P. Ferreira-Sporting, 0-2 (crónica)

Ricardo Jorge Castro , Estádio Capital do Móvel, Paços de Ferreira
7 nov 2021, 21:00

Questão central para estacionar no topo

O Sporting prolongou o sofrimento no resultado para a segunda parte, mas acabou por vencer em Paços de Ferreira de forma ligeiramente mais tranquila do que nos últimos dois jogos da Liga, em Alvalade. Gonçalo Inácio desfez o nulo logo após o intervalo e Pedro Gonçalves acentuou a veia goleadora recente com o golo que deu outro descanso aos verde e brancos.

Na única saída entre sete jogos caseiros no calendário, o Sporting conseguiu a nona vitória na Liga, a sexta consecutiva, mas apenas a terceira por mais de um golo de diferença. Amorim sofreu como de costume no banco, mas acaba a jornada colado ao FC Porto, com 29 pontos - os mesmos do ano passado ao fim de 11 jornadas - antes da paragem das seleções. Acaba também a igualar o recorde de vitórias seguidas pelos leões: oito.

O leão voltou a dar prova de que a Liga dos Campeões a meio da semana não é um problema. Venceu sempre depois da Europa: no Estoril, em Arouca, ao Moreirense e agora em Paços. Mas parece ter sofrido mais do que o queria para consegui-lo na Capital do Móvel.

Isso aconteceu talvez porque uma entrada fortíssima em campo não resultou em golo nos primeiros 20 minutos. O que até se justificava. Depois, não deu para impor sempre o mesmo ritmo e o Paços acabou por crescer, equilibrar e até ter oportunidade para ferir o leão. Amorim andava de um lado para o outro no banco. Dava indicações. Mas a equipa foi perdendo algum fulgor para ser letal, sobretudo no último terço.

Antes disso, houve Coates, após o tradicional canto, a obrigar André Ferreira a negar o golo (8m). Depois foi Esgaio, que rendeu Pedro Porro, a rematar com potência para nova defesa (10m) e a ficar a centímetros de ser feliz mais tarde, falhando por centímetros a baliza (32m). Pedro Gonçalves também foi perdulário em cima do descanso ao falhar o cabeceamento na cara de André Ferreira (43m).

Já o Paços, que equilibrara e crescera a meio da primeira parte, podia ter marcado na resposta às primeiras ocasiões leoninas, mas João Pedro não capitalizou um passe mau de Matheus Nunes para Adán (11m). Já em cima do descanso, o ex-leão Antunes ficou muito perto de marcar.

P. Ferreira-Sporting: o filme do jogo

O Sporting foi para o descanso sendo melhor, mais rematador e mais perigoso. Mas faltava o golo. Seria uma questão de tempo?

Foi. Os centrais Coates e Gonçalo Inácio fizeram dessa a questão... central. E o leão respirou melhor logo ao minuto 47.

Uma reentrada decidida resultou num canto ganho, Sarabia bateu e Coates resolveu assistir em vez de marcar, dando para a emenda final de Gonçalo Inácio.

Na desvantagem, o Paços procurou ser competitivo, teve chegadas à área, mas Adán nunca foi verdadeiramente incomodado e o Sporting ganhou conforto ao minuto 69 e à boleia do melhor marcador da Liga na época passada: Pedro Gonçalves aproveitou uma excelente combinação de Esgaio com o recém-entrado Bruno Tabata e, na área, atirou a contar.

O Sporting geriu depois a vantagem e até podia ter dado outros números ao triunfo, não fosse Paulinho e Daniel Bragança tentarem a habilidade em chapéu que não resultou bem perante André Ferreira. Coates até lá marcou o seu golo, mas estava em claro fora-de-jogo. Porém, desta vez o leão não precisou do golo do capitão e estaciona no topo antes de nova paragem.

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