Agostinho Oliveira defende a existência de dois árbitros de campo

26 set 2002, 16:36

Conferência de treinadores na Polónia Há mais hipóteses, mas o seleccionador nacional diz que «haveria menos confusão».

Agostinho Oliveira, coordenador das equipas seniores nacionais, esteve esta semana na Polónia para participar na V Conferência de seleccionadores organizada pela UEFA, que acontece de dois em dois anos. Além da discussão dos calendários para as selecções, foram discutidas também mudanças na arbitragem.

Foram discutidas várias propostas, duas delas com algum peso: dois árbitros de campo ou a existência de mais dois árbitros assistentes para as linhas de fundo, ou seja, um juíz principal e quatro assistentes. Agostinho Oliveira prefere a primeira hipótese: «Muitas confusões estariam terminadas com um segundo árbitro em campo e, assim, não deixa de haver espaço para o árbitro assistente, mas mais responsabilidade para cada um. Não optámos pelo modelo «4+1» porque é mais complicado. Às tantas teríamos mais árbitros que jogadores.»

Sobre os homens do apito, o italiano Pierluigi Collina esteve presente para falar da sua experiência no Mundial. Os treinadores pretendem que o limite de idade para os árbitros (45 anos) seja alargado. Além disso, o sistema de nomeações deve ser de acordo com a experiência de cada um, e não obedecendo a «quotas políticas». «Viu-se que os juízes asiáticos e os africanos não estavam preparados para o ritmo do Mundial. Também não se compreende que os árbitros tenham de parar aos 45 anos, se ainda têm algo para dar. Alargar o limite era uma boa medida», sublinhou o treinador.

«Discutimos por exemplo os cartões amarelos - se se limpa a partir dos quartos de final da competição ou se passa dos dois para três acumulados. Veio a propósito do caso do Ballack, no Mundial, que fallhou a final pela Alemanha por ter dois cartões acumulados», explicou.

O Mundial e as experiências de cada treinador também foram focado nestes três dias de congresso, com os seleccionadores a fazerem um balanço do «seu» mundial: «Falou-se da experiência e do tempo que se teve para preparar as coisas, dos valores a transmitir para o futuro, o que aconteceu de mal, os inêxitos.»

Agostinho Oliveira adiantou que estas reflexões são apenas isso, já que estas propostas terão de ser ainda entregues à FIFA.

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