O presidente da Rússia estará pessoalmente envolvido na invasão da Ucrânia, chegando a tomar decisões táticas e operacionais "ao nível de um coronel ou de um brigadeiro", garantem fontes militares ocidentais, citadas pelo The Guardian.
Segundo as mesmas fontes, Vladimir Putin tem sido determinante na definição dos movimentos das forças russas na região do Donbass onde, na semana passada, os militares comandados pelo Kremlin sofreram uma dura derrota quando tentavam atravessar o rio Donets. Os russos tentaram e, aparentemente, não conseguiram colocar pontões ao longo do rio, num esforço para cercar as tropas ucranianas que terminou com grandes perdas para o contingente russo.
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Putin estará mesmo a trabalhar de forma próxima com o general Valery Gerasimov, o chefe do Estado-Maior do Exército russo: "Julgamos que Putin e Gerasimov estão envolvidos na tomada de decisões táticas num nível que esperamos normalmente de um coronel ou brigadeiro", frisaram as fontes militares citadas pelo jornal britânico, que terão recolhido informação junto de serviços de informação internacionais.
As operações do exército russo passam habitualmente pelo envio de instruções aos generais que estão no terreno, mas os sucessivos falhanços terão obrigado Moscovo a enviar os generais para mais perto das linhas da frente - o que explica que, até ao momento, já tenham morrido pelo menos 12 altas patentes, segundo as forças armadas ucranianas.
Ben Barry, um antigo brigadeiro do exército britânico, disse ao Guardian que "o líder de um governo deve ter coisas melhores para fazer do que tomar decisões militares", assinalando que Putin deveria estar a definir a estratégia política em vez de se ocupar com as atividades diárias no teatro de operações.
As tropas russas têm concentrado forças, nos últimos dias, em torno de Severodonetsk, uma cidade industrial na região de Lugansk, depois de ter falhado a tentativa de cercarem de forma mais ampla a região do Donbass.
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