“Obras fictícias”? Empresários madeirenses ouvidos em comissão de inquérito

Correspondente CNN Portugal na Madeira
28 fev 2023, 22:58

O ano começou com declarações polémicas do antigo deputado do PSD, Sérgio Marques, eleito pelo círculo eleitoral da Madeira na Assembleia da República. Em entrevista ao Diário de Notícias, Sérgio Marques acusou o presidente do governo regional de favorecimentos a grupos económicos regionais e ainda de obras fictícias. Dias depois destas declarações, o deputado, que também foi secretário regional das obras públicas, pediu a demissão. Mas não sem antes acusar Miguel Albuquerque de o ter afastado do executivo por pressão do maior empreiteiro da Madeira e ainda do empresário dos portos e dos transportes. Perante a denúncia, o PS exigiu uma comissão de inquérito. 

O primeiro inquirido foi o presidente do conselho de administração da Porto Santo Line. O maior armador do país nega qualquer pressão ao Governo da Madeira e lança dúvidas sobre a idoneidade de Sérgio Marques. O empresário rejeita ainda a ideia de favorecimentos e monopólio nos portos, e desafia o PS a provar “onde e quando” foi o empresário favorecido. E acrescenta: “eu não aceito, em circunstância alguma, que se chame monopólio a uma operação em mercado aberto.”

No final da audição, o  presidente do PS Madeira rematou, dizendo que "aquilo a que assistimos hoje revela que o PSD e o CDS não querem discutir aquele que é o real objeto da criação desta comissão de inquérito, que são as denúncias de 'obras inventadas', de favorecimentos do Governo Regional a grupos económicos da Região e da cedência de Miguel Albuquerque a pressões de alguns desses grupos".

Entretanto, Luís Miguel de Sousa, que foi militante e dirigente da JSD Madeira, militante do PSD e membro da Frente de Libertação do Arquipélago da Madeira (FLAMA), vai voltar a ser ouvido na Assembleia Legislativa madeirense.

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