A Rússia é uma ameaça para toda a Europa? “A loucura total ainda não tomou as mentes das pessoas”
"Nesta fase, o perigo nuclear não existe", considera o major general Agostinho Costa. Mas se passarmos para uma fase seguinte do conflito em torno da Ucrânia, as coisas podem mudar.
Uma escalada divide-se em três blocos, o da demonstração, o da aplicação graduada da força e o da retaliação, explica em declarações à CNN Portugal.
A primeira fase decorreu até dia 24 de fevereiro, até aí "estivemos na fase da demonstração", com a presença de mais de 230 mil militares russos em torno da Ucrânia, na Rússia e na Bielorrússia, "como uma acção de bullying sobre o povo ucraniano e sobre a NATO", explica Agostinho Costa.
A segunda fase é a que estamos a viver agora, "a fase de emprego graduado da força", com "mísseis, acções inteligentes, com mensagens estratégicas".
O terceiro bloco é o de retaliação, que "já é um patamar que implica destruição mútua, da loucura total…", afirma.
A Rússia é uma ameaça à segurança europeia? "Só há uma ameaça quando há capacidade e há uma intenção. A Rússia tem capacidade? Tem. Tem a intenção? Veremos. Há uma coisa de que os russos têm a certeza: o equilíbrio na comparação de forças é incomparavelmente maior na NATO. A loucura total ainda não tomou as mentes das pessoas. E eles sabem que se o fizerem pagam muito caro."
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