Casos de pedofilia na Igreja Católica são "a ponta do iceberg", mas indignação geral é sinal positivo: "Mostra que a sociedade portuguesa ainda tem os valores certos"
A Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica apresentou esta segunda-feira o relatório sobre os casos de abusos sexuais na Igreja em Portugal, que aponta para pelo menos, 4.815 casos de abusos no seio da Igreja.
Rita Matias, deputada do Chega, começa por considerar que a "indignação e a condenação" dos crimes de pedofilia no seio da Igreja Católica são um "sinal muito positivo", num contexto em que "alguma esquerda-radical" tenta "banalizar" a pedofilia e a "hipersexualização" de menores.
A deputada defende que a Igreja "tem de fazer um mea culpa", ressarcir as vítimas e trabalhar para que o problema seja erradicado, nomeadamente através da prolongação dos prazos de prescrição e do fim das penas suspensas para este tipo de crime.
No entanto, contrapõe que o problema extrapola a Igreja Católica e que se estende a várias instituições - motivo pelo qual "temos de ser muito mais combativos".