GUERRA AO MINUTO | Zelensky anuncia nova estratégia marítima e garante que Rússia "nunca mais vai dominar" o Mar Negro
O que está a acontecer
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Aliados da NATO vão enviar pelo menos 40 mil milhões de euros por ano à Ucrânia. Stoltenberg espera adesão de Kiev à NATO até 2034
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Orbán foi a Moscovo e admite que Putin e Ocidente estão "muito distantes" quanto ao fim da guerra. Montenegro vinca que presidente húngaro não tem "qualquer mandato” para contactos com a Rússia em nome da UE
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Zelensky quer duplicar capacidades de defesa aérea na Ucrânia "durante o verão"
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Os serviços secretos russos anunciaram que impediram um ataque terrorista numa fábrica militar em Samara, nas margens do rio Volga
Rússia ataca norte e centro da Ucrânia com 22 drones Shahed. Defesas anti-aéreas destroem quase todos
A Ucrânia abateu 21 dos 22 drones Shahed, de fabrico iraniano, utilizados num ataque russo durante a noite. Segundo comunicado das forças armadas, as defesas anti-aéreas ucranianas abateram os drones em seis regiões do norte e do centro do país.
O governador da região norte de Chernihiv disse que um dos drones atingiu uma instalação na sua região, sem fornecer mais pormenores. Na sua declaração, acrescentou que mais de 5.000 pessoas ficaram sem eletricidade. Já o governador da região de Dnipropetrovsk afirmou que a defesa aérea abateu dois drones sobre a sua região.
Siga ao minuto:
Ucrânia exige "apoio irreversível" da NATO, EUA estão de pé atrás. Porquê? A explicação de António José Telo
António José Telo, professor de História na Academia Militar, explica o porquê da insistência da Ucrânia para que os aliados da NATO se comprometam em garantir um “apoio irreversível” a Kiev contra as forças russas. O especialista analisa ainda os primeiros dias da presidência rotativa do Conselho da União Europeia, que cabe este semestre ao governo da Hungria.
"A Ucrânia já tem um lugar à mesa" da NATO: a cimeira de Washington em análise
Sónia Sénica faz a antecipação da cimeira da NATO, que decorre em Washington na próxima semana, entre os dias 9 e 11, e que terá o conflito na Ucrânia no topo da agenda.
479 atletas morreram pela Ucrânia. E é assim que os sobreviventes se preparam para os Jogos Olímpicos
A pouco mais de três semanas do início dos Jogos Olímpicos de Paris, Viktoriia Tkachuk, atleta ucraniana, tem muito mais em mente do que a meta, com o seu irmão a lutar pelo país na linha da frente da guerra contra a Rússia. A CNN Internacional foi aos treinos da atleta e mostra como pode ser difícil o caminho para a glória olímpica.
Diáspora ucraniana espera que Costa no Conselho Europeu ajude à entrada plena na UE
O Congresso Mundial Ucraniano felicitou António Costa pela sua eleição para a presidência do Conselho Europeu, manifestando esperança que a sua liderança apoie os esforços ucranianos para restaurar a integridade territorial, garantir a paz e pertencer à União Europeia.
Numa carta de felicitações datada de hoje, assinada por Paul Grod, presidente da organização que representa cerca de 20 milhões de ucranianos na diáspora em 60 países, incluindo Portugal, o Congresso Mundial Ucraniano (CMU) lembrou as ações de António Costa enquanto primeiro-ministro de Portugal em prol da Ucrânia e afirmou a sua crença de que na liderança do Conselho Europeu vai ajudar a Ucrânia a atingir os seus objetivos.
“Acreditamos que a sua liderança vai apoiar os esforços da Ucrânia para restaurar a sua integridade territorial, garantir a paz e alcançar a sua aspiração histórica – tornar-se membro de pleno direito da União Europeia”, conclui a missiva.
O CMU afirma que o novo cargo é um “feito notável” para António Costa, que reconhece a sua “liderança e dedicação” para “promover a unidade e cooperação dentro da União Europeia”, recordando ainda as suas ações nas primeiras horas da invasão russa da Ucrânia, o papel de Portugal no acolhimento de refugiados ucranianos e a sua visita ao país em guerra, “sublinhando um profundo compromisso” não apenas para com a soberania da Ucrânia, mas também “para com os valores da liberdade e democracia”.
Zelensky anuncia nova estratégia marítima e garante que Rússia "nunca mais vai dominar" o Mar Negro
A Ucrânia está a trabalhar numa nova estratégia marítima, que até deve ser aprovada em breve pelo Conselho Nacional de Segurança e Defesa.
O anúncio foi feito pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no habitual discurso diário sobre a guerra.
“Estamos a trabalhar numa nova estratégia para o mar – a estratégia marítima ucraniana. Em breve a estratégia vai ser aprovada”, acrescentou, sem revelar, no entanto, pormenores do que pode resultar disso.
Zelensky lembrou a importância do equilíbrio de forças no Mar Negro, sublinhando que a frota russa ali posicionada “nunca mais vai dominar a zona”.
Rússia garante estar a realizar exercícios em Sevastopol
A frota russa do Mar Negro encontra-se a realizar exercícios militares em Sevastopol, anunciou o governador regional, Mikhail Ravzozhaev, citado pela agência RIA Novosti.
De acordo com o mesmo responsável, as baías de Streletskaya e Kamyshovaya foram os locais escolhidos pela marinha, onde estiveram em cena vários tipos de armas de pequena dimensão.
Este anúncio surge depois de um dos mais altos responsáveis do exército ucraniano ter vindo dizer que a Rússia tinha retirado a maioria da frota do Mar Negro de Sevastopol.
"O que a Ucrânia gostaria de ter era uma garantia de adesão" na cimeira da NATO
Em antevisão da cimeira da NATO, que se realiza na próxima semana, Mário João Fernandes, especialista em Direito Internacional, considera que Kiev espera “uma garantia de adesão, que está em cima da mesa neste momento”, mas que poderá, para já, não passar de uma “promessa”, uma vez que a garantia de adesão requer “alguma prudência”.
Em junho e "a custo de 30 mil soldados", Rússia "conseguiu avançar 0,01%" no terreno
Numa análise à visita de Viktor Orbán a Vladimir Putin, Helena Ferro Gouveia destaca que o primeiro-ministro húngaro foi “posicionar-se como o apoiante número um de Moscovo e como cavalo de Tróia dentro da União Europeia”. No entanto, a comentadora destaca o que se passa no terreno e, embora diga que a Ucrânia está com “dificuldades inequívocas”, vinca que a Rússia também precisa que se chegue a um acordo de paz pela falta de sucesso a nível militar: “nestes três anos de guerra, a Rússia domina 17% do território ucraniano e a custo de 30 mil soldados no mês de junho conseguiu avançar 0,01% em termos de conquista territorial”.
"Viktor Orbán quer mostrar que consegue fazer um papel que nem ele nem ninguém pode ter"
Daniela Nunes, especialista em Relações Internacionais, diz que intenção de Orbán de ser mediador para a guerra na Ucrânia não se aplica neste contexto, por não estar mandatado pela UE e porque exigências de Putin são inaceitáveis
Rússa planeia criar "barragem de balões" para travar drones da Ucrânia
A Rússia está a planear a criação de uma rede de balões inspirada nas I e II Guerras Mundiais para criar uma barragem que trave os ataques da Ucrânia com drones, noticia o jornal britânico Telegraph.
Uma empresa aeroespacial russa diz que já começou a fase de testes destes balões, capazes de formar uma rede que, espera Moscovo, irá proteger o território russo dos ataques de longo alcance ucranianos que têm danificado infraestruturas energéticas e outras.
Os balões estão a ser desenvolvidos para serem lançados de hangares, subindo rapidamente aos céus numa fila e criando depois uma rede de 250 metros de altura que forma um cordão de defesa aéreo, adianta o mesmo jornal.
Com visita a Putin, "Orbán tenta ocupar uma função que não lhe foi mandatada"
Sónia Sénica, especialista em Relações Internacionais da Universidade Autónoma, comenta a recente visita do primeiro-ministro húngaro a Moscovo, que coincide com o início da presidência rotativa da UE pela Hungria
Bombardeamento russo em Donetsk faz pelo menos 11 mortos e 43 feridos
Pelo menos 11 pessoas morreram e 43 ficaram feridas na região ucraniana de Donetsk devido a bombardeamentos russos, anunciou o governador local, estando 348 povoações sem eletricidade após um ataque a uma infraestrutura energética na região de Sumi.
"Durante o dia, os russos mataram 11 residentes da região de Donetsk e 43 outras pessoas ficaram feridas. Houve 2.326 ataques inimigos na frente de batalha. 25 aldeias foram atingidas", disse o governador da província de Donetsk, Vadim Filashkin, no Telegram.
Entre os mortos estão cinco pessoas na aldeia de Selidove, três em Chasovoi Yar e outros em Komar, Toretsk e Ukrainsk. Há também 43 feridos: 15 em Selidovo, 18 em Komar e três em Toretsk, a que se juntam mais dois em Ukrainska e um em Kostiantinivka, Ivanivka, Peresbudo, Sloviansk e Druzhba.
Por outro lado, um homem de 43 anos foi morto por um bombardeamento russo em Odradokamianka, na região de Kherson, segundo publicou no Telegram o governador ucraniano de Kherson, Oleksandr Prokudin.
Orbán não está sozinho e a sua visita à Rússia "significa que está a lançar-se no jogo como mediador" da Ucrânia
O especialista em Relações Internacionais Tiago André Lopes e o tenente-general Marco Serronha comentam a recente viagem do primeiro-ministro húngaro à capital russa para se encontrar com Vladimir Putin
Ataques russos deixam mais de 100 mil lares do norte da Ucrânia sem água nem eletricidade
Ataques aéreos executados pela Rússia na madrugada deste sábado contra o norte da Ucrânia deixaram mais de 100 mil casas sem água nem eletricidade, após terem atingido as duas redes, disseram as autoridades ucranianas.
Ao mesmo tempo, aumentou o número de baixas civis no leste do país, onde os combates entre russos e ucranianos continuam a aumentar de intensidade.
Em Sumi, na região de Donetsk, na fronteira com a Rússia, a infraestrutura energética sofreu sérios danos e deixou a região às escuras, disse o Ministério da Energia da Ucrânia em comunicado.
Horas depois desses ataques,a emissora estatal ucraniana noticiou que drones russos atingiram a capital da mesma província, atingindo a rede de distribuição de água.
Diplomatas do G20 vão evitar questões geopolíticas sensíveis, diz Brasil
Os diplomatas do G20 concordaram em evitar "questões geopolíticas sensíveis" na cimeira das 20 maiores economias do mundo, que vai ter lugar no Brasil, em novembro.
A garantia foi deixada por Brasília depois de, em fevereiro, os líderes financeiros do G20 não terem conseguido alcançar um comunicado conjunto dadas as divisões relativas à guerra de Israel em Gaza e à guerra da Rússia na Ucrânia.
Citado pelos media internacionais, o diplomata Maurício Lyrio, responsável pela organização da cimeira no Brasil, disse na sexta-feira que o acordo foi alcançado após "conversações muito difíceis" durante uma reunião preparatória no Rio de Janeiro esta semana.
"O que obtivemos deste encontro foi um acordo sobre como proceder daqui para a frente, para que os ministros possam focar-se em temas específicos", disse o diplomata brasileiro aos jornalistas. "Queremos procurar acordos nas nossas áreas, não precisamos de lidar mais com a geopolítica."
"Proximidade algo excessiva de Orbán a Putin deve deixar-nos preocupados, mas é a hipótese que temos de tentar auscultá-lo"
Orlando Samões, especialista em Relações Internacionais, analisa a visita do primeiro-ministro da Hungria à Rússia sob fortes críticas da UE
EUA e Arménia em exercícios militares conjuntos
Os Estados Unidos e a Arménia vão levar a cabo exercícios militares conjuntos entre 15 e 24 de julho, anunciou este sábado o Ministério da Defesa da Arménia.
O exercício Eagle Partner 2024 vai focar-se em tarefas relacionadas com missões de manutenção de paz e integram exercícios regulares entre "países parceiros", indica o Ministério.
Até há pouco tempo o aliado mais próximo da Rússia no Cáucaso do Sul, a Arménia tem visto os laços com Moscovo azedarem em anos recentes face ao que Yerevan considera ser um falhanço dos russos em defender os arménios do vizinho Azerbaijão.
Apesar de a Arménia se manter aliada da Rússia sob tratado, tem repetido que não apoia a guerra na Ucrânia e já enviou ajuda humanitária para Kiev sob fortes críticas do Kremlin.
"Razão não é política". Hungria cancela reunião com Alemanha
O governo da Hungria cancelou uma reunião que estava programada entre o seu ministro dos Negócios Estrangeiros e o homólogo alemão para segunda-feira, em Budapeste, citando razões técnicas e não políticas.
Em comunicado, um dia depois de Viktor Orbán, o primeiro-ministro húngaro, ter viajado até Moscovo para se encontrar com Vladimir Putin sob forte condenação dos parceiros europeus, o MNE da Hungria invocou uma "alteração imprevisível" para cancelar a reunião.
"Devido a uma alteração imprevisível no calendário do ministro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros pediu que a visita aconteça numa data posterior, idealmente no futuro próximo. A razão é puramente técnica e não política."
Na sexta-feira, o MNE alemão disse estar "estupefacto" com o cancelamento e alertou que é necessária uma discussão "séria e honesta" com o governo Orbán após a sua viagem até à Rússia.
O encontro de Orbán com Putin em Moscovo foi o primeiro por um líder da UE com o presidente russo desde abril de 2022, dois meses após a Rússia ter lançado a sua invasão de larga escala da Ucrânia.
Depósitos de petróleo russos ardem após ataques com drones
Depósitos de petróleo da Rússia na região de Krasnodar continuavam este sábado a arder após uma série de ataques com drones na noite passada.
Fontes do governo regional russo confirmaram que tanques de cimbustível em Pavlovskaya e Leningradskaya foram atingidos nos ataques ucranianos.
Imagens de satélites da NASA mostram incêndios nos dois locais.
Na área de Yeisk, uma torre de comunicação também foi atingida.
Forças da Ucrânia batem em retirada de cidade-chave no leste
A Ucrânia retirou os seus soldados dos arredores da cidade de Chasiv Yar, no leste do país, onde tem estado a perder território para as forças russas.
Oleh Shyriaiev, comandante do batalhão de assalto 255, que tem estado a lutar na área nos últimos seis meses, diz que os russos incendiaram todos os edifícios que não foram destruídos nos ataques aéreos, após terem capturado a localidade.
"Lamento que estejamos a perder território gradualmente, mas não podemos agarrar-nos a ruínas", disse a partir de Chasiv Yar, citado pelo Independent.