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GUERRA AO MINUTO | Rússia anuncia tomada de nova localidade em Zaporizhzhia, Kiev iniciaria negociações de paz "já amanhã" se Rússia batesse em retirada

Todas as informações mais recentes sobre o conflito na Ucrânia, que começou a 24 de fevereiro de 2022
2024-06-17

O que está a acontecer

2024-05-26
16:21

EUA vão participar na cimeira da paz após pedido de Zelensky

Volodymyr Zelensky pediu e os EUA já responderam: o país vai participar na cimeira da paz em junho que está acontece em junho na Suíça. A informação foi avançada por um representado norte-americano à Reuters.

A fonte não disse, no entanto, quem vai representar os EUA na conferência. 

Siga ao minuto:

2024-06-17
14:32

Ataque russo deixa mais de 50 mil sem luz

Mais de 55 mil casas ficaram sem eletricidade na região de Poltava, anunciou o governador, citado pela agência Reuters.

Em causa estará a destruição de infraestruturas, que também atingiu empresas, depois de um ataque russo que deixou grande parte da região sem eletricidade.

2024-06-17
14:11

Zelensky agradece a "todos os que apoiam a Ucrânia e os ucranianos"

Volodymyr Zelensky publicou uma mensagem na rede social X a agradecer a "todos os que apoiam a Ucrânia" e àqueles que continuam a "resistir à pressão russa".

Sem referir a declaração conjunta que saiu da cimeira da paz que decorreu este fim de semana na Suíça, o presidente da Ucrânia dirigu a mensagem a "todos os que defendem a liberdade, os direitos, a independência e a dignidade".

"A liberdade tem sempre a capacidade de ser fortalecida, alastrando de uma pessoa para outra, e a única forma de a liberdade avançar é através da coragem das pessoas. Agradeço a todos os que defendem a Ucrânia, resistindo à pressão russa, a todos os que trabalham e ajudam, aos que, por estes dias e durante todo este tempo de guerra, não esqueceram a Ucrânia nem os ucranianos, a nossa luta e a importância de proteger as vidas humanas."

Everyone who has defended their freedom, their rights, their independence, and dignity also strengthens the freedom of those around them.

Freedom always has the ability to grow stronger, spreading from one person to another, and the only way freedom can advance is through the… pic.twitter.com/nxzu1D8ROH

— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) June 17, 2024
2024-06-17
14:02

Pequim critica declaração "manipularoda" do G7

Pequim reagiu veementemente contra a declaração final dos líderes do G7, acusando-os de "arrogância, preconceitos e mentiras" nas críticas dirigidas à República Popular da China.

"A declaração da cimeira do G7 manipulou mais uma vez as questões relacionadas com a China, caluniou e atacou a China, repetiu clichés sem base factual, sem base legal e sem justificação moral, e está cheia de arrogância, preconceito e mentiras", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lin Jian, em conferência de imprensa.

A República Popular da China foi alvo de duras críticas por parte dos líderes do G7 (Estados Unidos, Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Canadá e Japão), que se reuniram sexta-feira em Borgo Egnazia, perto de Bari, no sul de Itália.

Embora afirmando que "aspiram a uma relação construtiva e estável com a China", cuja "importância no comércio mundial" reconhecem, os líderes do G7 expressaram "preocupação com as políticas e práticas que não são práticas de mercado".

Referiram ainda que as medidas de Pequim estão a conduzir a "consequências globais, distorções do mercado e sobrecapacidade prejudicial num número crescente de setores".

O G7 também instou Pequim a "abster-se de (...) medidas de controlo das exportações, em particular de minerais críticos, que poderiam gerar perturbações significativas na cadeia de abastecimento global", uma vez que o país impõe restrições às exportações de minerais cruciais para setores como os veículos elétricos e as telecomunicações.

No projeto de declaração, o G7 também discutiu a ajuda chinesa ao esforço de guerra russo, a situação militar e diplomática na zona do Índico e do Pacífico, com destaque para os diferendos territoriais entre Pequim e Estados vizinhos, incluindo Taiwan, e a segurança das rotas marítimas no Mar do Sul da China.

"Apelamos à China para que deixe de transferir (...) componentes de armamento e equipamento que abastecem o setor da defesa russo", refere ainda o comunicado.

2024-06-17
13:51

Ataque aéreo russo em Poltava danifica linhas elétricas

Ataque aéreo russo na região de Poltava, na Ucrânia, danificou linhas elétricas e corta a eletricidade a mais de 50 000 consumidores, avança a Reuters que cita o governador local.

2024-06-17
12:09

Putin visita Coreia do Norte e Vietname esta semana

A visita oficial do presidente russo ao Vietname vai ter lugar no final desta semana, entre 19 e 20 de junho, avançaram media vietnamitas esta segunda-feira.

A visita de Vladimir Putin terá lugar a convite do líder do partido comunista do Vietname, Nguyen Phu Trong, adianta o Voice of Vietnam.

A notícia surgiu perante a crescente especulação de que uma antecipada viagem de Putin à Coreia do Norte, pela primeira vez em 24 anos, também pode estar prestes a acontecer.

Entretanto, a agência estatal norte-coreana está a adiantar que Putin vai deslocar-se a Pyongyang amanhã e na quarta-feira, 18 e 19 de junho.

"A Coreia do Norte parece estar em preparativos para receber Putin, que abraçou o líder norte-coreano como um aliado-chave desde que a Rússia se tornou alvo de sanções e condenação internacional por causa da sua invasão de larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022", escreve o Guardian.

Segundo relatos, todos os aviões civis foram retirados do aeroporto de Pyongyang e há sinais de preparativos para uma possível parada militar na praça Kim Il-sung, informações que ainda não foram confirmadas de forma independente.

A Coreia do Norte tem sido acusada de fornecer mísseis balísticos e centenas de milhares de obuses de artilharia a Moscovo, em troca do apoio russo ao seu programa espacial, na sequência de um encontro entre Putin e Kim Jong-un na Rússia em setembro passado.

2024-06-17
11:38

Ucrânia ataca várias regiões russas com drones kamikazes

As forças da Ucrânia lançaram ataques com drones kamikaze contra várias regiões da Rússia, alegam fontes oficiais ucranianas, com media russos próximos do Kremlin a indicarem que várias áreas militares foram atingidas e sofreram danos.

Segundo fontes da secreta militar ucraniana (HUR), instalações militares russas foram atingidas em Lipetsk, Belgorod e Voronezh, todas localizadas num raio de 400 quilómetros da fronteira com a Ucrânia.

O Ministério de Defesa da Rússia diz que foram abatidos seis drones ucranianos sobre as três regiões.

Segundo o portal de notícias russo Astra, um dos ataques atingiu uma canalização da fábrica metalúrgica de Novolipetsk, com residentes da área a falarem em explosões e uma coluna de fumo a erguer-se de uma fábrica de produção de tratores, cerca da 1h40 da madrugada (23h40 de domingo, hora de Lisboa).

2024-06-17
11:13

Rússia quer "esgotar as nossas tropas" antes de chegar mais ajuda militar, diz Kiev

O exército da Ucrânia disse esta segunda-feira que as forças russas estão a intensificar os seus ataques ao país e a tentar conquistar mais território antes da chegada de mais ajuda militar do Ocidente ao país, incluindo caças F-16.

Numa publicação nas redes sociais citada pelas agências internacionais, o chefe do exército ucraniano, Oleksandr Syrsky, destacou:

"O nosso inimigo está bem ciente de que um resultado da gradual receção de uma quantidade significativa de armas e equipamento militar dos nossos parceiros, e a chegada dos primeiros F-16, que vão reforçar a nossa defesa aérea, [...] será a diminuição das suas hipóteses de sucesso."

No mesmo comunicado, Syrsky adianta que, "por causa disso, o comando das tropas da Rússia está atualmente a encetar todos os esforços para aumentar a intensidade e expandir a geografia de hostilidades para maximizar o esgotamento das nossas tropas, perturbar o treino das reservas e impedir a transição para ações ofensivas ativas".

As forças russas, adianta a mesma fonte, estão a concentrar os seus esforços de guerra na região de Donetsk, em particular na frente de batalha de Pokrovsk.

2024-06-17
10:55

Letónia envia primeiro conjunto de drones para a Ucrânia e prepara segundo lote

A Letónia já fez chegar à Ucrânia um primeiro lote de drones e está a preparar-se para enviar um segundo em breve, indicou esta segunda-feira o ministro letão da Defesa, Andris Spruds, ao jornal online ucraniano Armiyinform.

O Reino Unido e a Letónia tinham anunciado em fevereiro que iam liderar uma nova Coligação de Capacidades de Drones, com o objetivo de fornecer rapidamente a Kiev dezenas de milhares de drones para reforçar as capacidades das forças ucranianas nos campos de batalha.

Em maio, Spruds já tinha adiantado que o governo da Letónia ia investir cerca de 20 milhões de euros na coligação de drones este ano e uma quantia semelhante para que a Ucrânia possa desenvolver as suas próprias capacidades de produção de drones.

À margem do encontro de ministros da NATO a decorrer em Bruxelas, o ministro letão destacou que, juntamente com os países que já assumiram compromissos semelhantes, a coligação envolve "mais de 500 milhões de euros, mais precisamente 549 milhões de euros já prometidos pelos Estados-membros [da aliança] que são parceiros desta coligação de drones".

"O próximo passo é usar estes fundos de forma eficaz, e estamos a fazê-lo a vários níveis", adianta Spruds. "Um dos primeiros níveis é a compra nacional. A Letónia já organizou um lote de drones que já foram enviados. Agora, estamos a preparar um segundo lote de drones, que deverá ser enviado em breve para a Ucrânia."

2024-06-17
10:40

Cimeira de Paz na Suíça mostra "futilidade" de negociações

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, diz que a cimeira de paz organizada pela Suíça este fim de semana para debater a guerra na Ucrânia produziu "resultados insignificantes" e demonstrou a "futilidade" de possíveis negociações Kiev-Moscovo.

Aos jornalistas, Peskov disse que os resultados do encontro, que envolveu cerca de 90 países com as notáveis ausências da Rússia e da China, foram "quase nulos".

"Muitos países entenderam haver uma falta de perspetiva de qualquer discussão séria sem a presença do nosso país [na cimeira]."

Moscovo, adiantou Peskov, continua aberta ao diálogo com todos os países que tiverem interesse nisso e continuará a manifestar a sua posição a esses mesmos países.

Antes da cimeira na Suíça, Putin já tinha deixado claro que só está disposto a negociar com a Ucrânia se as tropas de Kiev abandonarem as quatro regiões anexadas por Moscovo há mais de dois anos. O presidente russo também exigiu que a Ucrânia desista de se tornar Estado-membro da NATO.

2024-06-17
10:33

Caso Evan Gershkovich: Rússia "em contactos" sobre possível troca de prisioneiros

O Kremlin disse esta segunda-feira que manteve contactos sobre uma possível troca de prisioneiros que passaria pela libertação do jornalista do Wall Street Journal Evan Gershkovich, de 32 anos, detido no país desde março de 2023.

Questionado pelos jornalistas sobre o julgamento do jornalista norte-americano, que vai arrancar a 26 de junho "à porta fechada", o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, disse apenas que essa foi uma decisão do tribunal regional de Sverdlovsk.

Peskov também não adiantou mais informações sobre a possível troca de prisioneiros, dizendo que as negociações deverão continuar longe dos holofotes mediáticos.

2024-06-17
10:20

Visita de Putin à Coreia do Norte vai trazer "bons resultados"

A visita planeada de Vladimir Putin à Coreia do Norte foi bem preparada e vai trazer bons resultados, indicou esta segunda-feira o chefe dos serviços secretos da Rússia, Sergei Naryshkin, citado pela agência estatal russa Tass.

Putin, que tem estado em rota de aproximação a Pyongyang desde o início da guerra na Ucrânia, deverá visitar a Coreia do Norte em breve; ainda não foi avançada uma data concreta para esta visita, mas fontes sul-coreanas dizem à BBC que poderá acontecer já esta terça-feira.

Em setembro, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, passou uma semana em visita oficial à Rússia, durante a qual os dois líderes terão chegado a um acordo para Moscovo ajudar Pyongyang a reforçar o seu programa espacial em troca de armamento norte-coreano para a Rússia, em violação de uma série de resoluções da ONU.

Os media sul-coreanos dizem que a viagem de Putin à Coreia do Norte poderá acontecer já esta semana para coincidir com os encontros que estão a ter lugar entre autoridades de defesa e dos negócios estrangeiros da Coreia do Sul e da China.

Putin visitou a Coreia do Norte pela última vez em 2000, quando o pai do atual líder norte-coreano, Kim Jong-il, ainda era vivo.

2024-06-17
10:14

"Apagões de emergência" vão piorar nas próximas semanas

Uma fonte sénior da estatal elétrica ucraniana avisa que os apagões programados de emergência no país vão intensificar-se nas próximas semanas, na sequência de uma onda de ataques russos que afetou em larga escala a capacidade da Ucrânia de gerar energia.

"Ao longo das próximas semanas, a situação vai ficar muito mais difícil do que está hoje", indicou Volodymyr Kydrytsky, lider da operadora elétrica ucraniana, numa entrevista no domingo à noite.

Segundo Kydrytsky, cada apagão programado poderá durar até 12 horas, antevendo-se que estes cortes no abastecimento elétrico se tornem mais "rigorosos".

"Esta situação vai continuar até ao final de julho", indica o responsável ucraniano, adiantando que os apagões também poderão ser impostos durante períodos de elevado consumo de forma "bastante séria".

Segundo Kiev, a renovada onda de ataques aéreos russos a infraestruturas elétricas da Ucrânia, iniciada em março, já destruiu cerca de metade das capacidades de geração de energia do país, forçando as autoridades a recorrrer a "apagões" na capital e no resto do país.

2024-06-17
09:37

Mais de mil veículos blindados russos destruídos desde o início da guerra

Os serviços de segurança da Ucrânia (SBU) indicaram esta segunda-feira que mais de mil veículos de combate pertencentes à Rússia já foram destruídos no contexto da guerra na Ucrânia.

Ao todo, o SBU já destruiu 1.006 veículos de guerra desde que a Rússia invadiu o país vizinho em larga escala, em fevereiro de 2022. A maioria foi destruída nos violentos combates nas regiões de Donetsk e Kharkiv.

"Um grande número de veículos blindados russos foi atingido nas fases iniciais da ofensiva, antes de começarem a atacar posições ucranianas", adianta o SBU numa publicação na rede social Telegram.

"Alguns dos veículos foram destruídos juntamente com as suas tripulações. O SBU, lado a lado com outras unidades de forças de defesa da Ucrânia, continua a 'minimizar' os grupos de ocupação da federação russa, para nos aproximarmos da vitória."

Estas informações ainda não foram verificadas de forma independente.

2024-06-17
09:34

NATO debate reforço de armas nucleares em prontidão para dissuadir a Rússia

A NATO está a debater a possibilidade de colocar em prontidão mais armas nucleares que tem armazenadas como forma de dissuadir a Rússia, indica o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, face às contínuas ameaças de Moscovo sobre o potencial uso deste tipo de armamento.

Em entrevista ao jornal britânico Telegraph no domingo, antes da reunião de ministros da NATO esta segunda-feira, Stoltenberg diz que os Estados-membros da NATO estão em consultas quanto ao recurso ao seu arsenal nuclear como forma de dissuasão.

"Não vou entrar em detalhes operacionais sobre quantas ogivas nucleares devem ficar operacionais e quais devem continuar armazenadas, mas precisamos de consultas sobre este tópico e é exatamente isso que estamos a fazer", indica o secretário-geral da NATO.

"A transparência ajuda a comunicar a mensagem direta de que nós somos, obviamente, uma aliança nuclear. O objetivo da NATO é, claro, um mundo sem armas nucleares, mas enquanto existirem armas nucleares, continuaremos a ser uma aliança nuclear, porque um mundo em que a Rússia, a China e a Coreia do Norte têm armas nucleares e a NATO não tem é um mundo mais perigoso", adianta na mesma entrevista.

As declarações surgem na sequência das duras críticas tecidas pelo G7 à China e à Rússia no seu mais recente encontro, na semana passada, face ao fornecimento de tecnologia de armamento por Pequim a Moscovo e à "militarização" do Pacífico.

Também na semana passada, Stoltenberg já tinha sublinhado que as armas nucleares são "a última garantia de segurança" da NATO e uma forma de preservar a paz mundial.

2024-06-17
09:07

"Cimeira do G7 é encarada como operação de publicidade do próprio Zelensky"

Sérgio Furtado, correspondente da CNN Portugal na Ucrânia, explica a razão pela qual certos países não assinaram a declaração final da cimeira do G7. 

2024-06-17
09:03

Ucranianos em idade de combater escondem-se dos "esquadrões de recrutamento"

Para os ucranianos que não querem ser enviados para as frentes de batalha contra a Rússia, os transportes públicos estão agora fora do seu alcance, bem como restaurantes e supermercados.

Numa reportagem publicada esta segunda-feira, a BBC destaca que os chamados esquadrões de recrutamento já ganharam "uma reputação temível, em particular em Odessa", sendo agora comum apanharem cidadãos em estações de comboio e de autocarros para os mandarem diretamente para os centros de alistamento militar. 

Em causa estão as alterações à lei da mobilização na Ucrânia, introduzidas em maio passado, sob as quais todos os homens com entre 25 e 60 anos passaram a ser obrigados a introduzir as suas informações pessoais numa base de dados eletrónica para serem chamados para a guerra.

"Os agentes de recrutamento estão à caça daqueles que fogem ao registo, forçando mais e mais homens que não querem combater a esconderem-se", indica o canal britânico.

 

2024-06-17
08:54

Recorde: gastos mundiais em armas nucleares sobem 13%

A despesa global em armas nucleares terá aumentado em 13% durante o ano de 2023, atingindo um valor recorde de 91,4 mil milhões de dólares (85,46 mil milhões de euros), indicam cálculos do grupo de pressão Campanha Internacional pela Abolição de Armas Nucleares (Ican).

Depois de 10,7 mil milhões de dólares gastos neste tipo de armamento em 2022, a despesa total do ano passado terá sido alimentada sobretudo pelo reforço do Orçamento de Defesa dos EUA, numa altura de grande incerteza global face à guerra da Rússia na Ucrânia e de Israel na Faixa de Gaza.

Os nove países que detêm armas nucleares estão a gastar mais dinheiro, adianta o Ican, que calcula que a China terá sido o segundo maior gastador, com um orçamento de 11,9 mil milhões de dólares, seguida da Rússia (8,3 mil milhões), do Reino Unido (8,1 mil milhões) e de França (6,1 mil milhões).

A despesa de Pequim com armas nucleares estará, ainda assim, bastante abaixo da dos EUA, que em 2023 terá investido 51,5 mil milhões de dólares.

O Ican admite, contudo, que os três países com programas de armamento nuclear pouco transparentes (Índia, Paquistão e Israel) dificultam os cálculos.

Citada pelo Guardian, Susy Snyder, uma das autoras do estudo, avisa que os Estados nulceares estão "em curso para gastar 100 mil milhões de dólares em armas nucleares no corrente ano", dinheiro que, segundo a investigadora, poderia ser investido em programas sociais e ambientais.

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2024-06-17
08:33

Negociações de paz já amanhã se Rússia bater em retirada da Ucrânia

Kiev aceitaria dar início a negociações de paz com Moscovo já amanhã se as tropas russas fossem todas retiradas do território da Ucrânia, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, citado pela BBC.

Num encontro à porta fechada à margem da cimeira da paz que decorreu este fim de semana na Suíça, Zelensky também disse acreditar que o presidente russo, Vladimir Putin, não vai pôr fim à guerra e que, por isso, tem de ser travado "de qualquer forma que consigamos", quer por via de esforços diplomáticos, quer por meios militares.

A ajuda ocidental à Ucrânia não está a ser suficiente para garantir a vitória do país na guerra, adiantou, apesar de a cimeira ter demonstrado que o apoio internacional a Kiev não está a esmorecer.

O encontro envolveu cerca de 90 países e foi marcado pela ausência da Rússia e do seu maior aliado internacional, a China, o que levanta questões sobre o real impacto da resolução alcançada.

2024-06-17
07:40

Julgamento do jornalista Evan Gershkovich por espionagem na Rússia começa a 26 de junho

O julgamento do jornalista norte-americano Evan Gershkovich, acusado de espionagem na Rússia, arranca a 26 de junho em Ekaterinburg, nos Urais, anunciou hoje o tribunal responsável pelo caso.

Gershkovich é acusado de ter recolhido informações sobre uma fábrica de tanques russa para os serviços secretos norte-americanos CIA.

O julgamento do jornalista do Wall Street Journal, de 32 anos, detido em março de 2023, "vai decorrer à porta fechada", afirmou o tribunal regional de Sverdlovsk, em comunicado.

"A primeira audiência foi marcada para 26 de junho de 2024", acrescentou-se na nota.

Os Estados Unidos apelaram na quinta-feira para a libertação imediata do repórter.

"Estas acusações não têm qualquer credibilidade", declarou aos jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller, acrescentando que "são falsas e que o Governo russo sabe disso”.

Repórter do The Wall Street Journal, Evan Gershkovich foi detido pelo FSB (serviços secretos russos, herdeiros do soviético KGB) durante uma reportagem em Ekaterinburg e incorre numa pena até 20 anos de prisão.

A Rússia nunca fundamentou as acusações e nem apresentou publicamente quaisquer provas. Todo o processo foi classificado como secreto.

Evan Gershkovich rejeita as acusações de espionagem, assim como o fazem os EUA, o jornal em que trabalha, o seu círculo próximo e a sua família.

Em comunicado, o jornal The Wall Street Journal condenou o que considerou tratar-se de “uma farsa escandalosa" da Justiça e apelou ao Governo dos Estados Unidos para que "ajude a garantir a libertação imediata" do jornalista.

Gershkovich está na prisão de Lefortovo, em Moscovo, conhecida pelas duras condições e o prazo da prisão preventiva termina no próximo dia 30.

Gershkovich é o primeiro repórter norte-americano a ser detido sob acusação de espionagem na Rússia desde setembro de 1986, quando Nicholas Daniloff, correspondente em Moscovo do U.S. News and World Report, foi detido pelas autoridades de segurança russas.

2024-06-16
23:46

Como a 'paz' na Ucrânia pode pôr em causa a ordem internacional. "Se a paz que for conseguida é a paz no terreno, as guerras vão proliferar"

Aceitar as exigências de Vladimir Putin para o fim da guerra seria, para os analistas, abrir um precedente para a “proliferação de guerras” em todo o mundo, da África à Ásia
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