GUERRA AO MINUTO | Von der Leyen diz que "congelar o conflito" agora é "a receita para futuras guerras"
O que está a acontecer
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EUA dizem que plano de cessar-fogo de Putin é inaceitável e acusam presidente russo de falta de interesse em "negociar de boa fé"
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Rússia insta ONU e Estados-membros a recusarem participar na Conferência para a Paz
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G7 afirma que Rússia tem de pagar quase 486 mil milhões de euros para reconstruir a Ucrânia
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NATO terá maior papel na distribuição de armas à Ucrânia
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Podolyak rejeita as condições de Putin
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Lavrov: o conceito de segurança euro-atlântica já não é relevante para a Federação Russa
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Putin impões as condições para um cessar-fogo na Ucrânia: "Os novos territórios ficam para sempre com a Federação Russa, esta questão nem pode ser discutida"
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Putin diz que é preciso um novo modelo de segurança mundial: "Estamos perto do ponto sem retorno"
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EUA estudam novas medidas contra empresas chinesas que fornecem o sector de defesa da Rússia
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Zelensky agradece atribuição de 50 mil milhões de dólares pelo G7
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Kremlin diz que Ocidente está "infetado pela russofobia" e ameaça retaliar restrições à circulação dos seus diplomatas na UE
Rússia coloca Zelensky na lista de procurados
A Rússia abriu um processo criminal contra o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e colocou-o na lista de procurados, noticia a agência russa TASS, que cita o Ministério do Interior russo, que não avançou mais detalhes.
Em fevereiro, a Rússia já havia colocado a primeira-ministra da Estónia Kaja Kallas, o ministro da Cultura da Lituânia e membros do Parlamento da Letónia na lista de procurados por destruírem monumentos da era soviética.
A Rússia emitiu igualmente um mandado de captura contra o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) que, no ano passado, emitiu um mandado de captura contra o Presidente Vladimir Putin, acusado de crimes de guerra.
Siga ao minuto:
Capacidade ucraniana de atacar para lá da fronteira "pode mudar o avanço das forças russas"
Sérgio Furtado, enviado especial à Ucrânia, analisa os últimos desenvolvimentos da guerra numa altura em que decorre uma cimeira de paz na Suíça, para a qual a Rússia não foi convidada.
Marcelo diz que cimeira na Suíça "é um primeiro passo no caminho para a paz" na Ucrânia
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considera que a cimeira de paz que está a decorrer este fim de semana na Suíça "é um primeiro passo no caminho para a paz" na Ucrânia.
Além de Marcelo Rebelo de Sousa, também o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, está a representar Portugal nesta cimeira que junta mais de 90 países e organizações.
"Putin verdadeiramente não está interessado em negociar com a Ucrânia, mas sim com os EUA"
O major-general Vítor Viana, especialista em Geopolítica, assinala a realização de uma cimeira pela paz na Ucrânia, sublinhando que "todos os esforços no sentido da paz são positivos e não podem ser desvalorizados".
Ainda assim, o especialista entende que "qualquer acordo de paz sustentável para a Ucrânia tem de passar por negociações prévias entre os EUA e a Rússia para a definição da arquitetura de segurança europeia para os próximos 30 anos".
As imagens do ataque de drones ucranianos à base aérea russa de Morozovsk
A Ucrânia reivindica o ataque com 70 drones, na sexta-feira, à base aérea russa de Morozovsk, que está localizada a cerca de 170 quilómetros da fronteira com a Rússia. A informação foi avançada este sábado pelo chefe de inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia.
A base aérea de Morozovsk é uma das infraestruturas mais importantes do exército russo na região.
Zelensky na cimeira da paz: "Hoje é o dia em que o mundo começa a aproximar-se uma paz justa"
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, mostra-se satisfeito com a participação de mais de 100 países e organizações internacionais na cimeira da paz para a Ucrânia que está a decorrer este fim de semana na Suíça. "Isto é um enorme sucesso", salienta.
Meloni contra plano de paz sugerido por Putin: "Não me parece eficaz dizer à Ucrânia que tem de se retirar da Ucrânia"
A primeira-ministra de Itália, Georgia Meloni, considera que o plano de cessar-fogo sugerido por Vladimir Putin "não parece particularmente eficaz", uma vez que, na prática, exige que "a Ucrânia tem de se retirar da Ucrânia".
Scholz critica plano de cessar-fogo sugerido por Putin: "Não precisamos de uma paz ditatorial, mas de uma paz justa e equitativa"
O chanceler alemão, Olaf Scholz, defendeu este sábado que a proposta apresentada por Vladimir Putin para um cessar-fogo na Ucrânia não é mais do que uma forma que o presidente russo arranjou de "documentar o seu ataque imperialista".
Macron defende que mais países devem estar envolvidos nas conversações para plano de paz na Ucrânia
O presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu há instantes que o círculo de países que participam nas conversações para um plano de paz para a Ucrânia deve ser alargado.
Emmanuel Macron tomou esta posição durante a cimeira da paz que está a decorrer na Suíça, convocada com o objetivo de ajudar a traçar um caminho para a paz na Ucrânia.
Para o líder francês, uma das principais prioridades das conversações de paz deve ser garantir a segurança nuclear em torno da central de Zaporizhzhia. Os aliados também devem "não aceitar qualquer complacência em relação aos ataques contra alvos civis e infraestruturas na Ucrânia", diz. "Estes são crimes de guerra", denuncia..
"A Europa está num caos, o Médio Oriente está a rebentar, a China está a avançar e Joe Biden está a arrastar-nos para a III Guerra Mundial"
Donald Trump celebrou esta sexta-feira 78 anos numa festa organizada por um grupo de apoiantes em West Palm Beach, no Estado norte-americano da Florida. No seu discurso, o antigo presidente aproveitou para atacar mais uma vez Joe Biden.
Trump acusou novamente Biden de ser corrupto e de deixar a América falida e entregue aos estrangeiros ilegais.
Plano da Rússia para a paz é "completamente absurdo", critica Jake Sullivan
Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, diz que a proposta de paz apresentada pela Ucrânia só resultaria num "maior domínio" da Ucrânia.
"É uma visão completamente absurda", critica, citado pela Reuters, referindo-se ao plano apresentado por Putin, que prometeu na sexta-feira ordenar "imediatamente" um cessar-fogo na Ucrânia e iniciar negociações se Kiev começasse a retirar as tropas das quatro regiões anexadas por Moscovo em 2022 e renunciasse aos planos de adesão à NATO - plano que Zelensky rejeitou de imediato.
O conselheiro nota ainda que a ausência da China na cimeira da paz pela Ucrânia, que está a decorrer na Suíça, provavelmente resulta de um pedido da Rússia nesse sentido.
"Os aliados da Ucrânia estão a dar um sinal muito claro de que estão nisto para o longo prazo e não vão no 'bluff' russo"
João Annes, do Observatório de Segurança e Defesa da SEDES, descreve a cimeira da paz pela Ucrânia, que está a decorrer este fim de semana na Suíça, como uma cimeira "do compromisso e da consistência" no apoio internacional a Kiev.
"O plano ucraniano para a paz é demasiado utópico para ser apoiado pela comunidade internacional"
Diana Soller analisa a cimeira da paz na Ucrânia, que decorre este fim de semana na Suíça. Para a comentadora da CNN Portugal, o que está a acontecer "não é bem uma cimeira da paz", mas sim "uma reunião de um conjunto de países e organizações que querem um determinado tipo de paz que tem por base os dez pontos" sugeridos por Volodymyr Zelensky há dois anos e que a Rússia sempre rejeitou.
Arábia Saudita defende que qualquer conversação sobre a paz na Ucrânia deve contar com a participação da Rússia
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan Al Saud, argumentou que quaisquer conversações de paz credíveis sobre a guerra na Ucrânia vão ter de contar com a participação da Rússia e que tal implicará um "compromisso difícil".
"A Arábia Saudita está empenhada em ajudar a pôr termo ao conflito", sublinhou o ministro, durante a cimeira da paz realizada na Suíça com o objetivo de ajudar a Ucrânia.
"Acreditamos que é importante que a comunidade internacional encoraje qualquer passo no sentido de negociações sérias que exijam um compromisso difícil como parte de um caminho que conduza à paz", acrescentou.
Cimeira da paz na Suíça: "Há uma euforia excessiva" da parte de Zelensky sobre apoio internacional à causa ucraniana
Tiago André Lopes, especialista em Relações Internacionais, analisa o discurso do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no arranque da cimeira da paz pela Ucrânia, que está a decorrer na Suíça.
No discurso, Zelensky antecipou que nesta cimeira "vai ser feita história", apelando para que os esforços conjuntos a nível global garantam uma “paz justa tão cedo quanto possível”.
Von der Leyen diz que "congelar o conflito" agora é "a receita para futuras guerras"
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defendeu este sábado, na cimeira pela paz a Ucrânia, que está a decorrer na Suíça, que "congelar o conflito hoje, com tropas estrangeiras a ocupar o território ucraniano, não é a resposta" que Kiev precisa.
"É a receita para futuras guerras de agressão", advertiu.
Em alternativa, sugeriu, "temos de apoiar uma paz abrangente, justa e sustentável para a Ucrânia". "Uma paz que restabeleça a soberania e a integridade territorial da Ucrânia", acrescentou.
Von der Leyen disse ainda que é vital que a comunidade internacional “reafirme o primado da Carta das Nações Unidas”, que a Rússia está a violar com a sua “guerra brutal”.
“Será correto que um país maior possa invadir e tomar o território de um vizinho mais pequeno? A resposta é, obviamente, não. Está escrito na Carta das Nações Unidas. E é por isso que é vital que reafirmemos essa Carta. É vital que nos comprometamos de novo a defender firmemente os princípios da Carta das Nações Unidas”, defendeu.
"A Ucrânia nunca quis esta guerra": Zelensky acusa Putin de ser "o único" que deseja conflito na região
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, quis deixar claro este sábado, no arranque cimeira da paz que está a decorrer na Suíça, que foi a Rússia quem desejou o conflito que está em curso na Ucrânia.
MNE da Arábia Saudita também já chegou à cimeira
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan bin Abdullah, também já chegou à cimeira para a paz na Ucrânia, que está a decorrer na Suíça até domingo, avança a agência de notícias estatal saudita.
Marcelo diz que sucesso da Cimeira para a Paz será medido por adesão ao comunicado final
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou que o sucesso da Cimeira para a Paz na Ucrânia será medido, além do número de participantes, pela adesão ao comunicado final e pelo teor do documento.
Em declarações à entrada para a estância suíça de Burgenstock, nos arredores de Lucerna, que acolhe a reunião entre este sábado e domingo, Marcelo Rebelo de Sousa, questionado sobre como se poderá ‘medir’ o sucesso desta conferência, respondeu que será pelo “número de participantes, a adesão deles ao comunicado final e a importância do comunicado final”.
“É um primeiro passo para uma realidade que continua a ser construída com o objetivo da paz”, declarou o Presidente da República, que sublinhou o facto de participarem na cimeira “90 e tal países do mundo, mais organizações internacionais”.
Marcelo Rebelo de Sousa já chegou à cimeira na Suíça
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já chegou à Cimeira para a paz na Suíça.
Além de Marcelo Rebelo de Sousa, também o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, vai representar Portugal nesta cimeira que junta na Suíça mais de 90 países e organizações.
O objetivo da conferência, organizada pela Suíça na sequência de um pedido nesse sentido do presidente ucraniano, é “inspirar um futuro processo de paz”, tendo por base “os debates que tiveram lugar nos últimos meses, nomeadamente o plano de paz ucraniano e outras propostas de paz baseadas na Carta das Nações Unidas e nos princípios fundamentais do direito internacional”.
Presidente da Colômbia desiste de participar em cimeira na Suíça
O Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, cancelou à última hora a participação na Conferência para a Paz na Ucrânia, que se realiza este fim de semana na Suíça, alegando que a cimeira irá prolongar a guerra.
"O cenário do fórum suíço não é um fórum livre para discutir formas de paz entre a Rússia e a Ucrânia. As suas conclusões já estão predeterminadas. A maioria da América Latina e o Governo colombiano não concordam com o prolongamento da guerra", disse o Presidente na sua conta na rede social X, a partir da Suécia, onde se encontra em visita oficial.
“Estou a suspender a minha viagem para a reunião na Suíça e peço à Europa que discuta formas de encurtar a guerra e não de a prolongar. O diálogo entre a Rússia e a Ucrânia é essencial", sublinhou.
O chefe de Estado, que regressará à Colômbia ainda hoje, disse que a América Latina quer "tanto a suspensão do genocídio do povo palestiniano como encontrar os caminhos difíceis para resolver a guerra entre a Ucrânia e a Rússia".
"Estamos prontos para participar em conferências que se dediquem livremente a encontrar os caminhos para a paz e não a construir blocos para a guerra", acrescentou Petro.
Estava previsto que durante a conferência na cidade suíça de Bürgenstock o Presidente colombiano se reunisse pela primeira vez com o seu homólogo ucraniano, Volodymir Zelenski.
O Presidente colombiano evitou até agora tomar partido a favor da Ucrânia e, ao contrário do que aconteceu na guerra em Gaza, em que condenou quase diariamente os ataques de Israel, absteve-se de fazer o mesmo em relação à Rússia.