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Atrasos no plano de contingência anunciado por Marta Temido deixa em risco urgências de obstetrícia no verão

REVISTA DE IMPRENSA.O presidente da Comissão de Acompanhamento e Resposta em Urgência de Ginecologia/Obstetrícia e Blocos de Partos, criada em junho, teme que "as escalas de agosto possam estar muito comprometidas"

Cerca de um mês depois do anúncio de um plano de contingência para responder à crise nas urgências de ginecologia/obstetrícia, ainda há muito por resolver e os atrasos na concretização das medidas acordadas podem comprometer as escalas de agosto e obrigar a mais encerramentos de serviços.

De acordo com o Jornal de Notícias, falta avançar com a remuneração extra dos médicos que fazem urgências no hospital onde trabalham, bem como o valor por hora a pagar aos prestadores (JN) de serviço. Recorde-se que na última reunião entre sindicatos e Ministério da Saúde, a tutela anunciou o pagamento, durante um ano, de 50 euros por hora suplementar, além das 150 horas anuais a que os médicos estão obrigados. 

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Contudo, ainda não há diploma a regulamentar este pagamento, e falta ainda o despacho com os valores a pagar por médicos tarefeiros. 

"Estamos a uma semana de ter os mapas de agosto e as medidas relacionadas com pagamentos são urgentes. É um momento decisivo para sabermos como vai correr o verão", salienta Diogo Ayres de Campos.

O presidente da Comissão de Acompanhamento e Resposta em Urgência de Ginecologia/Obstetrícia e Blocos de Partos, criada em junho, teme que "as escalas de agosto possam estar muito comprometidas". Isto porque, de acordo com o responsável, enquanto não houver uma definição clara do valor a pagar aos tarefeiros, poderá repetir-se o efeito "leilão", ou seja, os prestadores de serviços esperam que o preço por hora vá subindo à medida que vai passando o tempo e só apresentam disponibilidade para trabalhar em cima da hora.

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Um efeito que se pretende eliminar com a definição de um valor por hora e por hospital que não sofra variações, aponta.

Diogo Ayres de Campos reconhece que desde a reunião com a ministra Marta Temido "foram dados alguns passos importantes para o público em geral, grávidas e mulheres que precisam de cuidados ginecológicos urgentes", nomeadamente o motor de busca criado no Portal do SNS, com informação sobre horários de funcionamento dos serviços de urgência e blocos de partos em todo o país, bem como a centralização das escalas dos hospitais, de modo a desfasar os constrangimentos no espaço e no tempo.

Mas "ainda estamos no início", avisa.

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