“Fui insultado pelo primeiro-ministro e pelo ministro em direto”

9 out 2023, 06:45
Frederico Pinheiro na comissão parlamentar de inquérito à TAP (José Sena Goulão/Lusa)

REVISTA DE IMPRENSA || Frederico Pinheiro ainda não decidiu se processa judicialmente membros do governo. Antigo adjunto de Pedro Nuno Santos e de João Galamba quebra o silêncio numa entrevista ao Público.

“Num determinado momento, responsáveis políticos com um poder muito grande utilizaram uma narrativa injuriosa, falsa, apenas por motivos políticos”. A acusação é feita por Frederico Pinheiro, que foi afastado do Ministério das Infraestruturas há cerca de seis meses.

Aquela noite rocambolesca ainda estará na memória de Frederico Pinheiro – um perfeito desconhecido até, precisamente, essa noite. Afastado do Governo, onde era assessora de João Galamba e fora assessor de Pedro Nuno Santos, Frederico Pinheiro viu-lhe o SIS ligar-lhe para recuperar um computador que trouxera pouco antes do Ministério das Infraestruturas. Foi acusado de roubo em declarações então proferidas por António Costa e por João Galamba.

“Fui insultado pelo primeiro-ministro e pelo ministro em direto”, diz em entrevista ao jornal Público esta segunda-feira.

Referindo-se ao sucedido nessa noite como “algo muito violento emocionalmente”, Frederico Pinheiro diz que “é algo duro, insultuoso, difamatório, injurioso”. Mas revela que não avançou com um processo contra o primeiro-ministro – “ainda”.

“Não, ainda não avancei. Mantenho todas as hipóteses legais em aberto. Ainda estamos dentro dos prazos legais”. Frederico Pinheiro em entrevista ao Público

Em causa está sobretudo o impacto que um processo desses poderá ter na família, argumenta. Pela morosidade e exposição, mas também por ter do outro lado representantes poderosos.

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