Inflação na OCDE em dezembro fixa-se num mínimo desde abril ao atingir 9,4%

Agência Lusa
7 fev 2023, 12:53
Economia (AP Photo/Armando Franca)

As descidas da inflação entre novembro e dezembro foram registadas em 25 dos 38 países da organização

A inflação homóloga na OCDE, medida pelo Índice de Preços no Consumidor (IPC), abrandou para 9,4% em dezembro, abaixo do pico de outubro, de 10,8%, e o nível mais baixo desde abril passado, anunciou hoje a organização.

Num comunicado esta terça-feira divulgado, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) afirma que as descidas da inflação entre novembro e dezembro foram registadas em 25 dos 38 países da organização.

Em dezembro, a inflação com dois dígitos foi registada em 15 países da OCDE e as taxas de inflação mais elevadas, todas acima de 20%, foram registadas na Hungria, Letónia, Lituânia e Turquia.

A inflação da OCDE em 2022 foi mais do dobro do nível de 2021 (9,6% em comparação com 4,0%) e atingiu a taxa média anual mais elevada desde 1988.

Após o pico observado em junho de 2022, a inflação energética continuou a descer acentuadamente na maioria dos países da OCDE, de 23,8% em novembro para 18,4% em dezembro, atingindo o nível mais baixo desde agosto de 2021.

A inflação da alimentação e a inflação subjacente (que exclui alimentos e energia) também diminuíram, para 15,6% e 7,2% respetivamente, em parte devido a quedas pronunciadas na Turquia.

Em dezembro, a inflação diminuiu em todos os países do G7, exceto no Japão, com o maior decréscimo a ser observado na Alemanha, refletindo um subsídio único nas faturas de gás.

A inflação dos alimentos e da energia continuou a ser o principal contribuinte para a inflação em França, Alemanha, Itália e Japão, enquanto a inflação excluindo alimentos e energia foi o principal motor no Canadá, Reino Unido e Estados Unidos.

Na zona euro, a inflação homóloga medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) caiu para 9,2% em dezembro, contra 10,1% em novembro.

A inflação da energia continuou a descer, mas a inflação excluindo alimentos e energia continuou a aumentar em dezembro.

A estimativa provisória do Eurostat para janeiro de 2023 aponta para um novo decréscimo em relação ao ano anterior na zona euro, para 8,5%, com a inflação da energia a cair significativamente e a inflação excluindo alimentos e energia a permanecer estável.

No G20, a inflação homóloga caiu para 8,5% em dezembro, contra 9,0% em novembro.

Fora da OCDE, em termos homólogos a inflação diminuiu no Brasil e na África do Sul, mas aumentou na Argentina, China, Índia, Indonésia e Arábia Saudita.

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