GUERRA AO MINUTO | Chasiv Yar é uma inevitabilidade. Forças de Kiev sob pressão máxima no leste da Ucrânia
O que está a acontecer
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É mais do que evidente que conseguimos dar a volta" às sanções, diz porta-voz do MNE russo
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Estados Unidos condenam campanha de ciberespionagem da Rússia contra países da União Europeia
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David Cameron está contra o envio de soldados da NATO para a Ucrânia
Ministra britânica quer Ucrânia com equipamento padrão da NATO até ao verão
A ministra dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Liz Truss, defendeu que a NATO deve ajudar a Ucrânia a fazer a transição para o equipamento padrão da Aliança Atlântica até ao final do Verão. Isso incluiria o fornecimento de armamento e munições, mas também treino e formação.
A governante britânica também apelou aos aliados internacionais para que endureçam as sanções contra a Rússia até Putin retirar completamente as suas tropas da Ucrânia. O apelo de Liz Truss foi feito na sequência de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, na Alemanha.
Siga ao minuto:
Zelensky partilha vídeo dos ataques dos últimos sete dias: “Bombardearam as nossas cidades mais de 380 vezes só esta semana”
Volodymyr Zelensky partilhou imagens dos ataques russos da última semana. O presidente ucraniano volta a apelar por sistemas de defesa antiaérea para responder ao “terror russo”.
Pode ler-se na publicação:
“Decisões atempadas e suficientes sobre defesa antiaérea da Ucrânia e o fornecimento atempado de armas aos nossos guerreiros são o que precisamos neste momento para proteger vidas.
Regiões de Kharkiv, Chernihiv, Sumy, Donetsk, Zaporizhzhia, Mykolaiv, Kherson e Odessa. Os terroristas russos bombardearam as nossas cidades mais de 380 vezes só esta semana. E isto acontece todas as semanas desta guerra.
O terror quotidiano e deliberado da Rússia contra o nosso povo, as nossas cidades e as nossas aldeias pode ser travado. Os nossos aliados dispõem de todos os sistemas e armas necessários para que a Ucrânia possa proteger as suas vidas.”
Timely and sufficient decisions on air defense for Ukraine and timely weapon supplies for our warriors are what we need right now to protect lives.
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) May 4, 2024
Kharkiv, Chernihiv, Sumy, Donetsk, Zaporizhzhia, Mykolaiv, Kherson, and Odesa regions. Russian terrorists have shelled our cities… pic.twitter.com/obPNfZjCrR
Agência Atómica da ONU denuncia atividades militares "quase diárias" na central de Zaporizhzhia
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) denunciou atividades militares "quase diárias" nas imediações da central nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, alertando novamente para o perigo das mesmas para a integridade das instalações.
O novo aviso da agência nuclear das Nações Unidas surge depois de os seus peritos terem ouvido, na passada terça-feira, durante uma inspeção, "mais de uma centena de disparos nas imediações" da central.
"Em três ocasiões, no espaço de uma hora, na tarde de terça-feira, a equipa da AIEA na ZNPP ouviu um total de mais de 100 disparos de espingardas de assalto", refere a nota da agência.
A AIEA recebeu das autoridades russas que controlam a central a informação de que as forças russas estão a combater uma unidade de operadores de 'drones' ucranianos e que os disparos ouvidos na terça-feira foram efetuados pelas tropas russas para abater um aparelho que sobrevoava o edifício do centro de formação técnica da central.
"Os peritos da AEIA não viram provas de 'drones' no perímetro da instalação", indicou o diretor-geral da agência, Rafael Mariano Grossi, num comunicado em que relata os acontecimentos desta semana, citado pela Europa Press.
"Esta última atividade militar na central revela uma situação persistentemente instável que coloca importantes desafios à segurança nuclear e à proteção desta importante central nuclear", avisa o diretor-geral da agência.
Itália diz que declarações de Macron sobre possível envio de tropas ocidentais aumentam tensão com Rússia
O ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, considerou que as declarações do Presidente francês, Emmanuel Macron, sobre a possibilidade de envio de tropas ocidentais para a Ucrânia "aumentam a tensão" em torno do conflito iniciado pela invasão russa.
A posição do governante italiano consta de uma entrevista de Guido Crosetto ao jornal diário 'Corriere dela Sera', hoje publicada.
"Não julgo o Presidente de um país amigo como a França, mas não entendo o propósito e a utilidade destas declarações, que objetivamente aumentam a tensão", afirmou o ministro.
Crosetto reafirmou que a posição de Itália não muda e que, ainda que sempre tenha defendido a necessidade de ajudar a Ucrânia, "foi excluída uma intervenção direta dos militares italianos no conflito".
"A Ucrânia deve ser ajudada para evitar uma extensão do conflito, mas todas as formas de diálogo devem ser procuradas, começando a tecer a rede diplomática", afirmou o governante.
O ministro da Defesa italiano lembrou ainda que em Itália existe uma "proibição explícita de intervenções militares diretas fora do previsto nas leis e na Constituição", e que o país apenas pode realizar "intervenções armadas por mandato internacional, por exemplo em aplicação de uma resolução da ONU".
"Todos os países podem fazer algo mais em termos de ajuda, mas acima de tudo devemos acreditar e insistir na diplomacia. Devemos fazer tudo para chegar a uma trégua: mesmo que o resultado seja um dia sem bombardeamentos, porque podem converter-se em dois, três quatro [dias]", sublinhou.
Quinta-feira, numa entrevista publicada no semanário britânico The Economist, Macron reafirmou a possibilidade de enviar tropas terrestres ocidentais para a Ucrânia no caso de a Rússia "romper as linhas da frente" e Kiev solicitar esse apoio.
Polónia condena ciberataques russos e anuncia que também foi alvo
A Polónia condenou os ciberataques de um grupo russo chamado APT28 na Alemanha e na Chéquia, anunciando ainda que também foi um dos alvos, avança a Reuters.
A Polónia expressou a sua solidariedade com a Alemanha e Chéquia face aos ciberataques contra instituições democráticas e partidos políticos, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado.
A Alemanha acusou Moscovo de ter lançado ciberataques contra o partido que está no poder e contra empresas do setor da defesa e aeroespacial, não especificando quais as consequências do incidente.
“A Polónia, que é também um dos alvos dos ciberataques do APT 28 e condena veementemente as atividades repetidas, inaceitáveis e prejudiciais levadas a cabo no ciberespaço por entidades russas", diz o comunicado.
A declaração não fornece pormenores sobre o ataque.
China é "um dos grandes financiadores da Rússia" e uma "expansão militar maciça" dependerá fortemente de Pequim
João Rodrigues dos Santos, economista, sublinha que a China é "um dos grandes financiadores da Rússia". O especialista lembra o aumento das trocas comerciais entre as duas potencias. Em 2023 aumentou 23%.
Rússia diz que abateu quatro mísseis de longo alcance de fabrico norte-americano na Crimeia
O Ministério da Defesa da Rússia disse, este sábado, que as forças do Kremlin neutralizaram quatro mísseis de longo alcance produzidos pelos Estados Unidos, na península da Crimeia, noticia a Reuters.
De acordo com Moscovo, tratam-se de Sistemas de Mísseis Tácticos do Exército, também conhecidos como ATACMS, que Washington enviou para a Ucrânia nas últimas semanas.
O ministério da Defesa da Rússia não acrescentou qualquer outro pormenor.
Chasiv Yar é uma inevitabilidade. Forças de Kiev sob pressão máxima no leste da Ucrânia
As Forças de Defesa da Ucrânia encontram-se sob pressão máxima no leste do país, à medida que a Rússia intensifica as suas investidas em superioridade de homens e equipamento militar antes da chegada do novo apoio militar a Kiev.
Desde a queda de Adviivka, em fevereiro passado, pouco antes de se assinalar o segundo aniversário da invasão russa, as tropas de Moscovo têm concentrado fogo na direção de Chasiv Yar, uma pequena cidade na província de Donetsk que tinha apenas 13 mil habitantes antes da guerra e que se encontra semi-destruída.
Nas últimas semanas, as forças russas fizeram progressões na região, aldeia após aldeia, com casos em que a mesma localidade muda sucessivamente de mãos no mesmo dia, a par de campanhas de ataques com bombas aéreas e planadoras que saturam os deficitários militares ucranianos.
Na quinta-feira, o comando do Exército de Kiev reafirmou que a situação na linha da frente no leste da Ucrânia estava a piorar, mas que os defensores conseguiam manter-se firmes face a um esforço concertado das tropas russas em vantagem.
“O inimigo está a atacar ativamente ao longo de toda a linha de frente e em várias direções conseguiu certos avanços táticos”, descreveu Nazar Voloshyn, porta-voz do comando estratégico ucraniano no leste do país, acrescentando que a situação estava “a mudar dinamicamente”.
De acordo com analistas militares, a conquista de Chasiv Yar parece uma inevitabilidade e permitirá às tropas de Moscovo tomar um importante centro logístico das forças ucranianas e abrir caminho contra outros objetivos na região, como Sloviansk e Kramatorsk, na região do Donbass, com graves consequências para a posição estratégica de Kiev.
Força Aérea ucraniana anuncia que intercetou 13 drones Shahed russos durante a madrugada
A armada ucraniana repeliu mais 13 drones Shahed lançados pela Rússia, durante a madrugada deste sábado.
De acordo com a Força Aérea da Ucrânia, citada pelo jornal ucraniano The Kyv Independent, os engenhos foram lançados desde a cidade fronteiriça russa de Belgorod e foram neutralizados nas regiões de Kharkiv e Dnipropetrovsk.
A Rússia lançou ainda pelo menos quatro mísseis terra-ar, mas, até ao momento, não foi anunciada qualquer interceção ou estragos provocados por estes lançamentos.
Nova atualização das baixas russas na Ucrânia: Kremlin já perdeu mais de 470 mil homens desde o início da invasão
A Defesa da Ucrânia voltou a publicar no X o número de perdas russas desde o início da invasão da Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022.
Nas últimas 24 horas, o Kremlin perdeu mais 1.260 operacionais, num total de 473.400 desde o começo do conflito.
"The only thing that overcomes hard luck is hard work."
— Defense of Ukraine (@DefenceU) May 4, 2024
Harry Golden
The combat losses of the enemy from February 24, 2022 to May 4, 2024. pic.twitter.com/aYT54I0gX5
Rússia rejeita acusações dos EUA de envolvimento em ciberataques contra países da UE
O embaixador da Rússia nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, rejeitou hoje a acusação do Departamento de Estado norte-americano de que a Direcção-Geral de Informações (GRU) do Estado-Maior russo tem responsabilidades nos ciberataques contra aliados europeus de Washington.
"Consideramos estas declarações como outro exemplo de ‘diplomacia de megafone’ e uma prova do desejo incondicional de Washington de acusar a Rússia de todos os pecados mortais", expressou Antonov em declarações à comunicação social norte-americana, instando os Estados Unidos a transmitir qualquer suspeita "através dos canais oficiais, apresentando factos e provas concretas".
A este respeito, o embaixador russo asseverou que as autoridades norte-americanas "simplesmente não têm nada a demonstrar para sustentar as suas insinuações", qualificando os comentários do Departamento de Estado de "histórias falsas e instigadoras", que "não farão mais do que intensificar-se à medida que se aproximam as eleições presidenciais, como ocorreu em anos anteriores".
"Os políticos locais sentem-se donos da situação, intensificando a suposta 'ameaça russa' e distraindo a atenção dos eleitores de questões urgentes", opinou o funcionário russo.
"A recusa manifesta a estabelecer um diálogo profissional" prejudica também "a segurança da informação internacional", adiantou o diplomata russo.
A diplomacia norte-americana condenou na sexta-feira a recente campanha de ciberataques na Europa e atribuiu a sua origem à Rússia, tal como já tinham feito os governos alemão e checo.
Chefe da diplomacia europeia insiste que Rússia é "ameaça existencial" para a Europa
O Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, afirmou que a Rússia representa uma “ameaça existencial” para a Europa porque, se for bem-sucedido, o Presidente russo não vai parar na Ucrânia.
The post-1945 multilateral order is losing ground: we see more confrontation & polarity, less cooperation & multilateralism.
— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) May 3, 2024
To tackle the challenges facing us in the 21st century, we need a fair assessment & decisive action.
A pleasure to talk today at @UniofOxford🧵1/10
"Está em curso uma luta de clãs pelo poder na Rússia"
A comentadora da CNN Portugal Sónia Sénica afirma que a Rússia está empenhada em alcançar "uma grande vitória" para ter algo para exibir durante as comemorações do Dia da Vitória, a 9 de maio.
"Ministério da Defesa da Rússia tem necessidade de apresentar resultados no campo de batalha"
O major-general Isidro de Morais Pereira afirma que a aproximação do Dia da Vitória e o escândalo de corrupção no ministério pressionaram Sergei Shoigu a anunciar a conquista de território na Ucrânia.
Rússia disposta a negociar a paz? "Encostámo-nos demasiado ao plano de paz ucraniano que não é, de forma nenhuma, um plano de paz"
Azeredo Lopes afirma que a tendência de escalada que se tem verificado nos últimos dias é "sinal de que as coisas não estão a correr bem" para a Ucrânia no campo de batalha.
"É mais do que evidente que conseguimos dar a volta" às sanções, diz porta-voz do MNE russo
A directora do Departamento de Informação e Imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, defendeu esta sexta-feira à Lusa que Moscovo "deu a volta" às sanções ocidentais, e que estas prejudicaram mais os países que as impuseram.
“É mais do que evidente que conseguimos dar a volta à situação, às provas a que fomos submetidos", disse Zakharova à Lusa numa vídeoconferência, hoje em Moscovo.
"Não só conseguimos superar as dificuldades impostas do exterior, como estamos a construir uma base sólida para a concretização de planos estratégicos de desenvolvimento económico e social", adiantou.
Segundo Zakharova, "especialistas ocidentais" que não identifica consideram as "sanções contraproducentes e sem futuro".
"Após dois anos de exercícios sancionatórios, (...) começam a perceber que aquilo a que eles chamam sanções, uma tentativa de prejudicar o nosso país, causa danos colossais às suas próprias economias, à sua população e desenvolvimento”, afirma.
Ucrânia deverá ter juros dos ativos russos confiscados ao seu dispor até ao final do ano
A Ucrânia deverá ter os juros dos ativos russos confiscados ao seu dispor até ao final do ano, anunciou a embaixadora da União Europeia no país, Katarina Mathernova.
De acordo com a mesma fonte, os juros desse ativos russos são de cerca de três mil milhões de euros.
"Espero que até ao final deste ano os juros ganhos estejam à disposição da Ucrânia", disse Mathernova, citada pelo portal ucraniano RBC.
Serviços secretos ucranianos alertam que Chasiv Yar pode cair e a Rússia ameaça abrir uma nova frente em Kharkiv
Reino Unido aconselha cidadãos a evitar regiões ucranianas na fronteira com a Bielorrússia
O Reino Unido atualizou o seu guia para os cidadãos do país que se deslocam à Ucrânia, que inclui agora uma recomendação contra todo o tipo de viagens às regiões ucranianas que fazem fronteira com a Bielorrússia.
"O FCDO (Foreign, Commonwealth and Development Office) desaconselha agora todas as viagens, exceto as essenciais, para as regiões ocidentais de Lviv, Volyn, Rivne e Zhytomyr e todas as viagens num raio de 50 quilómetros das fronteiras de Volyn, Rivne e Zhytomyr com a Bielorrússia", pode ler-se no site do governo britânico.
Ataque russo a Nikopol faz um ferido
Um ataque russo esta sexta-feira a Nikopol, cidade na região de Dnipropetrovsk, fez um ferido, informou o governador regional, Serhiy Lysak, no Telegram.
"Um homem de 44 anos foi ferido num ataque inimigo na cidade de Nikopol. Foi ferido por estilhaços. Encontra-se hospitalizado em estado moderado", escreveu Lysak.
Estados Unidos condenam campanha de ciberespionagem da Rússia contra países da União Europeia
Os Estados Unidos condenaram esta sexta-feira a campanha de ciberespionagem que a Rússia está a encetar contra a Alemanha, Chéquia e outros Estados da União Europeia.
"Os Estados Unidos estão empenhados na segurança dos seus aliados e parceiros e a defender a ordem internacional baseada em regras internacional, incluindo no ciberespaço. Apelamos à Rússia para que ponha termo a esta atividade maliciosa e respeite os seus compromissos e obrigações internacionais", pode ler-se num comunicado de Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA.
As declarações de Miller surgem após a Alemanha ter revelado que o SPD, partido do chanceler Olaf Scholz, foi alvo de um ciberataque por um grupo russo no ano passado.