Mais de 350 operacionais combatem incêndio em dois concelhos de Aveiro

Agência Lusa , CV-Atualizada às 22:15
7 jul 2022, 16:08
Combate a incêndios em Portugal (Foto: Getty/ Patrícia de Melo Moreira

O incêndio com duas frentes ativas começou a lavrar cerca das 12:21. O vento e falta de acessos estão a dificultar o combate às chamas

Mais de 350 operacionais apoiados por mais de 110 viaturas estão a combater um incêndio em Sever do Vouga, no distrito de Aveiro, que deflagrou às 12:21 numa zona de povoamento florestal. Entretanto, uma atualização dos bombeiros confirmou que as chamas também já lavram no concelho de Águeda, onde está a evoluir com "alguma intensidade", segundo o presidente da Câmara Municipal de Sever do Vouga, Pedro Lobo. Com o cair da noite, os meios aéreos saíram do teatro de operações.

Em declarações à Lusa, o comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Aveiro, José Pinto, disse que o fogo tem andado a lavrar à volta de algumas aldeias, mas que os bombeiros têm conseguido proteger as populações.

“O incêndio mantém-se ativo, com uma das frentes a causar ainda com alguma preocupação devido à dificuldade de acessos”, disse o comandante do Comando Distrital de Operações e Socorro (CDOS) de Aveiro, José Pinto, pelas 17:30.

Em declarações posteriores à Lusa, pelas 21:35, o comandante do Comando Distrital de Operações e Socorro (CDOS) de Aveiro, José Pinto, disse que a situação está “ligeiramente favorável” apesar de o incêndio continuar com uma frente "muito ativa".

“Neste momento, começámos com o reposicionamento dos meios”, disse o comandante, adiantando que os meios aéreos também já foram desmobilizados.

O presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida, disse que no local do incêndio estava tudo tranquilo, mas temia que a situação pudesse piorar com o aumento da intensidade do vento, durante a noite.

“Se isto se mantivesse assim por mais algum tempo, acho que conseguiríamos concluir aqui o nosso trabalho, mas se se confirmar a vinda do vento igual ao da última noite, toda aquela zona por onde passou o incêndio tem um potencial muito grande de poder vir a causar problemas”, disse o autarca.

Jorge Almeida referiu ainda que durante a tarde houve algumas projeções que chegaram perto da povoação de Ventoso, mas assegurou que nunca houve casas em risco. “O mais perto que chegou foi de algumas casas agrícolas, no meio das terras e afastadas da povoação, e nem essas arderam”, afirmou.

O autarca disse também que foram encerradas algumas vias para que os meios de combate aos incêndios possam circular “tranquilamente e em segurança”. “Fizemos isso em vários arruamentos à medida que o incêndio ia evoluindo, nomeadamente a Estrada Nacional 333 que esteve fechada durante um bom período”, acrescentou.

O incêndio com duas frentes ativas começou a lavrar cerca das 12:21 em Frágua, na freguesia de Talhadas.

De acordo com a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, pelas 21:45, o fogo, que lavra numa zona de povoamento florestal, estava a ser combatido por 375 operacionais, apoiados por 114 viaturas e um meio aéreo. Horas antes, contava com a ajuda de oito meios aéreos. 

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