Médio estabelece novo máximo frente a Portugal
Didier Deschamps deve cumprir na quarta-feira, frente a Portugal, o seu 100º jogo pela selecção francesa. A comemoração daquele que já é recordista de internacionalizações no seu país deverá ser discreta, à imagem da personalidade do médio que envergou a braçadeira de capitão na conquista do título mundial, em 1998.
Neste Europeu Deschamps tem estado ainda mais discreto que de costume. Está em «black-out», zangado com a imprensa francesa. As sugestões de que Patrick Vieira faria melhor do que ele no meio-campo da França e a insinuação de Platini de que Deschamps nunca será um grande jogador levaram a esta atitude. Mas a opinião dos companheiros sobre ele não mudou. A começar pelo próprio Vieira: «Toda a gente na equipa o respeita. Tem sempre coisas úteis para dizer e toda a gente o escuta.»
Os seus companheiros de equipa não lhe poupam elogios. «Ele é o tipo de jogador em que quase não se repara mas é vital para nós, talvez mais do que qualquer avançado. Nos momentos difíceis acalma toda a gente e mostra o caminho. Conseguir 100 internacionalizações é algo que só se pode admirar, especialmente em França, onde começam e acabam gerações tão depressa», diz Christoph Dugarry, enquanto Zidane resume tudo em poucas palavras: «É um exemplo para todos os outros jogadores.»
Aos 31 anos, Deschamps já ganhou quase tudo o que há para ganhar. Conquistou duas vezes a Liga dos Campeões, com a Juventus, foi campeão francês e italiano, venceu a Taça Intercontinental e a Supertaça Europeia. Foi campeão do Mundo. Com a selecção, só lhe falta o Campeonato da Europa.
