Em atualização

AO MINUTO | Ataque a campo de refugiados de Bureij faz vários mortos. Irão alerta para “guerra destruidora” se Israel atacar Líbano

Tudo sobre a guerra entre Israel e o Hamas
2024-06-29

O que está a acontecer

2024-05-31
14:59

Mais de 36 mil palestinianos mortos e acima de 82 mil feridos em Gaza desde os ataques de 7 de outubro

Pelo menos 36.284 palestinianos foram mortos e 82.057 ficaram feridos na sequência dos ataques israelitas em Gaza desde 7 de outubro, avança o ministro da Saúde de Gaza, citado pela Reuters.

Siga ao minuto:

2024-06-29
18:26

“Se escalar para uma guerra mundial, Netanyahu é o primeiro grande responsável por tudo isto”

Daniela Nunes, especialista em relações internacionais, analisa a tensão crescente entre Israel, o Líbano e o Irão. “Estamos a assistir a uma escalada perigosa deste conflito”, confirma, com o envolvimento “mais direto” de outros atores. A “única água que podemos deitar para a fervura”, diz a analista, são as declarações do primeiro-ministro do Líbano, com uma posição “mais sensata” do que a de Netanyahu. A análise inclui também os efeitos do debate presidencial dos EUA no conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

2024-06-29
18:04

Não há progressos nas negociações para cessar-fogo com Israel em Gaza, diz responsável do Hamas

Osama Hamdan, um alto funcionário do grupo militante islâmico Hamas, afirmou que não se registaram progressos nas negociações de cessar-fogo com Israel sobre a guerra de Gaza. O grupo palestiniano continua pronto a "lidar positivamente" com qualquer proposta de cessar-fogo que ponha fim à guerra, disse Hamdan numa conferência de imprensa em Beirute, citada pela Reuters.

2024-06-29
14:07

ONU descreve situação humanitária desastrosa em Gaza

O exército israelita enfrentou este sábado os combatentes do Hamas no norte da Faixa de Gaza, onde as condições dos habitantes "são desastrosas", segundo a agência da ONU para os refugiados palestinianos.

2024-06-29
13:33

Borrel apela a uma maior cooperação global face aos novos desafios mundiais

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, disse hoje em Dubrovnik que o mundo está a tornar-se cada vez mais “multipolar, mas menos multilateral”, e apelou a uma maior cooperação global face aos desafios.

2024-06-29
12:48

Ataque a campo de refugiados de Bureij faz vários mortos

A Al Jazeera está a noticiar que um ataque israelita a um campo de refugiados de Bureij, no centro de Gaza, fez vários mortos

2024-06-29
10:50

Centenas de milhares de pessoas estão privadas de abrigo adequado, alimentos, medicamentos e água potável, alerta UNRWA

Numa publicação feita na rede social X, antigo Twitter, a agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA) alerta para o facto de “centenas de milhares de pessoas em Gaza” estarem “privadas de abrigo adequado, alimentos, medicamentos e água potável” e que “o número de passagens para a Faixa de Gaza continua muito limitado”. O organismo avisa ainda para a acumulação de lixo no enclave.

2024-06-29
09:57

Guerra em Gaza já matou 37.834 pessoas

Em quase nove meses, 37.834 pessoas já perderam a vida na Faixa de Gaza, anuncia o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas.

2024-06-29
09:34

Ataque israelita mata cinco pessoas em Gaza

Cinco palestinianos morreram na sequência de um bombardeio israelita que teve como alvo uma reunião no parque municipal no centro da cidade de Gaza, segundo informações de um correspondente da Al Jazeera.

2024-06-29
08:46

Biden propõe nova abordagem para acordo de reféns e cessar-fogo em Gaza

A administração de Joe Biden propôs uma nova abordagem para se alcançar um acordo para o cessar-fogo e para a libertação de reféns. Segundo o Axios, os EUA redigiram um novo documento e estão a pressionar o Catar e o Egito para que levem o Hamas a aceitar a nova proposta.

2024-06-29
08:42

Missão do Irão na ONU alerta para “guerra destruidora” se Israel atacar Líbano

A missão do Irão na ONU avisou que, se Israel embarcar numa "agressão militar em grande escala" no Líbano, "irá ocorrer uma guerra destruidora". A missão iraniana vincou ainda que "todas as opções, incluindo o envolvimento total de todas as frentes de resistência, estão sobre a mesa".

2024-06-29
08:40

EUA dizem ter destruído sete drones dos Houthis e uma estação de controlo terrestre

O exército dos EUA garante ter destruído sete drones dos Houthis e um veículo de estação de controlo terrestre no Iémen, avança a Reuters.

2024-06-28
22:09

EUA enviaram a Israel milhares de bombas pesadas

Desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, os Estados Unidos, sob a administração  de Joe Biden enviou para Israel um elevado número de munições, incluindo mais de 10.000 bombas altamente destrutivas e milhares de mísseis Hellfire. A informação é avançada pela agência Reuters, que cita duas fontes das autoridades norte-americanas conhecedoras da lista de carregamentos de armas.

2024-06-28
20:59

Espanha pede para intervir em processo internacional contra Israel

O Governo espanhol apresentou esta sexta-feira oficialmente "uma declaração de intervenção" no processo iniciado pela África do Sul no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) contra Israel por violação da Convenção sobre Genocídio durante as operações militares na Faixa de Gaza.

Em comunicado, o TIJ, o mais alto tribunal da ONU, explicou que Espanha invocou o artigo 63.º do Estatuto do Tribunal para pedir a intervenção no caso iniciado pela África do Sul em 29 de dezembro sobre a violação da convenção.

No seu pedido, a Espanha, que exerce o seu direito de intervenção como Estado signatário do tratado em causa e país afetado pela interpretação do mesmo pelo tribunal, alega que a convenção é "um instrumento crucial no direito internacional para a prevenção e sanção de genocídio".

Além disso, sublinha que a convenção “não é apenas um tratado de direito penal”, mas também “contém elementos claramente ligados à proteção e salvaguarda dos valores e princípios fundamentais do direito internacional, incluindo a proteção da dignidade humana e o princípio da responsabilidade e impõe obrigações substantivas" aos países signatários e que "vão para além de garantir a perseguição penal do crime de genocídio".

Numa nota divulgada em Madrid, o Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol justifica a decisão “pelo firme compromisso com o direito internacional e com o trabalho do Tribunal Internacional de Justiça” e com a intenção de “contribuir para o regresso da paz a Gaza e ao Médio Oriente".

“O objetivo é acabar com a guerra e começar a avançar na implementação de dois estados, que é a única garantia para que palestinianos e israelitas possam viver juntos em paz e segurança e alcançar a estabilidade em toda a região”, acrescentou.

O ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares, anunciou no dia 06 de junho a decisão de intervir no procedimento do TIJ iniciado pela África do Sul, o que foi formalizado hoje com a apresentação oficial da declaração de intervenção.

No texto, Espanha sublinha o seu interesse em que o TIJ examine a obrigação de impedir a prática de genocídio “devido à falta de acesso da ajuda humanitária à Faixa de Gaza e à destruição de infraestruturas”, segundo o comunicado ministerial.

Seguindo o protocolo definido, o TIJ convida agora a África do Sul e Israel, as duas partes opostas neste caso, a apresentarem observações escritas sobre o pedido de intervenção espanhol.

O artigo 63.º do Estatuto permite que outros países participem num processo “desde que se trate da interpretação de uma convenção da qual sejam partes outros estados que não as partes interessadas”.

O México, a Nicarágua, a Colômbia, a Líbia e a própria Palestina já solicitaram autorização para intervir neste procedimento contra Israel, embora existam outros países que também manifestaram publicamente o seu interesse neste caso, mas ainda não formalizaram o seu pedido.

Numa fase preliminar do caso, o TIJ exigiu em maio que Israel "cessasse imediatamente a sua ofensiva militar em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, para evitar "a destruição física total ou parcial" dos palestinianos e que tomasse medidas eficazes para garantir a entrada desimpedida de ajuda humanitária.

Além disso, exigiu que garantisse o acesso a missões de peritos para investigar denúncias de genocídio.

As intervenções dos países autorizados terão lugar assim que o TIJ começar a estudar o mérito do procedimento para determinar se Israel violou ou não a Convenção do Genocídio com a guerra na Faixa Gaza.

2024-06-28
20:16

EUA removem doca flutuante de Gaza devido a mau tempo e podem não a repor

A doca flutuante norte-americana instalada para levar ajuda a Gaza está a ser removida devido ao mau tempo, e Washington equaciona não a repor, a menos que a ajuda comece a chegar novamente à população, indicaram hoje responsáveis norte-americanos.

Embora a estrutura construída pelos militares norte-americanos tenha ajudado alimentos e outros bens desesperadamente necessários a chegar à Faixa de Gaza, a maior parte dessa ajuda ainda está no pátio de armazenagem adjacente, devido à dificuldade que as agências humanitárias têm tido em transportá-la para áreas daquele território palestiniano onde ela é mais urgente, e esse espaço de armazenamento está quase cheio.

A doca foi fundamental para fazer entrar em Gaza mais de 6,8 milhões de quilos de alimentos, mas tem enfrentado vários contratempos.

O mar agitado danificou a doca, apenas alguns dias após o início das suas operações, mas o maior desafio tem sido o facto de as colunas humanitárias terem deixado de transportar a ajuda da área de armazenamento da doca para Gaza, para a fazer chegar às mãos dos civis, porque têm sido alvo de ataques.

2024-06-28
19:12

Extrema-direita pressiona Netanyahu para confrontação com Hezbollah

O setor de extrema-direita do Governo israelita pressionou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, durante uma reunião do Gabinete de Segurança na quinta-feira, para uma ofensiva em grande escala contra o grupo xiita Hezbollah no Líbano.

Estas exigências surgiram após a mensagem transmitida à Casa Branca pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant, durante a sua visita esta semana aos Estados Unidos, na qual indicou que Israel defende uma solução diplomática com a milícia libanesa pró-iraniana antes de iniciar uma guerra aberta.

"Não aprendemos nada com os últimos 20 anos de acordos [diplomáticos]? Dentro de um ou dois anos, eles violarão as nossas mulheres e assassinarão os nossos filhos", comentou o ministro da Segurança Nacional, Ben Gvir, em declarações divulgadas a vários meios de comunicação israelitas.

“Um acordo com o Hezbollah levará a outro 07 de outubro. Não é possível chegar a um acordo com os nazis", acrescentou o governante de extrema-direita, numa alusão ao ataque que o grupo islamita palestiniano Hamas, aliado do movimento xiita libanês, realizou em solo israelita, matando mais de 1.100 pessoas e levando acima de duas centenas como reféns.

Segundo o jornal israelita The Times of Israel, Netanyahu afirmou, na quinta-feira durante a reunião, que alcançar um acordo diplomático em “condições apropriadas” é o melhor cenário para Israel.

A fronteira entre Israel e o Líbano tem vivido o seu maior pico de tensão desde 2006, com uma intensa troca de tiros desde 08 de outubro, que se agravou nas últimas semanas.

Quinta-feira foi mais um dia marcado pelo fogo cruzado, quando o Hezbollah lançou cerca de trinta ‘rockets’ contra Israel após a morte de três dos seus membros em ataques israelitas.

O Exército israelita informou hoje que vários projéteis antitanque foram lançados do Líbano em direção à região da Galileia, sem serem registadas vítimas.

“Os soldados identificaram terroristas que operavam dentro de uma estrutura militar do Hezbollah na zona de Kfarkela, no sul do Líbano.

As hostilidades na divisão fizeram com que mais de 60 mil israelitas que vivem em comunidades do norte permanecessem fora da região mais de oito meses depois, e a comunidade internacional teme que este cenário conduza a uma guerra aberta.

Lusa

2024-06-28
18:17

Cais temporário de Gaza desmantelado devido ao estado do mar

O cais temporário de Gaza, construído pelos militares norte-americanos, vai ser desmantelado devido ao estado do mar, escreve a agência Reuters, que cita uma fonte do Pentágono.      
 

2024-06-28
18:04

EUA reforçam presença naval no Mediterrâneo oriental para garantir “dissuasão”

O navio de assalto USS Wasp chegou hoje ao leste do Mediterrâneo para se juntar a diversos navios de guerra norte-americanos e na perspetiva de uma guerra generalizada no Médio Oriente na sequência dos confrontos Israel-Hezbollah.

O Wasp, um navio anfíbio, está capacitado para efetuar a retirada de civis no caso de um conflito em larga escala entre Israel e o movimento xiita libanês ao longo da fronteira comum, mas segundo um responsável oficial norte-americano, citado pela agência noticiosa AP, o seu principal objetivo “consiste na dissuasão”.

Um outo responsável oficial dos EUA, que também falou sob anonimato, indicou que a rotação é similar à efetuada pelo navio de assalto USS Bataan, enviado para águas territoriais israelitas após os ataques do Hamas em 07 de outubro, com a embarcação a permanecer durante meses no leste do Mediterrâneo para tentar conter o conflito.

O Comando europeu dos Estados Unidos, responsável pelos navios que operam no Mediterrâneo, confirmou esta semana o envio do USS Wasp e da unidade expedicionária 24th Marine, que se vão juntar a outras embarcações, incluindo o USS Oak Hill de transporte de veículos, material para desembarque, carga diversa e forças militares.

O Wasp foi acompanhado pelo navio de transporte e desembarque USS New York, que pode deslocar tropas por helicóptero ou através de lanchas de desembarque.

O movimento político-militar xiita libanês Hezbollah e o Exército israelita estão envolvidos em bombardeamentos e ataques diários desde 07 de outubro, quando se iniciou a guerra e a consequente invasão da Faixa de Gaza por Israel, e os confrontos têm escalado de forma gradual.

Na semana passada o Exército israelita disse ter “aprovado e validado” planos para uma ofensiva no Líbano, apesar de a decisão pertencer à liderança política do país.

O general Charles Q. Brown, chefe de estado-maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, considerou no passado domingo que qualquer ofensiva militar israelita no Líbano podia implicar uma resposta do Irão em defesa do Hezbollah, motivando um conflito generalizado que poderia colocar em perigo as forças norte-americanas estacionadas na região.

A liderança militar os EUA também enviou outros navios para a região. O Pentágono disse que o porta-aviões Eisenhower vai regressar à sua base de Norfolk, estado da Virgínia, após oito meses a contrariar os ataques dos Huthis do Iémen contra navios comerciais no mar Vermelho, uma missão definida pela Marinha como a mais intensa desde a Segunda Guerra Mundial.

O porta-aviões Theodore Roosevelt, proveniente da base de San Diego, vai substituir o Eisenhower.

As tensões agravaram-se nas últimas semanas e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, advertiu recentemente que o Exército israelita “está preparado para uma ação muito poderosa” na fronteira com o Líbano, enquanto o próprio Exército assegurava possuir um “plano preparado”.

Em resposta, o número dois do Hezbollah, Naim Qassem, assegurou que uma expansão do conflito implicaria “devastação e destruição” em Israel.

Posteriormente, e de visita aos Estados Unidos, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, assinalou em Washington que seu país tem meios para fazer regressar o Líbano “à idade da pedra”, embora não queira “entrar em guerra porque isso não é bom para Israel”.

O fogo cruzado e os ataques aéreos israelitas intensificaram-se nas últimas semanas, suscitando receios de uma guerra aberta entre as duas partes.

Diversos analistas consideram que este cenário de conflito aberto poderá ocorrer durante o corrente verão.

2024-06-28
17:21

Dezenas de organizações pedem ao Governo reconhecimento do Estado da Palestina

Representantes de dezenas de organizações e associações entregaram hoje ao Governo uma Carta Aberta ao primeiro-ministro que pede o reconhecimento do Estado da Palestina por Portugal, aprovada em maio passado.

2024-06-28
16:51

UE sanciona seis pessoas e três empresas por financiarem Hamas e Jihad Islâmica

A União Europeia (UE) decidiu esta sexta-feira aplicar sanções a mais seis pessoas e três empresas por financiarem os grupos islamitas Hamas e Jihad Islâmica Palestiniana, considerados terroristas pelo bloco europeu.

Em comunicado, o Conselho da UE indicou que as empresas em causa - Zawaya Group for Development and Investment Co Ltd., Larrycom for Investment Ltd. e Al Zawaya Group for Development and Investment Sociedad limitada -, são detidas por Abdelbasit Hamza Elhassan Mohamed Khair, baseado no Sudão e que está sujeito a medidas restritivas da UE desde janeiro de 2024.

Todas as três entidades foram relacionadas com o portefólio de investimentos do Hamas e serviram como empresas de fachada para facilitar os fluxos financeiros deste movimento islamita palestiniano, segundo o Conselho.

Quanto aos indivíduos listados, são Jamil Yusuf Ahmad Aliyan, um funcionário da Jihad Islâmica e líder da Fundação Muhjat AlQuds, uma organização financiada pelo Irão e cuja principal missão é fornecer apoio financeiro às famílias de combatentes e prisioneiros deste movimento, indica o mesmo comunicado.

O Conselho sancionou ainda Ahmed Sharif Abdallah Odeh, que lidera as atividades de investimento estrangeiro do Hamas e é acionista e membro do conselho de várias empresas de fachada do Hamas; Zuheir Shamlakh, um facilitador financeiro e cambista que permite transferências financeiras do Irão para o Hamas; e Ismail Barhoum, membro do ‘Bureau’ Político do Hamas, que dirige a Associação de Instituições de Caridade do Hamas, supervisionando 400 instituições de caridade e canalizando fundos para o grupo islamita.

O Conselho incluiu também Ali Morshed Shirazi, um alto funcionário do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica – Força Quds (IRGC-QF), que é chefe do Escritório do Ramo Palestiniano operando fora do Líbano, e Maher Rebhi Obeid, membro do ‘Bureau’ Político do Hamas desde 2010, responsável por dirigir os agentes terroristas do Hamas na Cisjordânia.

Com as listagens de hoje, um total de 12 indivíduos e três entidades são sancionados no âmbito de medidas restritivas contra o Hamas e a Jihad Islâmica.

Os visados estão sujeitos a um congelamento de bens, sendo-lhes vedada a disponibilização de fundos ou recursos económicos, direta ou indiretamente. Aplica-se ainda uma proibição de viajar para a UE.

Na cimeira que decorreu esta quinta-feira, o Conselho Europeu congratulou-se com a adoção da Resolução 2735 do Conselho de Segurança das Nações Unidas – prevendo um acordo de cessar-fogo em três fases, iniciativa do Presidente norte-americano, Joe Biden.

O Conselho apelou ainda à plena aplicação dos termos da proposta de cessar-fogo sem demora e sem condições, o que conduziria a um cessar-fogo imediato em Gaza, à libertação de todos os reféns, a um aumento significativo e sustentado do fluxo de assistência humanitária em Gaza, e um cessar-fogo duradouro e o fim da crise, com os interesses de segurança de Israel e a segurança dos civis palestinos assegurados.

A UE reiterou o seu empenhamento inabalável numa paz duradoura e sustentável, em conformidade com as resoluções pertinentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, com base na solução de dois Estados, com o Estado de Israel e um Estado da Palestina independente, democrático, contíguo, soberano e viável, vivendo lado a lado em paz, segurança e reconhecimento mútuo, refere ainda o comunicado divulgado hoje.

2024-06-28
16:11

Direita chumba resolução para impedir uso de portos nacionais para transportar armas israelitas

O parlamento chumbou hoje um projeto de resolução do Livre que recomendava ao Governo que impedisse o uso de portos portugueses por navios que transportem armas para Israel com votos contra do PSD, CDS, IL e Chega.

A recomendação do Livre contou apenas os com votos favoráveis das bancadas do BE, PCP, Livre, da deputada única do PAN e do deputado socialista Paulo Pisco, sendo que a bancada do PS se absteve.

O Livre propunha ao Governo que implementasse uma política de “interdição do atracamento de navios que transportem armas para Israel em todos os portos nacionais” através de um “mecanismo rigoroso de monitorização e verificação” que garantissem que os portos portugueses não serviriam de ponto de passagem ou abastecimento.

A resolução apelava também ao executivo que se coordenasse com os parceiros europeus e internacionais “para garantir que esta medida seja parte de uma estratégia mais ampla de promoção da paz e da segurança internacional”.

“As diretrizes da UE e da ONU relativas à exportação de armas e materiais de guerra, enfatizam a necessidade de controlo rigoroso para evitar a escalada de conflitos e o abuso dos Direitos Humanos. (...) Portugal deve assegurar que o país não serve de plataforma para transporte de armamento para Israel a usar para prolongar estes ataques indiscriminados”, pode ler-se na exposição de motivos apresentada pelo Livre.

O Livre pedia que fossem encetados pelo Governo "esforços diplomáticos bilaterais e internacionais de promoção de um acordo de paz na região, incentivando uma solução pacífica e duradoura, baseada no respeito mútuo e na conformidade com o direito internacional" e que este impedimento de acesso aos portos nacionais fosse informado à comunidade internacional "demonstrando o compromisso de Portugal com a paz, a segurança e os direitos humanos".

O grupo parlamentar do Livre lembrou também o anúncio do Governo espanhol de que “não iria permitir que barcos com carregamentos de material bélico e com destino a Israel pudessem aportar nos portos espanhóis”.