Treinador do Sporting não gostou de ver o clássico resumido a uma jogada polémica.
Julen Lopetegui voltou, na sala de imprensa de Alvalade, a queixar-se das arbitragem. O treinador do FC Porto chegou e disse que tinha tirado as suas dúvidas com as imagens, e que Maurício faz falta a remate de Jackson numa das últimas jogadas do encontro, que daria penálti e expulsão do central brasileiro. Logo que o espanhol deixou a sala, Marco Silva sentou-se e mostrou o seu desagrado, deixando no ar que o espanhol quererá colher dividendos destas jogadas polémicas mais à frente na Liga.
O espanhol aproveitou o tema pressão, face aos pontos perdidos nos últimos três jogos, para voltar a sublinhar os erros dos árbitros. «Sinto que o FC Porto tem sempre de ganhar. A pressão somos nós que a metemos em nós mesmos, mas as finais são mais à frente. Estranho é as três decisões de arbitragem decisivas, mas na temporada entendo que tudo se equilibrará e que, no final, a melhor equipa estará em cima», reconheceu.
Marco Silva não gostou. Antes de responder à primeira pergunta que lhe foi feita, o responsável leonino quis responder à ideia que tinha ficado no ar, pelas palavras no rival. «E u não falo sobre arbitragens, como sabem. Não o fiz antes, e não é agora que vou começar a fazê-lo. Espero só que, a partir de agora, não comece a ser a lei da lamentação, em quem mais se lamenta acaba por tirar dividendos no futuro. Assisti aqui a uma lamentação muito grande por parte do nosso adversário, que não espelha em nada o que se passou em campo. Podemos falar de muitas situações durante um encontro, e não necessariamente só aquela que foi referida.»
O treinador acha que os árbitros não vão deixar-se influenciar, mas voltou a repetir a ideia: «Espero que quem mais se lamenta não venha a ser beneficiado no futuro, mas tenho a certeza de que os árbitros não serão influenciados dessa forma. Fiz a minha declaração logo de início, porque sabia que me iam perguntar. Respeito muito o meu colega do FC Porto. Respeito o trabalho dos árbitros. Temos árbitros experientes e internacionais, que não vão entrar nesse caminho.»
