GUERRA AO MINUTO | UE suspende emissões da Ria Novosti e três meios de comunicação por propaganda russa. Dez mil pessoas retiradas de Kharkiv
O que está a acontecer
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Rússia atacou duas instalações de energia na Ucrânia
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Dez mil pessoas retiradas de Kharkiv devido a ataques russos
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UE suspende emissões da Ria Novosti e três meios de comunicação por propaganda russa
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Vice-primeiro-ministro russo vai coordenar também a economia
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Rússia avisa Kiev e Ocidente que estão a "brincar com o fogo"
Agência Atómica da ONU denuncia atividades militares "quase diárias" na central de Zaporizhzhia
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) denunciou atividades militares "quase diárias" nas imediações da central nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, alertando novamente para o perigo das mesmas para a integridade das instalações.
O novo aviso da agência nuclear das Nações Unidas surge depois de os seus peritos terem ouvido, na passada terça-feira, durante uma inspeção, "mais de uma centena de disparos nas imediações" da central.
"Em três ocasiões, no espaço de uma hora, na tarde de terça-feira, a equipa da AIEA na ZNPP ouviu um total de mais de 100 disparos de espingardas de assalto", refere a nota da agência.
A AIEA recebeu das autoridades russas que controlam a central a informação de que as forças russas estão a combater uma unidade de operadores de 'drones' ucranianos e que os disparos ouvidos na terça-feira foram efetuados pelas tropas russas para abater um aparelho que sobrevoava o edifício do centro de formação técnica da central.
"Os peritos da AEIA não viram provas de 'drones' no perímetro da instalação", indicou o diretor-geral da agência, Rafael Mariano Grossi, num comunicado em que relata os acontecimentos desta semana, citado pela Europa Press.
"Esta última atividade militar na central revela uma situação persistentemente instável que coloca importantes desafios à segurança nuclear e à proteção desta importante central nuclear", avisa o diretor-geral da agência.
Siga ao minuto:
"Situação muito complexa". Ofensiva russa em Kharkiv "acrescentou 70 quilómetros" à rede de combate ativa
Uma semana depois de ter dado início a uma nova ofensiva no Nordeste da Ucrânia, as forças russas continuam a ter a iniciativa na região de Kharkiv, embora o Exército ucraniano esteja a ser reforçado e se antecipem “combates intensos” nos próximos dias.
Putin cria uma "necessidade de outros atores" se juntarem e combaterem o "crescimento da hegemonia" do Ocidente
Putin foi recebido na China com guarda de honra. Xi Jinping disse que relações entre os dois países “têm vindo a fortalecer-se e resistido ao teste das transformações no cenário internacional”.
Joana Ricarte, especialista em Relações Internacionais, afirma que Vladimir Putin está a tentar criar outras "parcerias" que se juntem à Rússia para combater o “crescimento da hegemonia” do Ocidente.
Ucrânia tem apenas 25% das capacidades de defesa aérea necessárias
A Ucrânia tem apenas 25% das capacidades de defesa aérea necessárias para se defender dos ataques russos, disse Volodymyr Zelensky em entrevista à AFP, citado pelo The Kyiv Independent.
A Ucrânia precisaria de 25 sistemas Patriot ou equivalentes para proteger o país, disse o presidente ucraniano. O país também precisa de mais de 100 aeronaves avançadas, incluindo caças F-16.
“Quanto às aeronaves, digo isso abertamente, para que a Rússia não tenha superioridade aérea, a nossa frota deveria ter de 120 a 130 aeronaves modernas”, acrescentou Zelensky.
A Ucrânia poderia impedir a Rússia de ocupar a cidade de Kharkiv com dois sistemas antiaéreos Patriot adicionais, segundo Zelensky.
Rússia assume o controlo de Starytsia, em Kharkiv
As forças russas ocuparam a aldeia de Starytsia, na região de Kharkiv, avançou o Ministério da Defesa da Rússia, citado pela Reuters.
De acordo com o responsável russo, os militares russos continuam a fazer avanços na região, apesar de Vladimir Putin ter dito anteriormente que disse que, para já, a Rússia não planeia tomar Kharkiv.
Rússia perdeu mais de 490 mil soldados na Ucrânia desde o início do conflito
A Rússia perdeu 491.080 soldados na Ucrânia desde o início da sua invasão em grande escala em 24 de fevereiro de 2022, informou o Estado-Maior General das Forças Armadas da Ucrânia, citado pelo The Kyiv Independent.
Segundo um relatório apresentado, a Rússia também perdeu 7.560 tanques, 14.595 veículos blindados de combate, 17.169 veículos e tanques de combustível, 12.639 sistemas de artilharia, 1.071 sistemas de lançamento múltiplo de foguetes, 801 sistemas de defesa aérea, 354 aviões, 326 helicópteros, 10.108 drones, 26 navios e barcos e um submarino.
Rússia atacou duas instalações de energia na Ucrânia
As forças russas lançaram ataques de drones contra duas instalações de energia na Ucrânia durante esta madrugada, de acordo com a operadora de rede do país, Ukrenergo, citada pela Sky News.
Não há registo de vítimas e a energia não foi cortada aos clientes, escreveu a empresa no Telegram. Não informou também quais as instalações que foram atacadas, no entanto, avançou que estão localizadas nas regiões leste e central.
Dez mil pessoas retiradas de Kharkiv devido a ataques russos
Cerca de dez mil pessoas foram retiradas da região de Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, após uma série de ataques das forças russas desencadeados na última semana, comunicou o governador da região.
“No total, 9.907 pessoas foram retiradas", disse o governador Oleg Synegubov, citado pela agência AFP, mais de uma semana depois do início da ofensiva russa.
O Presidente ucraniano já alertou que o ataque russo contra Kharkiv, no nordeste do país, poderá fazer parte de uma ofensiva mais vasta.
Volodymyr Zelensky já havia reconhecido que a situação em Kharkiv é muito complicada, mas frisou que Kiev não pode perder a cidade para a Rússia.
Segundo estimativas do Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), com sede em Washington, as forças russas terão avançado oito quilómetros em território ucraniano após uma semana de ofensiva na região de Kharkiv.
O objetivo de criar uma zona de segurança junto à fronteira da Rússia com a Ucrânia foi confirmado na sexta-feira pelo Presidente russo, Vladimir Putin, durante uma visita à China.
UE suspende emissões da Ria Novosti e três meios de comunicação por propaganda russa
O Conselho Europeu suspendeu as emissões na União Europeia de mais quatro meios de comunicação que “disseminam e apoiam a propaganda russa e a guerra de agressão na Ucrânia”. São eles a RIA Novosti, Voice of Europe, Izvestia and Rossiyskaya Gazeta, segundo um comunicado divulgado.
O mesmo documento refere que estes meios de comunicação estão sob controlo permanente, direito ou indireto, da liderança da Federação Russa e têm sido instrumentos essenciais para apoiar a invasão russa na Ucrânia e destabilizar os países vizinhos.
Rússia e Kharkiv: Putin tem razão ou não passa de uma estratégia?
A Rússia garante que o objetivo das ofensivas contra a cidade de Kharkiv não são uma tentativa de conquistar a localidade, mas antes fazer um tampão tático. Francisco Proença Garcia explica na CNN Portugal o que pode estar em causa.
Vice-primeiro-ministro russo vai coordenar também a economia
O vice-primeiro-ministro russo Alexander Novak, responsável pelo setor da energia e
negociações com o grupo da OPEP+, recebeu novas responsabilidades e vai coordenar a economia, de acordo com um anúncio do governo divulgado esta sexta-feira, escreve a Reuters.
O anúncio, publicado no site governamental.ru, deu uma lista de funções adicionais de Novak, incluindo a coordenação de políticas socioeconómicas, supervisionando medidas para compensar sanções, política de investimento, apoio a pequenas e médias empresas e uma política financeira, de crédito e monetária unificada.
O anúncio dizia que Novak ficaria encarregado de "desenvolver um plano unificado para alcançar o objetivo nacional da Rússia de desenvolvimento até 2030 e até 2036".
O presidente Vladimir Putin confirmou no início desta semana o composição do seu governo após a sua reeleição em Março para um novo mandato de seis anos. Novak é vice-primeiro-ministro desde 2020 e foi anteriormente ministro da energia desde 2012.
Acordos de defesa da Rússia com lusófonos visam proclamar influência no Atlântico
O investigador Fernando Jorge Cardoso defendeu esta sexta-feira em Lisboa que a Rússia, nos recentes acordos que estabeleceu no domínio da defesa com países lusófonos, quer demonstrar “que consegue navegar e atracar no Atlântico”, o “mar principal” da NATO.
Professor catedrático convidado da Universidade Autónoma de Lisboa, Fernando Jorge Cardoso considera que a Rússia está a dizer de forma clara às outras potências que também é capaz de ter influência na região.
“É uma tentativa relativamente bem conseguida por parte da Rússia a dizer: ‘Nós também somos capazes de ter influência nesta região”, disse.
São Tomé assinou recentemente um acordo militar com a Rússia e o Presidente da Guiné-Bissau declarou, segunda-feira, que existe com aquele país um Acordo de Quadro Geral, que se mantém “sempre intacto” e que, de vez em quando, é revisto, apenas através de processos verbais, em todas as áreas.
O investigador intervinha na videoconferência “A segurança em África - Tempestade Perfeita”, organizada pela Universidade Autónoma de Lisboa, Global Strategic Platform e Centro de Análise e Estratégica, em que interveio também Luís Bernardino, professor da Universidade Autónoma de Lisboa e investigador do Centro de Estudos Internacionais do Instituto Universitário de Lisboa (CEI-IUL).
Nos arredores de Kharkiv são visíveis colunas de fumo
Rússia avisa Kiev e Ocidente que estão a "brincar com o fogo"
A Rússia avisou esta sexta-feira os países ocidentais e a Ucrânia que estão a “brincar com fogo”, em alusão a um ataque massivo com ‘drones’ ocorrido na noite passada contra o território russo e a península anexada da Crimeia.
"A Ucrânia não refez bem as suas posições defensivas em Kharkiv"
O coronel Carlos Mendes Dias analisa os mais recentes desenvolvimentos dos combates entre russos e ucranianos na região de Kharkiv, onde os russos já avançaram cerca de 10 quilómetros a partir da fronteira com os dois países.
EUA não permitem ataques com armas americanas ao território russo, diz Kirby
Em conferência de imprensa, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, afirmou que o país não permite nem encoraja ataques realizados com armas americanas ao território da Federação Russa.
"Qual a prioridade, defender o solo ucraniano ou atacar o solo russo?" : Ucrânia e aliados têm de começar esta discussão
"Numa altura em que a Ucrânia tem tido dificuldade em garantir a segurança do seu território", Tiago André Lopes, comentador da CNN Portugal, reflete sobre a "validade" e "legitimidade" em atacar o solo russo.
Explosão de munição da II Guerra Mundial em academia militar de São Petersburgo faz sete feridos
Exclusivo. Imagens de satélite mostram caças russos e edifícios destruídos na base aérea da Crimeia
"Há uma escolha muito clara de Pequim favorecer Moscovo e de Moscovo favorecer Pequim"
Na opinião de Tiago André Lopes, a parceria entre China e Rússia "não é necessariamente uma ameaça, é um processo alternativo e é óbvio que provoca alguma desconfiança pelo modo como funcionam ao nível interno os sistemas políticos - quer da Rússia, quer da China"