AO MINUTO | Israel anuncia pausa tática para reforçar entrada de ajuda em Gaza
O que está a acontecer
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Ben Gvir diz que "pausa tática" é uma "decisão má e estúpida"
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Líder do Hamas diz resposta é "coerente" com os princípios do acordo de cessar-fogo dos EUA
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EUA anunciam evacuação de segundo navio após ataque dos rebeldes Houthis
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Israel anuncia pausa tática para reforçar entrada de ajuda em Gaza
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Equipas de resgate recuperam corpo de nove palestinianos em Rafah
Presidente do Irão diz que Telavive vai enfrentar "dura vingança" após massacre em hospital
O Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, avisou hoje que Israel vai enfrentar uma "dura vingança" dos países muçulmanos após o bombardeamento de um hospital de Gaza que matou centenas de pessoas.
"[Israel] Aguarda uma dura vingança às mãos dos países muçulmanos", disse Raisi num discurso durante uma manifestação em Teerão em protesto contra o bombardeamento do Hospital Al Ahli, reportou o portal noticioso Iran Nuances.
"Enfrentarão a ira dos países muçulmanos", acrescentou Raisi, que usava um lenço palestiniano ao pescoço, sublinhando que, com o ataque ao hospital, "começou o princípio do fim do regime sionista".
"Com cada gota de sangue derramada pelos palestinianos, o regime sionista aproxima-se mais um passo do colapso", afirmou Raisi, que acusou os Estados Unidos de serem “um parceiro” de Israel nos crimes que estão a ser cometidos na Faixa de Gaza e de armar o exército israelita com mísseis.
Para o Presidente iraniano, as bombas que caem sobre a população da Faixa de Gaza “pertencem aos Estados Unidos”.
O Irão declarou hoje um dia de luto pelo bombardeamento do hospital, um massacre que Israel e as milícias palestinianas se responsabilizam mutuamente.
Milhares de pessoas em Teerão saíram à rua esta tarde para protestar contra o incidente.
Na Praça da Palestina, na capital, ouviram-se gritos de "Alá é Grande", "morte à América" e "morte a Israel".
Terça-feira à noite, milhares de pessoas já haviam protestado na capital, inclusive em frente às embaixadas da França e do Reino Unido.
Siga ao minuto:
Palestinianos celebram Festa do Sacrifício no meio das ruínas da guerra
Os muçulmanos celebram este domingo a Festa do Sacrifício em todo o mundo.
Os palestinianos assinalam a data com orações no meio dos destroços da guerra o primeiro de quatro dias do Eid al-Adha, que deveriam ser de festa. É uma celebração que marca o fim da peregrinação a Meca, que nos últimos dias acolheu gigantescas multidões de fiéis.
Em Gaza, não há animais para sacrificar nem banquetes para partilhar em família. Em Khan Younis, por exemplo, ao fim de oito meses de ataques israelitas, a festa do sacrifício conta com muito comida enlatada e não se poderá cumprir a tradição de roupa e brinquedos novos para as crianças.
As famílias, sobretudo de deslocados, vivem agora em tendas e não têm razões para festejar.
Gvir diz que "pausa tática" é uma "decisão má e estúpida"
O ministro da Segurança Nacional de Israel já criticou a “pausa tática” anunciada pelo exército. Ben Gvir, líder do partido da extrema-direita israelita, diz que a decisão de parar os combates é "má e estúpida" e quem a tomou deveria ser demitido.
"Está na hora de parar com a abordagem louca e delirante que só nos traz mais mortos", escreveu o ministro, num comunicado. Gvir lamenta o facto da medida não ter sido levada ao gabinete de guerra, sublinhando ainda que contraria as decisões deste órgão.
"Israel está a agir como os EUA reagiram após o 11 de Setembro. Temos uma nação magoada, ferida no seu ego"
Khalid Sacoor Jamal diz que a "pausa tática" anunciada por Israel para o sul da Faixa de Gaza é "uma atitude que deve ser aplaudida", apesar de "pecar por ser tardia". O especialista em assuntos do Médio Oriente considera que Telavive "começa a dar sinais de se aperceber da desproporcionalidade dos ataques".
Líder do Hamas diz resposta é "coerente" com os princípios do acordo de cessar-fogo dos EUA
O líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, diz que a resposta do grupo à proposta de cessar-fogo apresentada pelos EUA é “coerente” com os princípios do plano.
"A nossa resposta é coerente com os fundamentos contidos no discurso de Biden e na resolução do Conselho de Segurança relativamente às três fases do acordo e aos termos do cessar-fogo", garantiu, durante um discurso televisivo este domingo.
Ismail Haniyeh acusa ainda Israel de não mostrar qualquer flexibilidade e de tentar "contornar e enganar através de propostas e ideias destinadas a obter prisioneiros e a regressar para retomar a guerra de extermínio". Já o próprio Hamas, diz, "demonstrou grande seriedade e grande flexibilidade para chegar a um acordo".
O Hamas apresentou alterações à proposta norte-americana, o que levou Israel a dizer que o grupo rejeitou o acordo.
IDF esclarecem que "não é cessação de hostilidades" com a "pausa tática"
As Forças de Defesa de Israel (IDF) garantem que a “pausa tática” anunciada este domingo para o sul da Faixa de Gaza não é um cessar-fogo.
"As IDF deixam claro que não há cessação das hostilidades no sul da Faixa de Gaza e que as hostilidades em Rafah continuam", esclarecem, em comunicado.
Não há, para além disso, uma “mudança na introdução de mercadorias”. "O eixo que transporta as mercadorias estará aberto durante o dia, em coordenação com as organizações internacionais, apenas para o transporte de ajuda humanitária", continuam.
Pausa tática de Israel é "uma tentativa de adaptar a posição no terreno que não tem mostrado resultados eficazes"
Israel anunciou uma pausa tática nos combates para permitir a entrada de ajuda humanitária. Para o especialista em Relações Internacionais José Palmeira, a pausa funciona "como válvula de escape" perante a opinião pública internacional e ajuda a "rever a estratégia".
Protestos contra o governo de Netanyahu bloqueiam autoestradas israelitas
Há autoestradas cortadas em Israel, devido aos protestos contra a governação de Benjamin Netanyahu. Os manifestantes atearam fogueiras e barricaram as principais estradas do país, segundo reportam os meios de comunicação locais.
O protesto tem como objetivo pressionar o governo israelita a chegar a um acordo com o Hamas para a trocar de prisioneiros, bem como exigir que sejam convocadas eleições.
Exército dos EUA anuncia evacuação de segundo navio após ataque dos rebeldes Houthis
O exército dos Estados Unidos anunciou a retirada da tripulação de um segundo navio atingido por um ataque dos rebeldes Houthis do Iémen, no espaço de dois dias.
O Comando Central do exército dos EUA (Centcom), responsável pelo Médio Oriente, disse no sábado à noite, na rede social X (antigo Twitter), que os tripulantes do MV Verbena não conseguiram apagar o fogo causado por um ataque ocorrido na quinta-feira.
A tripulação foi recolhida por um outro navio mercante, disse o Centcom, que sublinhou que a fragata militar iraniana “IRIN Jamaran estava a oito milhas náuticas [15 quilómetros] do MV Verbena e não respondeu ao pedido de socorro”.
O Verbena foi atingido na quinta-feira por dois mísseis de cruzeiro no golfo de Aden, ao largo do Iémen, causando um incêndio e ferimentos graves num tripulante, que foi transportado por um helicóptero para um navio militar próximo para receber tratamento médico.
Israel anuncia pausa tática para reforçar entrada de ajuda em Gaza
O exército de Israel anunciou este domingo uma “pausa tática” na sua ofensiva no sul da Faixa de Gaza para permitir a entrega de maiores quantidades de ajuda humanitária ao enclave palestiniano.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) disseram que a pausa vai começar na área de Rafah, no sul de Gaza, às 08:00 (06:00 em Lisboa), permanecer em vigor até as 19:00 (17:00 em Lisboa) e ser repetida todos os dias até novo aviso.
A medida, que estava a ser coordenada com a ONU e agências de ajuda internacional, visa permitir que os camiões de ajuda consigam viajar em segurança e entrar mantimentos a todas as partes de Gaza, disseram as IDF.
O acordo visa reduzir a necessidade de coordenação de entregas entre as agências da ONU e as IDF, proporcionando uma janela ininterrupta de 11 horas por dia para os camiões entrarem e saírem da passagem fronteiriça de Kerem Shalon.
O comunicado não mencionou se o exército de Israel iria fornecer segurança para proteger os camiões de ajuda ao longo da autoestrada Salah a-Din, a principal artéria que liga o norte e sul de Gaza.
Oito soldados israelitas mortos numa explosão em Rafah, confirmam IDF
Oito soldados israelitas foram mortos numa explosão este sábado no sul da Faixa de Gaza, confirmaram as Forças da Defesa de Israel (IDF), segundo a Reuters.
O ataque ocorreu numa altura em que as forças israelitas continuavam a avançar na cidade de Rafah.
O exército israelita não deu pormenores sobre as circunstâncias do incidente, mas antes o braço armado do Hamas disse que matou e feriu soldados israelitas numa emboscada a um veículo blindado precisamente na cidade de Rafah.
Nove corpos de palestinianos recuperados em Rafah
As equipas de resgate recuperaram o corpo de nove palestinianos em diferentes zonas da cidade de Rafah, avançam fontes médicas na região agência Wafa.
Os corpos terão sido retirados dos escombros de casas que foram alvo de bombardeamentos israelitas.
Ataque dos Houthis provoca incêndio num navio e obriga a retirar tripulação
Um ataque dos Houthis a leste de Aden provocou um incêndio num navio, que começou entretanto também a afundar. A informação é avançada pela agência de operações marítimas do Reino Unido (UKMTO), acrescentando que o incidente obrigou à retirada a tripulação.
O incidente foi, de acordo com a agência, reportado pelo capitão do navio.
Erdogan diz que Biden está a ser submetido "um teste de sinceridade"
O presidente turco acredita que o homólogo norte-americano está a ser submetido a “um teste de sinceridade” pela forma como lidou com a proposta de cessar-fogo e a guerra na Faixa de Gaza.
Recep Tayyip Erdogan, no regresso à cimeira G7 em Itália, afirmou aos jornalistas que Joe Biden deve mostrar que o plano de cessar-fogo não é uma tática eleitoral calculada, mas sim um esforço sincero.
Hezbollah ataca base militar israelita com dois rockets
Dois rockets do Hezbollah aterram este sábado perto da base militar israelita no Monte Meron. Este é, de acordo com um comunicado do exército israelita, um importante ponto de vigilância da força aérea no norte do país.
Não há registo de feridos ou de danos no local.
Ataques israelitas já mataram 37.296 palestinianos desde 7 de outubro
Pelo menos 37.296 palestinianos morreram na Faixa de Gaza desde o dia 7 de outubro. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, que dá conta de outros 85.197 palestinianos feridos.
Braço armado da Jihad Islâmica palestiniana quer acordo sobre prisioneiros e retirada de Israel de Gaza para libertar reféns
O braço armado da Jihad Islâmica palestiniana diz que a única forma de libertar os reféns é através da retirada das tropas israelitas da Faixa de Gaza e de um acordo sobre os prisioneiros. A informação é avançada pela agência Reuters.
Pelo menos 19 palestinianos morrem em ataques à cidade de Gaza
Pelo menos 19 palestinianos foram mortos em bombardeamentos aéreos israelitas na cidade de Gaza na manhã deste sábado. A informação é avançada pela agência Wafa.
Os ataques visaram duas casas residenciais no bairro de Shujaiya, de onde foram recuperados os corpos de cinco das vítimas pelas autoridades médicas. Outros cinco corpos foram retirados de uma casa em Tuffah.
Ataque do Hezbollah ativa sirenes e provoca incêndio no norte de Israel
As sirenes de alarme voltaram a ouvir-se na manhã deste sábado na Alta Galileia, no norte de Israel, depois de dois rockets terem sido disparados a partir do sul do Líbano.
De acordo com as Forças de Defesa de Israel (IDF), não há registo de vítimas. Os bombeiros continuam, ainda assim, a tentar controlar vários incêndios originados pelos ataques lançados pelo Hezbollah.
As IDF também bombardearam durante a madrugada uma estrutura militar do grupo radical xiita apoiante do Hamas.
Maioria das escolas de Gaza precisam de "reconstrução total ou de uma reabilitação profunda"
Mais de 76% das escolas da Faixa de Gaza precisam de uma “reconstrução total ou de uma reabilitação profunda" para poderem funcionar no futuro, depois de terem sido alvo de ataques israelitas.
O dado consta de um novo estudo do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas, que salienta o "aumento contínuo dos ataques diretos às escolas".
Segundo a entidade 69% edifícios escolares utilizados como abrigos para as pessoas deslocadas foram diretamente atingidos ou danificados pelos ataques. Mais de 96% das instituições de ensino, localizadas em zonas que receberam ordens de evacuação israelitas, foram diretamente atacadas.
Pelo menos cinco pessoas detidas enquanto protestavam em frente à casa de Netanyahu
A polícia israelita deteve pelo menos cinco manifestantes em frente à casa do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. A informação é avançada num relatório ao qual a Israel Broadcasting Corporation teve acesso.
Na origem da detenção esteve o “ruído excessivo”. Em causa estão pessoas que protestavam contra a governação do primeiro-ministro israelita, nomeadamente no que toca a um acordo de cessar-fogo com o Hamas, incluindo a libertação dos reféns.