Rei de Espanha propõe Pedro Sánchez para formar governo

CNN Portugal , Atualizado às 14:29
3 out 2023, 13:23
Rei Felipe VI de Espanha e Pedro Sánchez (EPA via Lusa)

Decisão de Felipe VI foi avançada pela presidente da Mesa do Congresso espanhol, esta terça-feira

A presidente da Mesa do Congresso de Espanha, Francina Armengol, confirma esta terça-feira que o rei Felipe VI vai propor a investidura de Pedro Sánchez, secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e segundo candidato mais votado nas eleições daquele país. 

Segundo informa o jornal El Mundo, até ao momento ainda não foram indicados prazos para a realização do debate de investidura, mas Francina Armengol reitera que há tempo até 27 de novembro. Caso Sánchez não seja bem sucedido à data, serão convocadas novas eleições. 

Depois das tentativas falhadas do candidato do Partido Popular, Alberto Núñes Feijóo, o monarca de Espanha confiou ao socialista a tarefa de ganhar confiança na Câmara. Tem agora duas hipóteses: ou conquista o apoio da maioria absoluta dos seus membros - 176 cadeiras - ou recebe mais votos a favor do que contra. 

Resta agora a Sánchez estabelecer os acordos necessários para a angariação de votos e, quando estiver seguro de que "a situação está suficientemente madura, a sessão plenária será convocada com a maior urgência", declara a representante da Mesa do Congresso.

Citado pelo El País, Pedro Sánchez afirmou que vai iniciar as negociações com as outras forças políticas esta quarta-feira, começando pelo Sumar de Yolanda Díaz. 

"Estou disposto a trabalhar para formar o mais rapidamente possível um governo de coligação progressista entre o PSOE e o Sumar, com apoio parlamentar suficiente para garantir a estabilidade de que o país necessita, e para continuar a promover políticas progressistas e de convivência no quadro da Constituição espanhola", disse o líder do PSOE, que disse que as negociações iriam ser "complexas".

O socialista comentou também as negociações com os partidos independentistas, principalmente os catalães, que vêm propondo uma amnistia aos separatistas, garantindo que todos os potenciais acordo vão cumprir a Constituição do país.

"Se o povo espanhol disse alguma coisa no passado dia 23 de julho, foi que é impossível presidir o governo nacional sem compreender a pluralidade política do parlamento e a diversidade territorial da nação. Chegou a hora da política, que o PP não fez; do compromisso com o país; da generosidade, para que possamos encontrar um caminho entre todos nós para formar um governo, não para uma investidura, mas para uma legislatura. É tempo de liderança", considerou Sánchez.

Por sua vez, Alberto Núñez Feijóo disse que os espanhóis podem esperar que as próximas semanas sejam de "muitas mentiras". "Pedro Sánchez tem menos apoios que há um mês. Esperam-nos semanas de muitas mentiras. Respeitaremos a proposta do Chefe de Estado, apesar de todos aqueles que não respeitaram a proposta feita pelo Chefe de Estado quando me nomeou como seu candidato".

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