GUERRA AO MINUTO | Rússia celebra o Dia da Vitória. Putin volta a reconhecer que país “está a atravessar um momento crítico”
O que está a acontecer
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Rússia celebra o Dia da Vitória. Dois dias depois de o ter feito no discurso da tomada de posse, Vladimir Putin volta a reconhecer que país “está a atravessar um momento crítico”
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Em resposta às declarações de Emmanuel Macron, sobre o envio de tropas ocidentais para a Ucrânia e de David Cameron sobre Kiev utilizar o armamento britânico como entender, Valdimir Putin tomou medidas inéditas: o Kremlin anunciou pela primeira vez exercícios militares com bombas nucleares táticas. E a Bielorússia já disse que se quer juntar
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No dia em que Marcelo Rebelo de Sousa sugeriu que Portugal devia avançar com reparações às suas antigas colónias, nos corredores de São Petersburgo detalhavam-se os últimos pormenores de cooperação militar entre Moscovo e São Tomé e Príncipe
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Rússia acusa Reino Unido de recorrer a "mentiras descaradas" para justificar expulsão de adido
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Stoltenberg garante que a Ucrânia não pediu tropas da NATO
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Grécia não vai doar sistemas S-300 e Patriot à Ucrânia. "Precisamos deles", diz o primeiro-ministro
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Ucrânia pode recrutar entre 15 a 20 mil reclusos para combaterem contra a Rússia
Reino Unido vê "linha extensiva" da Rússia como "obstáculo" aos avanços ucranianos
O Ministério da Defesa do Reino Unido afirma que as novas linhas de defesa da Rússia podem ser “obstáculos formidáveis” para um avanço das tropas ucranianas.
A análise diária dos britânicos fala numa “linha extensiva” da Rússia na zona sudeste de Zaporizhzhia.
Serão três camadas defensivas que estão espalhadas por 120 quilómetros. Uma delas é a linha da frente, havendo outras duas a 10 e 20 quilómetros atrás.
“A Rússia provavelmente colocou um esforço significativo nestes trabalhos defensivos porque está convencida de que a Ucrânia considera um assalto à cidade de Melitopol”, pode ler-se.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 12 April 2023.
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) April 12, 2023
Find out more about Defence Intelligence's use of language: https://t.co/oww9kSTDjf
🇺🇦 #StandWithUkraine 🇺🇦 pic.twitter.com/Jb1vXCAaSS
Siga ao minuto:
Putin declara que forças nucleares da Rússia estão sempre prontas
O Presidente russo, Vladimir Putin, declarou hoje que forças nucleares estratégicas da Rússia estão "sempre" prontas para o combate.
"A Rússia fará tudo para evitar um confronto global. Mas, ao mesmo tempo, não permitiremos que ninguém nos ameace. As nossas forças estratégicas [nucleares] estão sempre em alerta", declarou o Presidente russo.
No contexto da guerra na Ucrânia, e na mesma semana em que tomou posse para o quinto mandato como chefe de Estadio, Putin anunciou que vai ordenar "manobras militares nucleares" num "futuro próximo".
Hoje, o discurso de Putin foi proferido na Praça Vermelha, Moscovo, na parada militar anual e que assinala os 79 anos após a capitulação do regime da Alemanha nazi, em 1945.
Zelensky fala com primeiro-ministro da Irlanda
Numa publicação feita na rede social X, antigo Twitter, o presidente ucraniano revelou que esteve à conversa com o primeiro-ministro da Irlanda Simon Harris. Volodymyr Zelensky considera que a neutralidade irlandesa não é um impeditivo para se lutar pela paz.
Ireland's neutrality does not imply disregard for justice and the restoration of peace. During our call, Ireland's Taoiseach @SimonHarrisTD confirmed his participation in the Peace Summit.
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) May 9, 2024
I am grateful to Ireland for its humanitarian and logistical support. We also discussed… pic.twitter.com/A0CgYJ243x
Rússia celebra o terceiro Dia da Vitória sem vitórias para Putin
Rússia celebra o Dia da Vitória. Putin volta a reconhecer que país “está a atravessar um momento crítico”
A Rússia assinala esta quinta-feira o Dia da Vitória, data que marca a conquista da União Soviética sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial. No discurso que fez ao país, Vladimir Putin garantiu que a Rússia “fará tudo para não permitir um conflito global”, embora tenha admitido que as forças estratégicas russas “estarão sempre sob alerta”. Tal como fez no discurso de tomada de posse como presidente da Rússia, há dois dias, Putin voltou a dizer que a Rússia “está a atravessar um momento crítico”. Vladimir Putin, que falou antes do desfile militar na Praça Vermelha, aproveitou ainda para tecer críticas ao Ocidente, alegando que “está a tentar apagar a verdade sobre a guerra”, referindo-se à II Guerra Mundial.
Ucrânia diz ter abatido 17 drones lançados pela Rússia sobre Odessa
Os sistemas de defesa aérea da Ucrânia destruíram 17 dos 20 drones de ataque que a Rússia lançou contra o território ucraniano, informou a Força Aérea da Ucrânia.
Os drones foram destruídos sobre a região de Odessa, no sul da Ucrânia, disse a força aérea no Telegram.
Ataque de drone ucraniano provoca incêndio em refinaria em Krasnodar, na Rússia
Um ataque de drones lançado pela Ucrânia provocou um incêndio e danificou vários tanques de petróleo numa refinaria na região russa de Krasnodar, informou a administração de crise da região esta quinta-feira.
Cerca de seis drones foram destruídos, mas os destroços caíram sobre a refinaria perto da aldeia de Yurovka, provocando um incêndio, disse a administração no Telegram.
“Vários tanques foram danificados”, disse a administração.
Ataque aéreo ucraniano em Belgorod faz 8 feridos
Um ataque aéreo ucraniano na região russa de Belgorod feriu oito pessoas e danificou dezenas de edifícios residenciais e automóveis, disse na quinta-feira o governador da região que faz fronteira com a Ucrânia.
Entre os feridos está uma menina de 11 anos que foi levada para um hospital, acrescentou o governador Vyacheslav Gladkov no Telegram.
Presidente sul-coreano promete laços estreitos com Kiev e "boa relação" com Moscovo
O Presidente da Coreia do Sul prometeu hoje cultivar uma "boa relação" com a Rússia e manter laços estreitos com a Ucrânia, excluindo o fornecimento direto de armas.
Seul "fará tudo o que estiver ao seu alcance para prosseguir a cooperação económica" com Moscovo, mantendo-se ao mesmo tempo próximo de Kiev, afirmou Yoon Suk-yeol, na primeira conferência de imprensa que deu em quase dois anos e depois da derrota do Partido do Poder Popular (PPP) nas eleições gerais de abril.
Yoon referiu ainda a "posição firme" do país de não fornecer armas letais a países em conflito.
Na conferência, o líder sul-coreano, há dois anos no poder, prometeu novas políticas para a educação e o trabalho, bem como ajudas para apoiar o equilíbrio entre a vida profissional e familiar.
Pediu, além disso, a cooperação da oposição, que reforçou a maioria no Parlamento após a pesada derrota de abril, para aprovar leis que permitam a criação de um novo ministério para combater a baixa taxa de natalidade no país, ameaçado por uma crise demográfica.
"Durante dois anos, tentámos melhorar a vida dos sul-coreanos, mas não foi suficiente. Nos próximos três anos, vamos ouvir a voz do povo com humildade", disse Yoon, referindo-se à derrota nas urnas e aos três anos que lhe restam no poder.
"Peço desculpa por ter incomodado o povo devido à imprudência da minha mulher", acrescentou, numa referência ao chamado "escândalo da bolsa Dior", surgido na sequência de um vídeo gravado com imagens da primeira-dama a receber uma bolsa Dior avaliada em mais de 2.200 dólares (2.046 euros) das mãos de um religioso.
Yoon escusou-se a fazer mais comentários sobre o assunto, dizendo que não quer influenciar a investigação do gabinete do procurador-geral.
União Económica Eurasiática celebra dez anos penalizada por sanções à Rússia
A União Económica Eurasiática (UEE), bloco liderado pela Rússia, celebrou hoje o 10.º aniversário penalizada pelas sanções impostas ao Kremlin, escudado na ajuda de vizinhos e parceiros para contornar a pressão ocidental derivada da guerra na Ucrânia.
“Nos últimos dez anos, a nossa união afirmou-se como um dos centros independentes e autossuficientes do emergente mundo multipolar”, afirmou o Presidente russo, Vladimir Putin, na abertura da cimeira.
À sessão assistiram os líderes dos cinco membros do bloco - Rússia, Cazaquistão, Bielorrússia, Quirguistão e Arménia - e dos líderes dos dois países observadores, Miguel Díaz-Canel, de Cuba, e Shavkat Mirziyoyev, do Uzbequistão.
Em maio de 2014, dois meses depois de a Rússia ter anexado a península ucraniana da Crimeia, nasceu a UEE como uma versão pós-soviética da União Europeia (UE), com mais de 180 milhões de consumidores.
Putin sublinhou que a UEE demonstrou ao longo da última década grande eficácia perante “novos desafios”, e referiu-se em particular à “política de sanções” e de desmantelamento dos pilares do comércio internacional.
Desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, as relações comerciais na UEE viram-se gravemente afetadas pelas sanções, uma vez que o Ocidente pressionou os países membros do bloco para não permitirem à Rússia contornar essas restrições usando os respetivos territórios.
António Costa considera essencial derrota militar da Rússia e reforço da autonomia europeia
O ex-primeiro-ministro António Costa considerou hoje essencial para o futuro da União Europeia a derrota militar da Rússia na Ucrânia e um reforço da autonomia estratégia da Europa, mas sem recurso a políticas protecionistas.
Estas posições foram defendidas por António Costa na apresentação do livro de Bernardo Pires de Lima, investigador e consultor da Casa Civil do Presidente da República, intitulado “O ano zero da nova Europa”, durante uma sessão que se realizou no Centro Cultural de Belém.
Na sua intervenção, o ex-primeiro-ministro sustentou como tese central a ideia de que a invasão militar russa da Ucrânia coloca uma questão sobre os termos da segurança futura da Europa. “A derrota da Rússia é difícil, mas é essencial”, advogou, antes de se referir à “tripla missão da União Europeia” perante este desafio.
António Costa apontou então que a União Europeia, para além das suas políticas tradicionais, tem de mobilizar recursos para uma política de defesa comum. E que o novo alargamento da União Europeia se fará desta vez, não por razões de consolidação de processos de transição democrática, como aconteceu até agora, mas por razões de proteção face à ameaça da Rússia.
Alcance de mil quilómetros e muitos danos. A Rússia atacou a Ucrânia como há muito não se via
Acordo militar com a Rússia "é uma aposta arriscada de São Tomé" mas "absolutamente legítima"
O embaixador Francisco Seixas da Costa afirma que "não é suposto" que os países da CPLP "sigam a linha orientadora do Estado português e afirma que, no âmbito do acordo de cooperação militar entre São Tomé e Príncipe e a Rússia, os membros "têm o direito de fazer as suas opções".
Rússia acusa Reino Unido de recorrer a "mentiras descaradas" para justificar expulsão de adido
O governo russo, através da porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, acusou o Reino Unido de proferir "mentiras descaradas" para justificar a expulsão do adido de defesa russo do país.
"Temos avisado repetidamente Londres de que quaisquer ações hostis receberão uma resposta inevitavelmente proporcional. A nossa resposta será dura e ponderada", disse Zakharova, citada pela Reuters.
Stoltenberg garante que a Ucrânia não pediu tropas da NATO
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, garantiu hoje ter dito à primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, que a Ucrânia não pediu a intervenção militar da Aliança Atlântica para combater a invasão russa.
“A NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] não tem intenção de enviar forças para a Ucrânia”, acrescentou Stoltenberg, em declarações à agência noticiosa italiana ANSA, após o encontro com Meloni.
“Quando visitei a Ucrânia, na semana passada, os ucranianos não pediram tropas da NATO, mas sim mais apoio”, sublinhou Stoltenberg, que se encontra em visita oficial a Itália.
Stoltenberg disse também ter agradecido a Meloni o facto de a Itália ter fornecido a Kiev, juntamente com a França, um sistema de defesa aérea SAMP/T.
Estónia convoca embaixador russo devido a bloqueios de sinal de GPS
A Estónia convocou hoje o encarregado de negócios russo devido ao bloqueio do sinal de GPS no país, membro da NATO, acusando a Rússia de “atividade híbrida” que perturba o tráfego aéreo civil.
No mês passado, a Estónia e os outros estados bálticos - Letónia e Lituânia - alertaram que o bloqueio generalizado do GPS pela Rússia estava a aumentar o risco de acidentes aéreos.
“Hoje, convocámos o encarregado de negócios russo por causa do bloqueio do GPS, que constitui uma violação dos regulamentos e causou sérios danos ao tráfego aéreo”, informou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia, Margus Tsahkna, na rede social X.
“As atividades híbridas da Rússia que perturbam a nossa vida normal na Estónia e na Europa devem parar”, insistiu o chefe da diplomacia estoniana.
Today we summoned Russian chargé d'affaires over GPS jamming which is a violation of regulations of the International Telecommunication Union & has caused serious damage to 🇪🇪 air traffic.
— Margus Tsahkna (@Tsahkna) May 8, 2024
RU's hybrid activities that disrupt our normal lives in Estonia & Europe must end.
Zelensky convida Orbán para a Cimeira da Paz. “A posição da Hungria é importante"
Viktor Orbán e Volodymyr Zelensky falaram esta quarta-feira, via telefone, tendo o presidente ucraniano convidado a Hungria a participar na cimeira da paz.
Zelensky sublinha que “a posição da Hungria é importante em termos de aproximação da paz e da segurança regional partilhada”. A par disso, Kiev disse que tem interesse em criar boas relações com a Hungria.
Os líderes coordenaram também “os próximos passos para resolver toda a gama de questões bilaterais de uma forma mutuamente benéfica".
I had a lengthy and focused call with Hungary's @PM_ViktorOrban and invited him to the Peace Summit. Hungary’s position is important to us in terms of bringing peace closer and our shared regional security.
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) May 8, 2024
I underscored Ukraine’s interest in good-neighbourly relations with… pic.twitter.com/SnV7wpDJDU
Grécia não vai doar sistemas S-300 e Patriot à Ucrânia. "Precisamos deles", diz o primeiro-ministro
O primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, revelou que o país não vai enviar sistemas antiaéreos S-300 e Patriot para a Ucrânia, e justificou a decisão.
"Apoiamos a Ucrânia e temos um excedente de equipamento defensivo. Mas tal não se aplica nem aos Patriot nem aos S-300. Precisamos deles", disse Mitsotakis ao jornal Proto Thema.
Presidente eleito da Eslováquia "preparado" para negociações entre Ucrânia e Rússia em Bratislava
O presidente eleito da Eslováquia, Peter Pellegrini, disse esta quarta-feira estar "preparado para oferecer" a cidade de Bratislava como palco de eventuais negociações de paz entre Ucrânia e Rússia.
Pellegrini afirma que conceitos como "cessar-fogo" e "paz" têm de ser mais discutidos no âmbito da guerra no Leste da Europa.
"No contexto da guerra na Ucrânia, as armas estão lentamente a começar a soar noutras partes da Europa e do mundo. Fala-se em enviar tropas diretamente para a guerra russo-ucraniana, muitos estão a desenvolver planos para um conflito militar e a diplomacia está a tornar-se mais dura no seu vocabulário", disse o futuro chefe de Estado, citado pelo Ukrainska Pravda.
Ucrânia retirou mais 11 crianças dos territórios ocupados pela Rússia
As autoridades ucranianas retirou nas últimas horas mais 11 crianças dos territórios ocupados pela Rússia, anunciou o governador militar de Kherson, Oleksandr Prokudin, no Telegram.
As crianças eram todas dessa região, confirmou o responsável.
"Duas raparigas órfãs de 10 e 13 anos foram devolvidas ao território controlado pela Ucrânia. além de nove crianças que têm os dois pais ou apenas um deles. São cinco raparigas e quatro rapazes, com idades compreendidas entre 1 e 16 anos", escreveu Prokudin na publicação.
UE chega a acordo para canalizar lucros dos ativos russos confiscados para a defesa da Ucrânia
Os representantes dos vários Estados junto da União Europeia chegaram a acordo para a elaboração de uma lei que permite a utilização dos juros dos ativos russos confiscados na defesa da Ucrânia.
A informação foi avançada pela Reuters, que cita duas fontes anónimas com conhecimento do tema.