Argentina
Médio
Nascido em 30/10/1960
Jogou entre 1976 e 1997
TRÊS RAZÕES PARA VOTAR
1. Alegria, criatividade, fantasia, génio, improvisação. Magia pura. Pode não ter sido o melhor em tudo, mas nunca mais alguém voltou a dar-nos tantas emoções positivas só pelo simples facto de entrar em campo e tomar conta da bola do princípio ao fim.
2. Juntamente com o Garrincha de 1962 foi o único jogador da história do futebol a conquistar um Mundial (1986) praticamente sozinho. E em 1990, só com uma perna a funcionar, sendo vaiado em todos os campos, ainda levou uma das piores selecções da Argentina de todos os tempos ao segundo lugar. Ganhou uma Taça do Rei, deu ao Nápoles os dois únicos títulos italianos da sua história, conquistou uma Taça UEFA, mas tudo isso são trocos para um talento que não cabe em números.
3. Aquele segundo golo à Inglaterra no Mundial do México. Por mais que se reveja o vídeo fica sempre a ideia de que, por um qualquer problema técnico, entre os seis jogadores de branco fintados e a do homem de azul que os finta as velocidades estão dessincronizadas.
E TRÊS RAZÕES PARA NÃO VOTAR
1. Não soube sair a tempo. De 1991 até 1997, a sua carreira é uma montanha-russa de castigos, polémicas, casos de polícia e desintoxicações, pontuadas por ocasionais reencontros com a glória dos velhos tempos.
2. Deixou-se enredar numa teia de falsos amigos, empresários, traficantes e mafiosos que lhe arruinaram a imagem pública e lhe encurtaram a carreira em três ou quatro épocas. E quase o mataram do coração...
3. O Mundial de 1994. Depois de, com duas exibições fantásticas frente à Grécia e à Nigéria, ter devolvido a milhões de adeptos em todo o mundo a ilusão de que os contos de fadas ainda existiam, acabou por deitar tudo a perder com um controlo anti-doping positivo. Saiu pela porta do fundo, a clamar contra uma conspiração universal, e arrasou as esperanças da Argentina, talvez a melhor equipa da competição. Imperdoável.
