Hungria/Espanha
Avançado
Nascido em 2/4/27
Jogou entre 1943 e 1966
TRÊS RAZÕES PARA VOTAR
1. O melhor goleador de todos os tempos, conjugando total e média,segundo a Federação Internacional de História e Estatística. 1176 golos em 1300 jogos. Quase todos de pé esquerdo.
2. Campeão olímpico em 1952, vice-campeão mundial em 1954. Quatro vezes campeão da Hungria pelo Honved (a melhor equipa de toda a era pré-Taça dos Campeões), quatro vezes melhor marcador do seu campeonato. Parou de jogar durante dois anos, suspenso pela FIFA por ter abandonado a Hungria após o golpe de 1956. Recomeçou no Real Madrid em 1959, com 32 anos. Ainda foi a tempo de marcar 324 golos em 372 jogos e de ganhar três Taças dos Campeões, cinco Ligas de Espanha e quatro títulos de pichichi.
3. O seu percurso como jogador foi talvez aventuroso como mais nenhum. Teve de tudo um pouco: Guerra Fria, complots e aproveitamentos políticos, exílio forçado, páginas históricas de importância indiscutível. Um perfil que acompanha parte significativa dos acontecimentos mais importantes do século XX.
E TRÊS RAZÕES PARA NÃO VOTAR
1. Tinha um dos remates mais precisos e potentes de todos os tempos. Mas só com o pé esquerdo. Ao longo de 23 anos de carreira, raramente deu um chuto com o direito.
2. O seu regresso frente à Alemanha, na final do Campeonato do Mundo de 1954 (3-2 para os alemães), contribuiu para a derrota da Hungria, talvez a melhor selecção de todos os tempos. Mesmo tendo marcado um golo, Puskas estava mal recuperado de uma lesão. E nesse jogo a máquina húngara funcionou a diesel. Na primeira fase, tinha triturado essa mesma Alemanha por 8-3...
3. Por uma questão de estratégia aceitou ser segunda figura no Real Madrid dos anos 60, diante do todo-poderoso Di Stefano. Foi lúcido (o argentino era fogo...), mas mostrou falta de ambição para ser «o melhor do século».
