Guarda: clube e dirigentes constituídos arguidos por auxílio à imigração ilegal

10 fev 2022, 11:21
Controlo nas fronteiras terrestres (Lusa/Nuno Veiga)

Investigação levada a cabo pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) informou esta manhã que constituiu arguidos um clube de futebol na Guarda, assim como o respetivo presidente e quatro dirigentes, todos estrangeiros.

Em causa estão indícios da prática dos crimes de auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos.

Na nota, o SEF explica que «o clube, a coberto de cartas convite, na maioria apenas para prestação de provas, terá garantido a entrada de atletas no país».

«Os cidadãos eram, posteriormente, inscritos como profissionais, por forma a obterem a sua regularização em Portugal como trabalhadores subordinados, verificando-se não haver o correspondente pagamento salarial. Seriam, ainda, utilizados no mesmo esquema de angariação requerentes de vistos de Estada Temporária para exercício de atividade amadora, alegadamente obtidos com recurso a declarações falsas», lê-se.

Durante a investigação, foram identificados 34 cidadãos – 31 de nacionalidades estrangeiras –, dos quais 24 são atletas do clube. «Na sua maioria, a permanência em território nacional não está regularizada», revela o SEF, que diz ainda que os atletas vivem «em condições precárias de sobrelotação».

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