecem a pagar a sua parte justa" para manter a Segurança Social solvente. Ele disse que não aumentará o custo da Previdência Social para ninguém que ganhe menos de 400 mil dólares [374 mil euros] por ano. "Depois disso, começo a fazer com que os ricos comecem a pagar a sua parte justa, aumentando 1% para poder garantir o programa para toda a vida", disse Biden.
Processos judiciais
Biden mencionou as condenações criminais de Trump. "A única pessoa neste palco que é um criminoso condenado é este homem para quem estou a olhar agora", disse Biden a Trump. Biden comparou a moral do seu antecessor a um "gato de rua".
Democracia e o 6 de janeiro
Questionado sobre as suas acções e inacções em 6 de janeiro, Trump nega a responsabilidade pelo motim no edifício do Capitólio. Afirmou que ofereceu "10.000 soldados ou a Guarda Nacional" antes do seu discurso nesse dia, e disse que foi recusado.
Biden salientou que Trump encorajou as pessoas a irem ao Capitólio e sentou-se na Sala Oval durante três horas "a ver, a ser implorado pelo seu vice-presidente e por vários dos seus colegas do lado republicano para fazer alguma coisa, para pedir que parassem, para acabar com aquilo. Em vez disso, falou sobre o facto de estas pessoas serem grandes patriotas da América".
Imigração
No que respeita às fronteiras, Biden elogiou o acordo bipartidário que negociou e que foi rejeitado no Senado. E também criticou a política de separação de famílias de Trump.
Trump repetiu as afirmações que culpam as políticas de imigração de Biden pela criminalidade violenta nos EUA.
Política externa
Trump chamou à retirada das tropas de Biden do Afeganistão "o dia mais embaraçoso na história da vida do nosso país".
Trump não respondeu diretamente se apoiaria um Estado palestiniano independente para pôr fim à guerra entre Israel e o Hamas em Gaza. Entretanto, Biden apresentou uma proposta que apoiou para negociar reféns detidos em Gaza em troca da libertação de prisioneiros palestinianos e de um "cessar-fogo contínuo com condições adicionais".
Trump disse que os termos propostos pelo presidente russo Vladimir Putin para pôr fim à guerra da Rússia na Ucrânia são "inaceitáveis".
Aborto
Trump disse que não bloquearia o acesso a medicamentos abortivos se fosse eleito, reiterando a sua posição de que a regulamentação do aborto deve ser decidida pelos Estados. Biden ripostou, dizendo que deixar o aborto ao critério do Estado é como deixar a proteção dos direitos civis para os Estados.
Biden classificou a anulação do caso Roe v. Wade como uma "coisa terrível" e rebateu as afirmações de Trump de que o caso histórico permitia aos médicos matar bebés "no nono mês", dizendo: "Isso simplesmente não é verdade".
Economia
Trump afirmou que o crescimento do emprego durante a presidência de Biden é tudo ganhos de "recuperação" após os bloqueios da pandemia. Mas nem todos os postos de trabalho criados foram de "recuperação" - as pessoas não regressaram simplesmente às suas funções anteriores.
Os candidatos trocaram acusações sobre a inflação, com Biden a dizer que a economia que herdou foi parcialmente responsável. Trump, em resposta, disse que Biden herdou "quase nenhuma inflação".
E ainda...
Declarações finais: Trump elogiou o seu historial durante o primeiro mandato como presidente e chamou a Biden um "queixinhas" e disse que "o país inteiro está a explodir por sua causa, porque não o respeitam". Na sua declaração, Biden centrou-se nos impostos e prometeu baixar a inflação.
Processos judiciais: Biden mencionou as condenações criminais de Trump. "A única pessoa neste palco que é um criminoso condenado é este homem para quem estou a olhar agora", disse Biden a Trump. Biden comparou a moral do seu antecessor a um "gato de rua".
6 de janeiro: questionado sobre o dia 6 de janeiro, Trump disse: "Estava a ver - não tinha praticamente nada para fazer. Pediram-me para ir fazer um discurso". Biden salientou que Trump encorajou as pessoas a irem ao Capitólio e sentou-se na Sala Oval durante três horas "a ver, a ser implorado pelo seu vice-presidente e por vários dos seus colegas do lado republicano para fazer alguma coisa, para pedir uma paragem, para acabar com isto".
Imigração: relativamente às fronteiras, Biden elogiou o acordo bipartidário que negociou e que foi rejeitado no Senado. Ele também criticou a política de separação de famílias de Trump. Trump repetiu as afirmações que culpam as políticas de imigração de Biden pelos crimes violentos nos EUA.
Guerra em Gaza: Trump não respondeu diretamente se apoiaria um Estado palestiniano independente para acabar com a guerra entre Israel e o Hamas. Entretanto, Biden apresentou uma proposta que apoiou de troca de reféns detidos em Gaza pela libertação de prisioneiros palestinianos e pela continuação de um "cessar-fogo com condições adicionais".
Idade: Biden salientou que o seu adversário é apenas alguns anos mais novo do que ele, mas disse que é "muito menos competente". Exortou os eleitores a olharem para o seu historial. Na sua resposta, Trump desafiou Biden para um teste cognitivo. Os dois discutiram depois sobre as suas capacidades no golfe.
Aborto: Trump disse que não bloquearia o acesso a medicamentos abortivos, reiterando a sua posição de que a regulamentação do aborto deve ser decidida pelos estados. Biden ripostou, dizendo que deixar o aborto ao critério do Estado é como deixar a proteção dos direitos civis para os Estados. Biden contestou as afirmações de Trump de que Roe v. Wade permitia que os médicos matassem bebés "no nono mês", dizendo que "isso simplesmente não é verdade".
Economia: Trump afirmou que o crescimento do emprego durante a presidência de Biden é tudo ganhos de "recuperação" após os confinamentos pandémicos. Mas os postos de trabalho ganhos não foram todos de "recuperação" - nem todas as pessoas regressaram simplesmente às suas funções anteriores. Os candidatos trocaram acusações sobre a inflação, com Biden a dizer que a economia que herdou foi parcialmente responsável. Trump, em resposta, disse que Biden herdou "quase nenhuma inflação".
Aditi Sangal
Aliados de Biden desanimados com a resposta do Presidente sobre imigração e segurança nas fronteiras
À entrada para o debate de quinta-feira, os aliados de Biden esperavam que o Presidente Joe Biden fosse capaz de transmitir uma mensagem firme e concisa sobre a imigração para neutralizar os ataques do ex-Presidente Donald Trump a uma das questões mais polémicas.
Mas ficou aquém das expectativas.
"Ele manteve-se fiel à sua posição oficial. Acho que ele poderia ter expressado isso com mais força", disse uma fonte próxima à Casa Branca à CNN.
"Ele precisa de recordar ao público americano o seu historial, tanto na fronteira como na ajuda aos indocumentados de longa duração. Ainda não o fez", disse outra fonte à CNN, classificando de "estranho e inútil" um momento em que Biden mencionou a imigração sem ser solicitado durante uma resposta sobre o aborto.
As sondagens mostram que a imigração continua a ser uma questão de topo para os eleitores, e Biden tem repetidamente ficado atrás de Trump nesta matéria. Nas últimas semanas, a Casa Branca tomou várias medidas para tentar virar a mesa contra Trump, anunciando várias medidas para reprimir a travessia de fronteiras e, ao mesmo tempo, estendendo a proteção aos cônjuges de cidadãos americanos que estão sem documentos.
Os conselheiros de Biden não consideraram a imigração como a questão decisiva para eles, mas o Presidente estava preparado para abordar a questão quando esta fosse levantada, nomeadamente apontando as medidas tomadas pela administração e o projeto de lei sobre a segurança das fronteiras que Trump rejeitou no início deste ano.
Biden citou repetidamente a lei das fronteiras durante o debate de quinta-feira ao falar sobre imigração, culpando Trump pelo fracasso da medida.
"Acho que, dado o tempo limitado, ele atingiu um dos pontos mais importantes - quando trabalhou com o Congresso para entregar um projeto de lei de fronteira bipartidário, Trump o destruiu. E ele lembrou às pessoas que o legado de Trump é marcado pela separação de famílias", disse um defensor dos imigrantes à CNN.
Mas o defensor disse: "Biden precisa de reforçar a sua mensagem, porque tem muito em que se apoiar, incluindo a autoridade moral sobre a questão".
Priscilla Alvarez
Factos Primeiro: Trump afirma falsamente que Biden usou o termo "super predadores"
O ex-presidente Donald Trump afirmou que o presidente Joe Biden chamou os negros de "super predadores" durante uma década nos anos 1990.
"O que ele fez à população negra é horrível, incluindo o facto de durante 10 anos lhes ter chamado 'super predadores' - na década de 1990 - não podemos esquecer isso", disse Trump.
Factos Primeiro: a afirmação de Trump é falsa. Biden nunca utilizou publicamente a expressão "super predadores" nem apoiou a teoria criminológica que lhe está subjacente (que defendia a existência de uma nova geração de jovens delinquentes altamente violentos e sem remorsos). No entanto, Biden referiu-se a "predadores nas nossas ruas" que estavam "para lá do limite" quando promoveu a lei do crime de 1994.
Conforme relatado pelo KFILE da CNN em 2019, Biden disse num discurso no Senado em 1993, em apoio ao projeto de lei do crime, que "temos predadores nas nossas ruas que a sociedade, na verdade, criou, em parte por causa de sua negligência". E exortou o governo a concentrar-se nas pessoas que, segundo ele, corriam o risco de se tornarem "os predadores daqui a 15 anos" se as suas vidas não fossem alteradas - "o quadro de jovens, dezenas de milhares deles, nascidos fora do casamento, sem pais, sem supervisão, sem qualquer estrutura, sem qualquer consciência a desenvolver-se porque literalmente... não foram socializados, literalmente não tiveram uma oportunidade".
Mas Biden não falou de "super predadores".
Quatro anos mais tarde, numa audiência em 1997, observou que a grande maioria dos casos criminais de jovens envolvia infracções não violentas e disse: "Quando falamos sobre o sistema de justiça juvenil, temos de nos lembrar que a maioria dos jovens envolvidos no sistema não são os chamados super predadores".
Foi a adversária de Trump nas eleições presidenciais de 2016, Hillary Clinton, que utilizou afirmativamente a expressão "super predadores" quando defendeu a lei do crime de 1994 (em 1996). Em 2016, Clinton disse que não deveria ter usado essa linguagem.
Trump escreveu num livro de 2000 que apoiava penas mais duras e o policiamento de rua e alertou para a existência de "matilhas de lobos" de jovens criminosos a vaguear pelas ruas - e citou uma análise estatística, entretanto desacreditada, que estava ligada à teoria do "super predador".
Holmes Lybrand e Daniel Dale
Campanha de Trump declara vitória antes do fim do debate
Os directores da co-campanha de Trump, Susie Wiles e Chris LaCivita, declararam a vitória antes mesmo de o antigo Presidente Donald Trump e o Presidente Joe Biden terem apresentado os seus argumentos finais no debate presidencial da CNN e argumentaram que o Presidente Joe Biden "mostrou exatamente por que razão merece ser despedido".
"Esta noite, o Presidente Trump teve o melhor desempenho e a maior vitória da história num debate para a maior audiência de eleitores da história", afirmaram Wiles e LaCivita num comunicado de imprensa.
Por outro lado, Joe Biden mostrou exatamente por que razão merece ser despedido. Apesar de ter tirado uma semana de férias em Camp David para se preparar para o debate, Biden foi incapaz de defender o seu historial desastroso na economia e na fronteira
Kate Sullivan
"Estamos f***didos": democratas desesperados com fraco desempenho de Biden no debate
Os democratas estão a desesperar com o desempenho do Presidente Joe Biden no debate, uma exibição tão hesitante que alguns até levantaram questões em privado sobre se ele deveria continuar a ser o candidato do partido.
Biden apareceu no palco com uma voz fraca e hesitante e um olhar fixo e de boca aberta. Teve dificuldade em concluir os seus pensamentos e cedeu terreno em questões como o aborto, em que os democratas têm uma vantagem.
Bastaram alguns minutos para que os democratas se apercebessem da gravidade da situação.
"Biden parece e soa de uma forma terrível. Ele está incoerente", disse um democrata que trabalhou na administração Biden.
"Horrível", disse outro agente democrata.
E um democrata que trabalhou em campanhas para cima e para baixo na votação disse simplesmente: "Estamos f***didos".
A questão que pairava no ar à medida que o debate chegava ao fim era quase existencial: deveria outra pessoa encabeçar a lista dos democratas?
"É difícil argumentar que Biden deve ser o nosso candidato", disse um agente que trabalhou em campanhas a todos os níveis durante mais de uma década.
Este debate foi histórico por muitas razões, mas não menos importante porque está a decorrer antes de cada homem ser formalmente nomeado nas respectivas convenções. A Convenção Nacional Democrata está marcada para 19 de agosto em Chicago.
Os democratas passaram a maior parte do ano passado a discutir as hipóteses de Biden vencer Trump numa eleição que muitos consideram existencial e que irá decidir a própria sobrevivência da democracia americana. Mas o próprio Biden estava determinado a enfrentar Trump, chegando mesmo a dizer diretamente: "Se Trump não estivesse a concorrer, não sei se eu estaria a concorrer".
Nenhum adversário democrata sério se apresentou para concorrer contra Biden e, nesta altura da campanha, ele teria de decidir afastar-se se os democratas escolhessem outro candidato. Se Biden se retirasse, a nomeação democrata seria decidida em plenário.
Os democratas estavam até a falar sobre quem poderia ser o seu substituto: "Se eu fosse Gavin (Newsom) ou Gretchen (Whitmer), estaria a fazer telefonemas esta noite", disse um deles.
Kasie Hunt
"Um desastre para Biden"
Comentadores na CNN são unânimes em considerar que Joe Biden teve uma má prestação no debate. Pela falta de energia e por não ter afirmado as suas principais forças.
A estranha conversa sobre golfe...
O Presidente Joe Biden e o ex-Presidente Donald Trump andaram às voltas com os seus pontos e handicap de golfe no palco do debate desta sexta-feira.
Em resposta a uma pergunta sobre a sua idade, Trump apontou para o seu handicap de golfe, dizendo que se sente em boa forma.
"Acabei de ganhar dois campeonatos de clubes, nem sequer de seniores. Dois campeonatos de clubes regulares", disse o antigo presidente. "Para isso, é preciso ser muito inteligente e conseguir bater a bola para longe.
"Ele não faz isso", disse Trump sobre Biden. "Não consegue acertar numa bola a 50 metros".
Biden gracejou que teria todo o gosto em "fazer um concurso de driving com ele".
"Já vos disse antes que tenho todo o gosto em jogar golfe. Se levares o teu próprio saco. Achas que o consegues fazer?" respondeu Biden.
"Não vamos agir como crianças", disse Trump mais tarde.
Elise Hammond
Debate terminou - seguem-se as análises
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"Um desastre". Alguns legisladores democratas preocupados com o desempenho de Biden esta noite
Democratas que assistem ao debate desta noite estão preocupados com o desempenho do Presidente Joe Biden, alarmados com o facto de o Presidente não estar a ser mais enérgico contra as mentiras de Donald Trump nem suficientemente claro sobre a sua própria visão e o que fez pelo país.
"Desastre", disse um legislador à CNN. "Trump está a parecer razoável, mesmo que esteja a mentir a 100 quilómetros por hora. Biden é ininteligível".
Outro legislador disse à CNN que o desempenho de Biden estava "a melhorar, mas é um desastre de comboio".
Os democratas estão especialmente preocupados com o facto de Trump estar a parecer mais comedido do que o habitual, enquanto Biden não está a "ripostar" às mentiras de Trump.
"Acho que Joe está a fazer melhor do que nos primeiros 15 minutos e Trump está apenas a mentir durante o debate. Mas gostava que Joe estivesse a responder com mais força", disse um terceiro legislador.
Lauren Fox
Abby Phillip: "Trump mais uma vez não está a responder à pergunta sobre se aceitará os resultados das eleições se perder".
"À terceira tentativa, Trump diz agora que aceitará os resultados se forem "justos e legais". Uma ressalva pesada".
Questionado sobre a idade, Biden diz que Trump é "muito menos competente"
Questionado sobre as preocupações dos eleitores relativamente à sua idade, o Presidente Joe Biden referiu que o seu adversário é apenas alguns anos mais novo do que ele, "mas muito menos competente".
"Em primeiro lugar", disse Biden, "passei metade da minha carreira a ser criticado por ser a pessoa mais jovem na política... e agora sou o mais velho".
"Este tipo é três anos mais novo e muito menos competente", disse Biden.
E pediu aos eleitores que "olhem para o meu currículo, para o que fiz".
Michael Williams
Trump sobre Biden: "Ele é o pior presidente da história do nosso país"
Quando questionado quanto ao que faria para tornar os cuidados infantis mais acessíveis, Trump continuou os seus ataques a Biden, argumentando que "isto não devia ser um debate... Ele é o pior presidente da história do nosso país".
"Se ele ganhar esta eleição, o nosso país não tem qualquer hipótese - nem sequer uma hipótese de sair desta situação. Provavelmente, já não teremos um país", continuou.
Piper Hudspeth Blackburn
“Ó Meu Deus, agora estão a discutir sobre quem tem um melhor handicap no golfe"
Comentários em direto:
Jeff Zeleny: "Aqui vamos nós. Dana é a primeira a perguntar sobre a idade."
Fredreka Schouten: "A resposta de Biden à pergunta sobre a idade é um refrão comum dele: "Vejam o trabalho que fiz."
Abby Phillip: "Não tenho a certeza de que esta resposta de Biden seja útil quando se trata de preocupações sobre a sua idade. Depois de falar sobre o facto de ter sido o político mais jovem da política nacional, passou a falar de chips de computador. Terminou 40 segundos mais cedo, apenas para ser solicitado por Dana a esgotar o seu tempo".
Jeff Zeleny: "Abby, isso foi tão marcante. Depois de toda aquela preparação para o debate, nem uma única frase sobre a idade? Uma coisa que Biden não disse esta noite, como costuma fazer quando questionado sobre sua idade: "Olhe para mim". Notável."
Kaitlan Collins: “Ó Meu Deus, agora estão a discutir sobre quem tem um melhor handicap no golfe".
Phil Mattingly: "Dois velhotes a discutirem sobre o seu handicap no golfe é... um pouco exagerado, tendo em conta o debate sobre a idade que se desenrola há mais de um ano."
Comentários em direto
Jeff Zeleny: "Talvez fosse inevitável que, com dois presidentes em palco, surgisse uma discussão sobre qual deles é o pior presidente da história, mas Trump está a fugir repetidamente a questões substantivas."
Kaitlan Collins: "É quase difícil lembrar durante este debate que um destes candidatos é um criminoso condenado com mais três julgamentos pendentes."
Nem Trump nem Biden apresentaram propostas pormenorizadas para apoiar a Segurança Social
Tanto o Presidente Joe Biden como o ex-Presidente Donald Trump prometeram repetidamente proteger a Segurança Social, mas nenhum deles apresentou propostas pormenorizadas para resolver o problema da insolvência iminente do programa.
Durante o debate desta noite, Trump alertou para os impactos negativos de outra administração Biden na Segurança Social.
Os fundos financeiros combinados da Segurança Social - que ajudam a suportar os pagamentos mensais aos idosos, sobreviventes e pessoas com deficiência - deverão esgotar-se em 2035, a menos que o Congresso actue, de acordo com o último relatório anual dos administradores fiduciários. Depois disso, as receitas dos impostos sobre os salários e outras fontes de rendimento só conseguirão cobrir 83% das prestações devidas.
Biden afirmou que aumentaria os impostos sobre os americanos com rendimentos mais elevados para reforçar as finanças da Segurança Social e criticou repetidamente uma proposta de orçamento de um grupo conservador da Câmara dos Republicanos por conter cortes nas prestações. O presidente também criticou Trump por estar aberto a fazer cortes no programa.
Trump, entretanto, não forneceu pormenores sobre a forma como iria resolver os problemas fiscais da Segurança Social. Durante uma entrevista à CNBC, em março, referiu que havia muito que se podia fazer em termos de cortes nos direitos. Mais tarde, porém, disse que estava a referir-se ao roubo e à má gestão da Segurança Social e do Medicare e reiterou a sua promessa de os proteger.
"Não suspeito que vá sair alguma coisa antes das eleições de qualquer um dos campos", disse Gary Engelhardt, professor de economia da Universidade de Syracuse.
O fundo fiduciário do seguro hospitalar da Medicare, conhecido como Medicare Part A, deverá ser capaz de cobrir os benefícios hospitalares programados até 2036, a menos que o Congresso actue, após o que só poderá pagar 89% do total dos benefícios programados, de acordo com o último relatório dos administradores do programa.
Biden apresentou um plano que, segundo ele, resolveria os problemas financeiros do Medicare aumentando certos impostos sobre as pessoas mais ricas e canalizando para o fundo fiduciário algumas poupanças resultantes das reformas propostas para os medicamentos Medicare. Trump não sugeriu uma solução para o Medicare.
Tami Luhby
Biden responde às afirmações de Trump sobre as suas acções para combater a crise climática
O Presidente Joe Biden contestou a afirmação do antigo Presidente Donald Trump de que tomou medidas para combater a crise climática.
Questionado sobre se iria tomar alguma medida para combater as alterações climáticas no seu segundo mandato, Trump não respondeu imediatamente à pergunta. Solicitado novamente pela moderadora da CNN, Dana Bash, Trump respondeu que quer "água limpa absolutamente imaculada" e "ar absolutamente limpo".
"E nós tínhamo-lo", disse Trump. "Tivemos os melhores números de sempre".
Em resposta, Biden disse: "Não sei onde raio é que ele esteve. A ideia de que tudo o que ele disse é verdade".
Um pouco de contexto: no seu primeiro mandato, Trump anulou mais de 100 regras e acções ambientais postas em prática pela administração Obama.
A administração de Biden passou grande parte do seu mandato a desfazer as acções de Trump - em alguns lugares, promulgando regulamentos ainda mais fortes sobre a poluição que aquece o planeta proveniente de veículos, centrais eléctricas e da indústria do petróleo e do gás.
Trump prometeu inverter novamente o rumo de Biden; quer dar um impulso aos combustíveis fósseis e à extração de petróleo e gás em particular.
Elise Hammond
Factos Primeiro: afirmações de Trump sobre comentários anteriores acerca dos militares americanos mortos em combate
O antigo Presidente Donald Trump negou ter utilizado as palavras "idiotas" ou "falhados" para descrever os militares norte-americanos mortos em combate, depois de o Presidente Joe Biden ter mencionado os alegados comentários para criticar o historial do seu antecessor em matéria de veteranos.
Biden referiu-se à sua visita a um cemitério da Primeira Guerra Mundial, ao qual, segundo ele, Trump "se recusou a ir", tendo alegadamente dito a um general de quatro estrelas que isso se devia ao facto de "serem um bando de falhados e idiotas".
Trump afirmou que a observação foi "inventada" por Biden.
Factos Primeiro: a revista The Atlantic, citando quatro fontes anónimas com "conhecimento em primeira mão", noticiou em 2020 que, no dia em que Trump cancelou uma visita a um cemitério militar em França onde estão sepultadas as tropas norte-americanas mortas na Primeira Guerra Mundial, tinha dito aos membros da sua equipa sénior: "Porque haveria de ir a esse cemitério? Está cheio de falhados". A revista também relatou que, noutra conversa durante a mesma viagem, Trump referiu-se aos fuzileiros navais que tinham sido mortos na região como "idiotas".
John Kelly, que serviu como chefe de gabinete de Trump na Casa Branca e secretário de Segurança Interna, disse oficialmente que em 2018 Trump usou as palavras "idiotas" e "falhados" para se referir aos militares que foram mortos em ação. Kelly disse ao pivô da CNN Jim Sciutto para o livro Sciutto's 2024 que Trump diria: "Porque é que vocês dizem que os tipos que são feridos ou mortos são heróis? Eles são uns idiotas por terem ido em primeiro lugar, e são uns falhados".
Não existe nenhuma gravação pública de Trump a fazer tais comentários, pelo que não podemos considerar definitivamente que a negação de Trump é falsa. Mas o relato dos comentários de Trump não se baseia apenas em fontes anónimas do artigo da The Atlantic.
Daniel Dale e Kaanita Iyer
Trump ataca Biden: "Ele causou a inflação"
"Ele causou a inflação", afirmou o ex-presidente Donald Trump, atacando o presidente Joe Biden numa intervenção sobre se a economia de Biden está a funcionar para os negros americanos.
Trump afirmou também que "não houve inflação" durante a sua administração.
As causas da crise da inflação nos Estados Unidos são numerosas. A pandemia levou a enormes interrupções na cadeia de abastecimento que provocaram um aumento dos preços. A guerra da Rússia com a Ucrânia agravou esses custos e fez disparar os preços da energia. E a Reserva Federal não compreendeu a gravidade da crise da inflação, mantendo as taxas baixas durante um longo período de tempo.
Além disso, os cheques de estímulos distribuídos tanto durante a administração Trump como durante a administração Biden ajudaram a aumentar a inflação.
A inflação na América atingiu o pico em junho de 2022, com os preços ao consumidor a subirem 9,1% em relação ao ano anterior. Agora está reduzido a um valor ainda alto, mas muito mais saudável, de 3,3%. Mas isso é significativamente maior do que a taxa de inflação de 1.4% quando Biden assumiu o cargo.
A inflação americana não era um problema há décadas, antes de Biden assumir o cargo, e estava com frequência abaixo da meta do Fed de 2% da taxa de inflação durante o governo Trump. Mas a inflação foi inicialmente empurrada para praticamente zero - artificialmente - durante o confinamento pandémico. A reabertura da economia contribuiu para a recuperação da inflação.
David Goldman
Biden torna-se pessoal na crítica à condenação criminal de Trump
O Presidente Joe Biden lançou um conjunto de críticas ferozes contra os problemas legais do antigo Presidente Donald Trump, comparando a moral do seu antecessor a um "gato de rua" e chamando-lhe "criminoso condenado".
"Os crimes de que ainda é acusado - e pense em todas as sanções civis que tem. Quantos milhares de milhões de dólares deve em sanções civis por ter molestado uma mulher em público? Por ter feito uma série de coisas? Por ter tido sexo com uma estrela porno numa noite - enquanto a sua mulher estava grávida?" perguntou Biden.
No mês passado, Trump foi considerado culpado de 34 acusações de falsificação de registos comerciais relacionados com um pagamento de dinheiro obscuro a uma estrela de filmes para adultos em 2016. E no ano passado, um júri concluiu que Trump abusou sexualmente de E. Jean Carroll num roupeiro de uma loja de departamentos de luxo na primavera de 1996 e atribuiu-lhe 5 milhões de dólares por agressão e difamação.
Biden virou-se para Trump e continuou: "Você tem a moral de um gato de rua".
Trump negou ter tido relações sexuais com uma estrela porno.
Betsy Klein