Número de mortos no terramoto no Japão sobe para 73. Registada nova réplica de magnitude 5,5

Agência Lusa , NM-Atualizada às 14:07
3 jan, 07:23
Sismo no Japão (Kyodo News via AP)

Há ainda 300 feridos a registar, 20 deles em estado grave. Governo português expressou na terça-feira “a mais sincera solidariedade” ao Japão

As autoridades japonesas elevaram para 73 o número de mortos no terramoto que atingiu o centro-oeste do país na segunda-feira, sublinhando que as equipas de socorro estão a enfrentar uma meteorologia desfavorável para o resgate das vítimas.

Anteriormente, um funcionário da autarquia de Ishikawa, que não se quis identificar, falou à agência de notícias France-Presse (AFP) em "62 mortos" e disse que mais de 300 pessoas ficaram feridas, 20 das quais com gravidade.

Ao longo das estradas, muito danificadas ou bloqueadas pela queda de árvores, grandes placas alertam para possíveis deslizamentos de terra.

As autoridades pedem cautela devido às fortes chuvas que estão a cair esta quarta-feira e às suas consequências em toda a península de Noto, na província de Ishikawa, uma longa e estreita faixa de terra que se estende até ao Mar do Japão.

“Estejam atentos a deslizamentos de terra até esta quarta-feira à noite”, alertou a Agência Meteorológica do Japão (JMA).

Algumas áreas ficaram instáveis devido ao terramoto que ocorreu na segunda-feira às 16:10, no horário local (07:10 em Lisboa), que atingiu uma magnitude de 7,5 na escala de Richter segundo o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos (USGS) e 7,6 de acordo com a JMA.

A região centro-oeste do país, nomeadamente a província de Ishikawa, foi atingida por várias centenas de réplicas - algumas também fortes - desde este terramoto e o tsunami que se seguiu na segunda-feira, que provocou ondas de mais de um metro que varreram muitos barcos, encalhados nos cais, ou as estradas à beira-mar.

Milhares de edifícios na península de Noto foram total ou parcialmente destruídos pelo desastre e ainda podem ser destruídos por tremores secundários, tornando as operações de resgate delicadas. A cada alerta, as equipas de resgate devem se retirar dos escombros com urgência.

O número de vítimas poderá ainda aumentar, uma vez que as buscas deverão durar mais alguns dias nas zonas rurais e em aldeias de difícil acesso.

Mais de 31.800 pessoas refugiaram-se em centros de alojamento instalados em diferentes aldeias, segundo as autoridades japonesas, e quase 34.000 casas ainda estão sem eletricidade na província de Ishikawa.

Mais de 115 mil casas em Ishikawa e em outras duas províncias também estão privadas de água, informou esta quarta-feira o Governo japonês.

Localizado no Anel de Fogo do Pacífico, o Japão é um dos países com sismos mais frequentes no mundo.

Réplica de 5,5 atinge Japão depois de sismo que fez 62 mortos

O oeste do Japão sofreu esta quarta-feira uma nova réplica de magnitude 5,5 na escala aberta de Richter, depois de, na segunda-feira, um sismo de 7,6 deixar pelo menos 62 mortos na região.

O novo tremor ocorreu por volta das 10:54 horas locais (02:12 em Lisboa) a uma profundidade de 10 quilómetros, com epicentro na península de Noto, na província de Ishikawa, tal como o sismo de segunda-feira, segundo a Agência Meteorológica do Japão (JMA, na sigla em inglês), que não emitiu um alerta de tsunami.

Um funcionário da prefeitura de Ishikawa, que não se quis identificar, falou à agência France-Presse (AFP) em "62 mortos" e disse que mais de 300 pessoas ficaram feridas, 20 das quais com gravidade.

O Governo português expressou na terça-feira “a mais sincera solidariedade” ao Japão, pelas vítimas do terramoto e da colisão entre dois aviões, na terça-feira, no aeroporto de Tóquio, de acordo com uma nota divulgada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros.

Numa publicação na rede social X, João Gomes Cravinho expressou “a mais sincera solidariedade ao povo e às autoridades japonesas”, pelas vítimas destes dois incidentes.

We express heartfelt solidarity with the Japanese People and authorities for the victims of the earthquake and the tragic plane accident at Haneda Airport. Our thoughts are with all those affected and those providing assistance during this difficult time.🇵🇹🇯🇵 #Japan @MofaJapan_en

— João Cravinho (@JoaoCravinho) January 2, 2024

Guterres expressa tristeza por vítimas do terramoto no Japão

 O secretário-geral da ONU, António Guterres, lamentou na terça-feira os mais de 60 mortos no sismo do Japão, além das cinco vítimas de uma colisão entre dois aviões no aeroporto de Tóquio.

O número de mortos do terramoto que atingiu o centro do Japão na segunda-feira subiu para 64, de acordo com um novo balanço feito esta quarta-feira pelas autoridades locais.

"Todos nós vimos o que aconteceu nas últimas 48 horas no Japão. O secretário-geral está profundamente triste pela perda de vidas e dos danos causados pelo terramoto", disse a porta-voz adjunta de Guterres, Florencia Soto Niño, numa conferência de imprensa.

O secretário-geral "expressa solidariedade com o Governo e o povo do Japão, apresenta as mais profundas condolências às famílias das vítimas e deseja uma rápida recuperação aos feridos", acrescentou.

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